segunda-feira, 29 de abril de 2024

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Enviai, Senhor, Vosso Espírito sobre a Vossa Igreja

                                                  

Enviai, Senhor, Vosso Espírito sobre a Vossa Igreja
“Mas o Defensor, o Espírito Santo, que o
Pai enviará em meu nome, Ele vos ensinará
tudo e vos recordará tudo o que Eu
vos tenho dito” (Jo 14,26)

Enviai, Senhor, Vosso Espírito sobre a Vossa Igreja, como uma suave brisa ligeira, pois jamais Vos manifestais de modo espetacular e sensacionalista.

Enviai, Senhor, Vosso Espírito sobre a Vossa Igreja, Ele que é para nós o Defensor, que o Pai enviou de Vós para tudo nos ensinar e obras maiores fazermos.

Enviai, Senhor, Vosso Espírito sobre a Vossa Igreja, concedendo-nos o impulso dinâmico que a faz viva, continuadora da missão por Vós confiada.

Enviai, Senhor, Vosso Espírito sobre a Vossa Igreja, para que o anúncio e testemunho de Vossa Palavra seja sempre atual e recriador de novos relacionamentos e novos tempos.

Enviai, Senhor, Vosso Espírito sobre a Vossa Igreja, para que façamos a correta interpretação da Palavra divina, irradiando luz, alegria e esperança.

Enviai, Senhor, Vosso Espírito sobre a Vossa Igreja, para que jamais nos descuidemos ou fragilizemos nos sagrados compromissos com o Reino, sem resquícios de indiferença ou omissão.

Enviai, Senhor, Vosso Espírito sobre a Vossa Igreja, e com Ele, os sete dons: sabedoria, entendimento, conselho, fortaleza, ciência, temor e piedade. Amém.


Fonte de inspiração: João 14,21-26; Comentário do Missal Cotidiano – Editora Paulus – p.429

Em poucas palavras...

 


O monte das Santas Escrituras

“Não vos extravieis no meio do nevoeiro, antes escutai a voz do pastor. Retirai-vos para os montes das Santas Escrituras; ali encontrareis as delícias do vosso coração e não achareis nada que vos possa envenenar ou fazer mal, pois ricas são as pastagens que ali se encontram” (1)

 

(1)Santo Agostinho, Sermão 46 sobre os pastores

Em poucas palavras...

 


Os sinais de Deus na evangelização

“Descobrir os sinais que possam falar de Deus ao ateu de hoje é o grande problema da evangelização e da reflexão teológica.

Num mundo secularizado, o sinal será talvez o de uma Igreja despojada, pobre, a inteiro serviço do homem, purificada de todo conceito demasiado materialista de Deus...

Poderão ser sinais os cristãos engajados na construção de uma cidade mais humana e fraterna, pacífica e justa.” (1)

 

 

(1) Comentário do Missal Cotidiano sobre a passagem dos Atos dos Apóstolos (At 14,5-18) - pág. 427

Diocese de Guanhães: 38 anos de ação Evangelizadora

                                                     


Diocese de Guanhães: 38 anos de ação Evangelizadora 

No dia 1º de maio, Festa de São José Operário, teremos a graça de, também, celebrar 38 anos de evangelização de nossa amada Diocese.

E para bem celebrar, torna-se importante conhecermos um pouco da sua história:

- A Diocese pertence à Província Eclesiástica de Diamantina e foi criada a 18 de dezembro de 1985 pela Bula Pontifícia “Recte Quidem”, do Papa São João Paulo II, tendo seu território desmembrado da Arquidiocese de Diamantina e das Dioceses de Governador Valadares e Itabira - Coronel Fabriciano;

- Sua instalação solene aconteceu em 1º de maio de 1986, pelo Exmo. e Revmo. Sr. Núncio Apostólico no Brasil, Dom Carlo Furno, que também, nesta data, deu posse ao primeiro Bispo Diocesano, Dom Antônio Felippe da Cunha, SDN (Missionário Sacramentino de Nossa Senhora); 

- situada na Região centro-oriental de Minas Gerais, faz parte do Regional Leste II da CNBB (que compreende o Estado de Minas Gerais), limita-se ao Norte e Noroeste com a Arquidiocese de Diamantina; ao Nordeste, com a Diocese de Governador Valadares; ao Sul, com a Diocese de Itabira – Coronel Fabriciano e Diocese de Sete Lagoas;

- tem uma superfície de 15.047 km2 e, conforme o censo de 1996, tinha uma população de 269.931 habitantes, distribuídos em 30 cidades de seu território. 

Fazendo memória de todos aqueles e aquelas que por aqui passaram e deixaram a sua preciosa semente de evangelização, destacamos o primeiro Bispo Dom Antônio Felippe da Cunha (in memoriam); Pe. Saint Clair Ferreira Filho (in memoriam), Administrador Diocesano; Dom José Heleno (Administrador Apostólico); Dom Emanuel Messias de Oliveira, o segundo Bispo; o então Pe. Marcello Romano, Administrador Diocesano; Dom Jeremias Antônio de Jesus, Bispo Emérito, o terceiro; Dom Darci José Nicioli, Administrador Apostólico; e tantos outros padres, cristãos leigos e leigas, que ajudaram a construir a história desta Diocese. 

Vivendo a graça do Ano da Oração, com o tema - "Peregrinos de esperança", com vistas ao Jubileu da Misericórdia, a ser celebrado por toda a Igreja em 2025, bem como a participação na preparação do Sínodo dos Bispos que será realizado outurbro de 2024, em âmbito Diocesano, firmemos nossos passos na ação evangelizadora, a fim de que sejamos uma Igreja Sinodal, caminhando juntos, na comunhão, participação e missão, firmando os quatro pilares da ação evangelizadora: Pilar da Palavra, do Pão, da Caridade e da Ação Missionária.

Contemos com a intercessão de São José Operário, Patrono de todos os trabalhadores; de São Miguel Arcanjo, padroeiro de nossa Diocese, e da Imaculada Conceição de Aparecida, a Padroeira do Brasil.

Em poucas palavras...

 


O Paráclito

Jesus, ao anunciar e prometer a vinda do Espírito Santo, chama-Lhe o «Paráclito», que, à letra, quer dizer: «aquele que é chamado para junto», ad vocatus (Jo 14, 16. 26; 15, 26; 16, 7).

«Paráclito» traduz-se habitualmente por «Consolador», sendo Jesus o primeiro consolador (1Jo2,1). O próprio Senhor chama ao Espírito Santo «o Espírito da verdade» (Jo 16,13).” (1)

 

(1) Catecismo da Igreja Católica – n. 692

Foi por amor a ti


Foi por amor a ti

“Tendo amado os Seus que estavam no mundo,
amou-os até o fim.”
(Jo 13,1)

Foi por amor a ti
Que desci e vim e ao teu encontro na forma de uma criança.

Foi por amor a ti
Que aprendi palavras para falar contigo, Eu que sou a Palavra.

Foi por amor a ti
Que me fiz frágil e indefeso, Eu que sou o Deus forte.

Foi amor a ti
Que venci Satanás, para que comigo também possas vencer.

Foi por amor a ti
Que suportei a sede, para me tornar tua perene e salutar fonte.

Foi por amor a ti
Que suportei o abandono, para que não te sintas só.

Foi por amor a ti
Que mesmo negado e traído, fui adiante, sem desistir de ti.

Foi por amor a ti,
Para saciar tua fome de amor e vida, que me fiz Comida e Bebida.

Foi por amor a ti
Que, para vencer o peso da Cruz, me Transfigurei antecipando a visão da glória.

Foi por amor a ti,
Para secar tuas lágrimas, que também as vi em mim vertidas.

Foi por amor a ti
Que suportei o trespassar do coração, alargando-o, para nele tu coubesses.

Foi por amor a ti
Que enfrentei ventos e tempestades, para atravessar os mares contigo.

Foi por amor a ti
que não tive onde reclinar a cabeça, a não ser no trono da Cruz.

Foi por amor a ti
Que venci a escuridão da noite, para fazer claros os teus dias: Ressuscitado fui.

 Foi por amor a ti,
Para que nunca te sintas sozinho, que o meu Espírito te foi enviado.

Foi por amor a ti
Que isto e muito mais Eu fiz, e muito mais o farei até o fim dos tempos. 

Amém. Aleluia!


Sábias Mulheres que nos revelam Deus

                                                                

Sábias Mulheres que nos revelam Deus

Dia 29 de abril celebramos a Memória de Santa Catarina de Sena, e temos a oportunidade de sermos enriquecidos pelo seu “Diálogo com a Divina Providência”, que nos é apresentada na Liturgia das Horas.

“Ó Divindade eterna, ó eterna Trindade, que pela união da natureza divina tanto fizeste valer o sangue de Teu Filho Unigênito!

Tu, Trindade eterna, és como um mar profundo, onde quanto mais procuro mais encontro; e quanto mais encontro, mais cresce a sede de Te procurar.

Tu sacias a alma, mas de um modo insaciável.
Porque saciando-se no Teu abismo, a alma permanece sempre sedenta e faminta de Ti, ó Trindade eterna, cobiçando e desejando ver-Te à luz de Tua luz…

Provei e vi em Tua luz com a luz da inteligência, o Teu insondável abismo, ó Trindade eterna, e a beleza de Tua criatura…

Ó abismo, ó Trindade eterna, ó Divindade, ó Mar profundo! Que mais poderias dar-me do que a Ti mesmo? Tu és um fogo que arde sempre e não se consome.

Tu és que consomes por Teu calor todo amor profundo da alma.
Tu és de novo o fogo que faz desaparecer toda frieza e iluminas as mentes com a Tua luz. Com esta luz me fizeste conhecer a verdade.

Espelhando-me nesta luz, conheço-Te como Sumo Bem, o Bem que está acima de todo bem, o Bem feliz, o Bem incompreensível, o Bem inestimável, a Beleza que ultrapassa toda beleza, a Sabedoria superior a toda sabedoria.

Porque Tu és a própria Sabedoria, Tu, o Pão dos anjos, que no fogo da caridade Te deste aos homens.

Tu és a veste que cobre minha nudez; alimenta nossa fome com a Tua doçura, porque és doce, sem amargura alguma. Ó Trindade eterna!”

Catarina de Sena, possuidora de grande amor e preocupação pelas dificuldades da Igreja, nos deixou tão belo e grande testemunho de amor pela mesma, repetindo sempre estas palavras em sua vida agitada e sofrida: “Se morrer, sabeis que morro de paixão pela Igreja”.

Santa Catarina de Sena foi declarada Doutora da Igreja e Padroeira da Itália, pelo São Papa Paulo VI.

Ela nutria profunda paixão por Jesus Cristo, assim como outras tantas “Sábias Mulheres de Deus”, ontem, hoje e sempre, são a manifestação da acolhida e da comunicação da Sabedoria de Deus no mundo.

Viveu no século XIV, num tempo de grandes desafios, dentre eles, a peste e o cisma da Igreja. Teve uma vida simples, de origem pobre e humilde (última de uma família de 25 filhos).

Mulher de grande mística, espiritualidade e oração, que acolheu o sopro do Espírito e enriqueceu a Igreja de seu tempo e de todo o tempo, testemunhou grande amor e cuidado aos doentes, foi incansável reveladora do amor de Deus.

Morreu jovem, aos 33 anos, deixando numerosos escritos de profunda espiritualidade e Cartas de alto valor histórico e religioso.

Encontramos em seus escritos as últimas palavras:


“Do leito de morte, dirigiu ao Senhor esta comovente oração: “Ó Deus eterno!, recebe o sacrifício da minha vida em benefício deste Corpo Místico da Santa Igreja. Não tenho outra coisa para oferecer-te a não ser aquilo que me deste”.

Ressoa em nosso coração a grande afirmação do Papa Bento XVI, quando esteve em nosso meio:  “Somente enamorados por Cristo é que poderemos ser Seus discípulos”. 

Reflitamos:

- Com que profundidade mergulhamos no Mistério de Amor da Santíssima Trindade?
- Qual a profundidade de nossa paixão pela Igreja de Cristo?

- Sentimo-nos, como Catarina, enamorados por Cristo?
- Quais são as Sábias Mulheres de Deus em nossas vidas?

- Qual a nossa solicitude para com os pobres, presença de Cristo em nossa vida?

Contemplemos o testemunho de Santa Catarina, e revigoremos nossos passos, na fidelidade ao Senhor, o Caminho e a Verdade, que nos conduz à Vida!

Santa Catarina de Sena, rogai por nós! 


Para maior aprofundamento e enriquecimento, sugiro que confira:

Simplesmente por amor...

                                                            

Simplesmente por amor...

“Com o fogo do Teu amor acendes
os nossos corações com o desejo de Te amar...”

Retomemos um trecho da Carta de Santa Catarina de Sena, Doutora da Igreja - (1347-1380), dirigida a Bartolomea, esposa de Salviato de Lucca.

Abraça Jesus Crucificado, Amante e Amado... Abraça, portanto, Jesus Crucificado elevando a Ele o olhar do teu desejo! Toma em consideração o Seu Amor ardente por ti, que levou Jesus a derramar Sangue de todas as partes do Seu corpo!

Abraça Jesus Crucificado, Amante e Amado e n’Ele encontrarás a verdadeira vida, porque Ele é Deus que Se fez homem.

Que o teu coração e a tua alma ardam pelo fogo do Amor do qual foi coberto Jesus cravado na Cruz!

Tu deves, portanto, tornar-te amor, olhando para o Amor de Deus, que tanto te amou, não porque te devesse obrigação alguma, mas por um puro dom, impelido somente pelo Seu inefável Amor.

Oh inestimável Amor! Tu nos iluminas com a Tua sabedoria para que nos possamos conhecer a nós mesmos, conhecer a Tua verdade e os enganos sutis do demônio.

Quem possui o Amor de Deus, n’Ele encontra tanta alegria que cada amargura se transforma em doçura e cada grande peso se torna leve. Doce Jesus, Amor Jesus.

Com o fogo do Teu amor acendes os nossos corações com o desejo de Te amar e de Te seguir na verdade. Só Tu és o Amor, somente digno de ser amado!”

Notemos a insistência nas palavras Amor e Amar, direta ou indiretamente.

O amor nos revela a essência da fé cristã, a essência da vida. Por isto Nosso Senhor nos deu o mais belo e irrevogável de todos os Mandamentos: “Amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei”.

A verdadeira medida de nosso amor, bem como sua altura, largura e profundidade, tem que ultrapassar as medidas humanas, para alcançar as medidas divinas testemunhadas no Amor da Cruz de Nosso Senhor!

Esta Carta é oportuna para nossa espiritualidade no seguimento de Jesus, como alegres e apaixonados discípulos missionários do Senhor, simplesmente por amor

Reflitamos:

- Como tenho vivido o Mandamento do Amor que Nosso Senhor nos deixou: Amar o próximo como Ele amou?

- O que ressalta aos olhos e ao coração meditar a Carta de Santa Catarina de Sena?

- Santa Catarina, sábia e santa. Quais são as pessoas sábias e santas que fazem parte da nossa história?

Amar a Deus, simplesmente por amor,
Porque antes de amá-Lo,
Ele nos Amou primeiro. 
Amém. Aleluia!

Os frutos do Espírito

                                                       

Os frutos do Espírito

Reflexão à luz da Carta de Paulo aos Gálatas (Gl 5,16.22a-23a.25), sobre os frutos do Espírito:

“Procedei segundo o Espírito. Assim, não satisfareis aos desejos da carne. O fruto do Espírito é: caridade, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, lealdade, mansidão, continência. Se vivemos pelo Espírito, procedamos também segundo o Espírito, corretamente”.

Oremos:

Senhor Deus, ajudai-nos a viver segundo o Espírito, para produzirmos os frutos por Vós esperados, como tão bem expressou Vosso Apóstolo.

Ajudai-nos a fazer progressos cotidianos na caridade para com nosso próximo, para que seja mais autêntico e fecundo nosso amor por Vós.

Não permitais que, por causa das dificuldades no discipulado, sejam roubados a alegria e o ardor na missão que nos confiastes, no anúncio e testemunho de Vossa Palavra.

Concedei-nos promover a paz, na superação de conflitos, sempre a partir do diálogo, compreensão e abertura ao outro.

Cumulai-nos de toda a longanimidade, de modo que, com a paciência cumulada, saibamos esperar o que melhor tendes para nós, pois Vosso tempo não é o nosso.

Orientai nossas palavras e gestos, para que sejam expressões de amabilidade e bondade para com todos, de modo especial com aqueles que mais precisarem.

Dai-nos a graça de jamais faltarmos com a lealdade com aqueles que depositam confiança em nós, para que não se sintam desanimados e desapontados.

Firmai nossos passos nas tribulações, para que não esmoreçamos ou recuemos de sagrados compromissos, dando testemunho de mansidão e confiança em Vós.

Por fim, pedimos-Vos que não nos deixeis perder o autodomínio de nossos instintos e paixões, e que jamais nossa vontade se sobreponha à Vossa, e assim, felicidade alcancemos. Amém.

E o medo se foi...

 


E o medo se foi...

Pedro, naquela noite, o medo tomou conta de ti, e negaste três vezes que conhecias o Senhor, ainda que com Ele convivesse e partilhasse memoráveis momentos.

Mas o medo não conseguiu criar raízes para sempre em teu coração, como vemos depois ao pregares nas sinagogas e em todos os lugares.

Foi a humana experiência da qual não estamos imunes, e quem somos para te julgar; ao contrário, contigo aprender, para que tenhamos a mesma coragem no discipulado.

Depois de testemunhar a vida e presença do Ressuscitado, como nos falam as páginas dos Evangelhos, e depois, na tríplice afirmação de amor ao Senhor, novas páginas...

Memoráveis páginas que Lucas nos descreve nos Atos dos Apóstolos: abertura ao Espírito, pregação da Palavra, coração pelo Senhor apaixonado e seduzido.

Incansável foste: curas, libertação, pregação, conversões alcançadas. fidelidade plena à missão pelo Senhor a ti confiada, pelo sangue derramado, vida sacrificada, no martírio testemunhada.

Pedro, e o medo se foi... Assim foi contigo. Que assim seja conosco, peregrinos da esperança de um novo céu e nova terra, mesma fidelidade, testemunho viver.

Que nosso medo se vá, e que a coragem que tiveste seja para nós um farol a iluminar nossas travessias, por vezes, tomadas pela escuridão de nossas fragilidades e debilidades.

Possamos nós, também, dizer ao Senhor ontem, hoje e sempre: “Senhor, Tu sabes tudo, Tu sabes que eu Te amo”, e dos lábios do Senhor ouçamos: “Apascenta as minhas ovelhas” (cf. Jo 21,15-19). Amém.

Em poucas palavras...

 


O envio do Paráclito

“Antes da sua Páscoa, Jesus anuncia o envio de um «outro Paráclito»(Defensor), o Espírito Santo.

Agindo desde a criação (Gn 1,2) e tendo outrora «falado pelos profetas» (Símbolo niceno-constantinopolitano), o Espírito Santo estará agora junto dos discípulos, e n’eles (Jo 14,17), para os ensinar (Jo 14,26) e os guiar «para a verdade total» (Jo 16, 13). E, assim, o Espírito Santo é revelado como uma outra pessoa divina, em relação a Jesus e ao Pai.” (1)

 

(1) Catecismo da Igreja Católica – parágrafo n. 243

Oração a São José Operário (1)

Oração a São José Operário

Ó Deus, que aprendamos com São José
Operário, homem de bondade, esperança e
humildade, o carpinteiro de Nazaré, que disse sim ao
 Senhor, cuidar de nossas famílias como ele fez com a Sagrada Família.

Ó Deus, que aprendamos com ele,
homem do povo, patrono de todos
trabalhadores, compromissos inadiáveis com
 a justiça, a esperança, a paz, o amor e a fraternidade.

Ó Deus, por intercessão de São José Operário,
Vos pedimos que nunca nos falte trabalho digno
e salário justo, para que continuemos com força e coragem
a fazer do trabalho um prolongamento da Vossa Obra da Criação.

Que a exemplo de São José Operário,
aprendamos a amar, a vibrar e a sorrir com o labor
de cada dia, para que muitos frutos sejam produzidos.

Por intercessão deste grande Santo
agradecemos, ó Deus Todo-Poderoso, pelos benefícios
que nos tendes concedido, por meio do Vosso Amado Filho
que vive e reina em comunhão com Vosso Espírito. Amém. 

Oração a São José Operário (2)


Oração a São José Operário

Ó São José Operário, 
homem justo, 
patrono de todo trabalhador e trabalhadora, 
interceda a Deus por nós, 
para que nunca nos falte trabalho digno e salário justo, 
e continuemos, 
com força e coragem, 
a fazer do nosso trabalho um prolongamento
da obra da criação divina. 
Por Cristo, Nosso Senhor.
Amém!


PS: Esta Oração, rezamos na 42ª Missa do trabalhador em 2018, ao celebrar a Solenidade de José Operário, com o Povo de Deus de nossas Paróquias da Região Episcopal Nossa Senhora Aparecida - RENSA - Arquidiocese de Belo Horizonte - MG.

A vida nova que brota da Páscoa

                                                             

A vida nova que brota da Páscoa

Sejamos iluminados pelo Sermão do Bispo São Gregório de Nissa (séc. IV):

Começou o Reino da vida e foi dissolvido o império da morte. Apareceu um novo nascimento, uma vida nova, um novo modo de viver; a nossa própria natureza foi transformada.

Que novo nascimento é este? É o daqueles que não nasceram do sangue nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus mesmo (Jo 1,13); tu perguntas: como isso pode acontecer?

Escuta-me, vou te explicar em poucas palavras. Este novo ser é concebido pela fé, é dado à luz pela regeneração do Batismo; tem por mãe a Igreja que o amamenta com sua doutrina e tradições. Seu Alimento é o Pão celeste; sua idade adulta é a santidade; seu matrimônio é a familiaridade com a sabedoria; seus filhos são a esperança; sua casa é o reino; sua herança e riqueza são as delícias do paraíso; seu fim não é a morte, mas aquela vida feliz e eterna que está preparada para os que dela são dignos.

Este é o Dia que o Senhor fez para nós (Sl 117,24), dia muito diferente daqueles que foram estabelecidos desde o início da criação do mundo e que são medidos pelo decurso do tempo.

Este é o início de uma nova criação. Nele Deus faz um novo céu e uma nova terra, como diz o Profeta. Que céu é este? Seu firmamento é a fé em Cristo. E que terra é esta?

O coração bom, de que fala o Senhor, é a terra que absorve a água das chuvas e produz frutos em abundância. O sol desta nova criação é uma vida pura; as estrelas são as virtudes; a atmosfera é um comportamento digno; o mar é a profundidade da riqueza, da sabedoria e da ciência (Rm 11,33). As ervas e as sementes são a boa doutrina e a escritura divina, onde o rebanho; isto é, o povo de Deus, encontra pastagem e alimento; as árvores frutíferas são a prática dos Mandamentos.

Neste dia, o verdadeiro homem é criado à imagem e semelhança de Deus não é, porventura, um novo mundo que começa para ti neste dia que o Senhor fez?

Não diz o Profeta que esse dia e essa noite não têm igual entre os outros dias e noites? Mas ainda não explicamos o dom mais precioso que recebemos neste dia de graça.

Ele destruiu as dores da morte e deu à luz o Primogênito dentre os mortos. Subo para junto do Meu Pai e vosso Pai, Meu Deus e vosso Deus (Jo 20,17), diz o Senhor Jesus.

Que notícia boa e maravilhosa! O Filho Unigênito de Deus, que por nós Se fez homem, a fim de nos tornar Seus irmãos, apresenta-Se como homem diante de Seu verdadeiro Pai, para levar Consigo todos os novos membros da Sua família” (1).

São Gregório nos apresenta uma analogia, que nos leva mais perto de Deus e do desejo mais profundo de uma vida nova que brota do Mistério da Morte e Ressurreição de Seu Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, e somos 
convidados a renovar compromissos com a vida nova em todas as suas dimensões.

Reflitamos:

- Quais os sentimentos e compromissos que a meditação deste  Sermão me desperta?

- De que modo o Mistério Pascal de Nosso Senhor marca, reorienta e renova meus passos, minha vida e projetos?

- Como tenho vivido a vida nova que nasceu no dia do meu Batismo?

Pai Nosso que estais nos céus...

(1) Cf. Liturgia das Horas - Vol. II - pp. 743-744.

Em poucas palavras...

 


O “outro Paráclito”

Antes da sua Páscoa, Jesus anuncia o envio de um «outro Paráclito»(Defensor), o Espírito Santo. Agindo desde a criação (Gn 1,2) e tendo outrora «falado pelos profetas» (Símbolo niceno-constantinopolitano), o Espírito Santo estará agora junto dos discípulos, e neles (Jo 14,17), para os ensinar (Jo 14,26) e os guiar «para a verdade total» (Jo 16, 13). E, assim, o Espírito Santo é revelado como uma outra pessoa divina, em relação a Jesus e ao Pai.” (1)  

(1) Catecismo da Igreja Católica – n. 243

A atividade humana e sua contribuição em favor da vida

A atividade humana e sua contribuição em favor da vida

No dia 1º de maio, celebraremos a Festa em louvor a São José Operário, protetor e modelo de todos os trabalhadores e trabalhadoras.

Sejamos enriquecidos por dois parágrafos (nºs 33 e 34) da Constituição pastoral “Gaudium et spes” sobre a Igreja no mundo contemporâneo, do Concílio Vaticano II (séc. XX), que nos fala sobre a atividade humana no mundo.

“Por seu trabalho e inteligência, o homem procurou sempre mais desenvolver a sua vida. Hoje em dia, porém, ajudado antes de tudo pela ciência e pela técnica, ele estendeu continuamente o seu domínio sobre quase toda a natureza; e, principalmente, graças aos meios de intercâmbio de toda espécie entre as nações, a família humana pouco a pouco se reconhece e se constitui como uma só comunidade no mundo inteiro. Por isso, muitos bens que o homem esperava antigamente obter, sobretudo, de forças superiores, hoje os  consegue por seus próprios meios.

Diante deste esforço imenso, que já penetra a humanidade inteira, surgem muitas perguntas entre os homens. Qual é o sentido e o valor desta atividade? Como todas estas coisas devem ser usadas? Qual a finalidade desses esforços, sejam eles individuais ou coletivos?

A Igreja, guardiã do depósito da Palavra de Deus, que é a fonte dos seus princípios de ordem religiosa e moral, embora ainda não tenha uma resposta imediata para todos os problemas, deseja, no entanto, unir a luz da revelação à competência de todos, para iluminar o caminho no qual a humanidade entrou recentemente.

Para os fiéis é pacífico que a atividade humana individual e coletiva, aquele imenso esforço com que os homens, no decorrer dos séculos, tentaram melhorar as suas condições de vida, considerado em si mesmo, corresponde ao plano de Deus.

Com efeito, o homem, criado à imagem de Deus, recebeu a missão de dominar a terra com tudo o que ela contém e de governar o mundo na justiça e na santidade, isto é, reconhecendo a Deus como Criador de todas as coisas, orientando para Ele o seu ser e todo o universo; assim, com todas as coisas submetidas ao homem, o nome de Deus seja glorificado na terra inteira.

Isto diz respeito também aos trabalhos cotidianos. Pois os homens e as mulheres que, ao procurar o sustento para si e suas famílias, exercem suas atividades de maneira a bem servir à sociedade, têm razão para ver no seu trabalho um prolongamento da obra do Criador, um serviço a seus irmãos e uma contribuição pessoal para a realização do plano de Deus na história.

Portanto, bem longe de pensar que as obras produzidas pelo talento e esforço dos homens se opõem ao poder de Deus, ou considerar a criatura racional como rival do Criador, os cristãos, pelo contrário, estão convencidos de que as vitórias do gênero humano são um sinal da grandeza de Deus e fruto de seus inefáveis desígnios. Quanto mais, porém, cresce o poder dos homens, tanto mais aumenta a sua responsabilidade, seja pessoal seja comunitária.

Donde se vê que a mensagem cristã não afasta os homens da tarefa de construir o mundo nem os leva a negligenciar o bem de seus semelhantes; mas, antes, os impele a sentir esta obrigação como um verdadeiro dever.”

Como vemos, a atividade humana pode em muito contribuir na promoção da vida, melhorando as condições das pessoas.

Pelo trabalho, vemos que a atividade humana é um prolongamento da obra do Criador, e neste sentido é preciso criar sempre a possibilidade de trabalho digno para todos; e com ele, os direitos sociais próprios.

Deste modo, todos os esforços devem ser feitos, em todos os âmbitos, organizações, poderes constituídos, para que não sejam condenadas milhões de pessoas ao desemprego ou subemprego.

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