terça-feira, 23 de maio de 2023

Que sejamos um! (14/05)

                                                

Que sejamos um!

“Pai Santo, guarda-os em Teu nome,
que me encarregaste de fazer conhecer,
a fim de que sejam um como nós.” (Jo 17, 11)

Voltemo-nos para o comentário do Missal Dominical sobre a passagem do Evangelho proclamado na Terça-feira da 7ª Semana da Páscoa (Jo 17,1-11)

“O fim do templo é o fim de todo gueto sacral, a exterminação definitiva de todo formalismo religioso, de todo sectarismo, de toda religião reduzida a códigos de preceitos. O fim de toda alienação religiosa, para entrar na autenticidade de uma fé que é comunhão plena e perfeita entre Deus e o homem, entre o homem e o homem.  E Cristo é a chave desta comunhão.

‘O Mistério do Cristo é Mistério de comunhão’ (RdC 70). O desígnio de Deus é estabelecer a paz em Jesus Cristo; levar, em Jesus Cristo, todos os homens ao diálogo e à comunhão com Ele;  realizar entre os homens, antes divididos pelo pecado, uma comunhão fraterna, reunindo-os no Corpo Místico do Seu Filho.

Os homens do nosso tempo sentem profundamente a exigência de diálogo, de comunhão e de paz. Sentimos todos esta exigência profunda de sair dos monólogos estéreis, de sanar as antigas fraturas que dividem a humanidade, de entrar em comunhão superando todas as barreiras de cor, raça e ideologia.

O cristianismo transcende o tempo na medida em que ajuda a realizar esses valores, demolindo todos os obstáculos que dividem, todas as absurdas separações que se criaram no decorrer da história”.

De fato, ainda vemos muros que separam as pessoas,
Impossibilitando a expressão da verdadeira comunhão
Sonhada e querida por Deus desde a criação, e assim
O será até a consumação dos tempos.

Barreiras visíveis e invisíveis,
Mas todas de destruição passíveis,

Que separam as culturas,
Impossibilitam a valorização e o reconhecimento mútuo.

Barreiras que separam as pessoas
Pela diferença ideológica,

Que separam povos e nações
Por disparidades econômicas e sociais.

Barreiras que separam religiões,
Não religando as criaturas entre si e tampouco com o Criador.

E ainda outras barreiras de tantos nomes
Que poderiam ser mencionadas...

Seja Cristo a fonte da comunhão,
Até que Deus seja tudo em todos.

Que sejamos um, como o Pai e Jesus são um,
Assim como Ele disse na Sua Oração Sacerdotal (Jo 17).

Abramo-nos ao Espírito Santo,
Pois é Ele quem age e faz...

Sejamos em Suas mãos instrumentos,
Nesta jornada comprometidos. Amém. 

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG