quarta-feira, 30 de abril de 2025
O amor de Deus nos impulsiona ao discipulado
Cremos no Senhor, expressão maior do Amor de Deus
À luz desta passagem, elevo uma Oração ao Senhor, que tendo nos amado, nos amou até o fim, e continua manifestando o Seu Amor com a presença do Seu Espírito, que nos anima e nos fortalece na fidelidade ao Projeto do Pai, pelo qual a Vida entregou.
Creio em Vós, Senhor, que viestes ao mundo para trazer a Salvação à humanidade mergulhada no pecado, e que por si só é incapaz de se livrar desta trágica situação.
Senhor, que o Vosso Amor esteja entranhado em nosso coração e seja expresso na relação para com nosso próximo, porque tão somente assim, luminosos seremos, e ao mundo, por vezes tão sombrio, poderemos comunicar um raio de Vossa divina luz. Amém. Aleluia!
Discípulos missionários do Senhor: amados para amar
Pães ázimos de pureza e verdade
Pães ázimos de pureza e verdade
“Assim, celebremos a Festa, não com velho fermento,nem com fermento da maldade ou da perversidade,mas com os pães ázimos de pureza e verdade”(1 Cor 5,8)
Reflexão à luz da passagem da Primeira Carta do Apóstolo Paulo aos Coríntios (1 Cor 5,1-8), que rezamos nas Laudes:
- “Purificai-nos, Senhor, de todo fermento de malícia e perversidade, para vivermos a Páscoa de Cristo com os pães ázimos da sinceridade e da verdade;
- Ajudai-nos a vencer neste dia o pecado da discórdia e da inveja, e tornai-nos mais atentos às necessidades de nossos irmãos e irmãs”.
Para aprofundamento sejamos enriquecidos pelo Sermão do Papa São Leão Magno (séc. V):
“Caríssimos filhos, a natureza humana foi assumida tão intimamente pelo Filho de Deus, que o único e mesmo Cristo está não apenas neste Homem, primogênito de toda a criatura, mas também em todos os Seus santos [...]
É Ele (Jesus) que une à Sua Paixão não apenas a gloriosa fortaleza dos mártires, mas também a fé de todos aqueles que renasceram nas Águas Batismais.
É nisto que consiste celebrar dignamente a Páscoa do Senhor com os ázimos da sinceridade e da verdade: tendo rejeitado o fermento da antiga malícia, a nova criatura se inebria e se alimenta do próprio Senhor.
A nossa participação no Corpo e no Sangue de Cristo age de tal modo que nos transformamos n’Aquele que recebemos. Mortos, sepultados e ressuscitados n’Ele, que O tenhamos sempre em nós tanto no espírito como no corpo”.
Malícia, perversidade, discórdia, inveja, e tantas outras formas de pecado, mancham nossa veste batismal, e ninguém pode dizer que não está livre, tanto que elevamos a Deus súplicas, para que Ele nos ajude a vencer tais tentações. Também suplicamos a Sua Misericórdia para nossa necessária purificação.
Sinceridade, verdade, solicitude para com os irmãos e irmãs, são mais do que desejáveis para nós que temos uma fé Pascal.
Rezar com a Igreja nos enriquece cotidianamente, e em cada Eucaristia ser nutrido pelo pão ázimo do amor e da verdade, porque isenta de todo fermento de maldade, que impossibilitaria que, n’Ele inserido, nova criatura fôssemos.
Somos fortalecidos ao receber a Eucaristia, pois somos nutridos com o mais belo Pão, que foi fermentado sim, mas com o mais puro Amor, no Sangue, copiosamente, na Cruz derramado.
Bem como, somos inebriados quando do Cálice participamos e bebemos da mais pura e necessária Bebida.
Comungando do Pão Consagrado, bebendo do Vinho consagrado, Corpo e Sangue do Senhor, n'Ele somos transformados e no mundo cada gesto de amor, partilha, perdão, compreensão, solidariedade, Sua ação e presença, testemunhadas.
É preciso sempre gerar e formar Cristo em nós, para gerá-Lo e formá-Lo no coração do outro.
Cada Eucaristia é e será sempre um novo e eterno acontecimento, sem nenhum mérito de nossa parte, mas pura expressão do Amor Divino.
Ontem, hoje e sempre, a Deus, honra, glória, poder e louvor, acompanhado do mais sincero e autêntico agradecimento. Amém.
Rezando com os Salmos - Sl 35 (36)
O
Senhor é fonte de vida, graça e luz
“–1 Ao mestre do coro. De Davi, servo do Senhor.
–2 O pecado sussurra
ao ímpio
lá no fundo do seu coração;
– o temor do Senhor, nosso Deus,
não existe perante seus olhos.
–3 Lisonjeia a si mesmo pensando:
‘Ninguém vê nem condena o meu crime’.
–4 Traz na boca maldade e engano;
já não quer refletir e agir bem.
=5 Arquiteta a maldade em seu leito,
nos caminhos errados insiste
e não quer afastar-se do mal.
–6 Vosso amor chega aos céus, ó Senhor,
chega às nuvens a Vossa verdade.
–7 Como as altas montanhas eternas
é a vossa justiça, Senhor;
– e os vossos juízos superam
os abismos profundos dos mares.
– Os animais e os homens salvais:
8 quão preciosa é, Senhor, vossa graça!
– Eis que os filhos dos homens se abrigam
sob a sombra das asas de Deus.
–9 Na abundância de Vossa morada,
eles vêm saciar-se de bens.
– Vós lhes dais de beber água viva,
na torrente das Vossas delícias.
–10 Pois em Vós está a fonte da vida,
e em Vossa luz contemplamos a luz.
–11 Conservai aos fiéis Vossa graça,
e aos retos, a vossa justiça!
–12 Não me pisem os pés dos soberbos,
nem me expulsem as mãos dos malvados!
–13 Os perversos, tremendo, caíram
e não podem erguer-se do chão.”
Com o Salmo 35(36) refletimos sobre a malícia do pecador e a
bondade de Deus que vem em socorro dos justos, iluminando seus caminhos:
“Em
dois quadros bem distintos descreve-se a maldade do pecador que não quer
converter-se (v.2-5) e, depois, a infinita misericórdia de Deus, que coloca a
salvação ao alcance de todos (v. 6-13).” (1)
Peregrinos do Senhor, experimentamos cotidianamente as delícias
de Deus em nosso favor; e Ele nos comunica vida, graça e luz, como tão bem se
expressou e rezou o Salmista.
Firmemos nossos passos confiantes na presença do Senhor, porque
quem o Segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida (cf. Jo 8,12).
(1)
Comentário da Bíblia Edições CNBB – pág. 755
Em poucas palavras...
Escravos, mercenários ou filhos
“Nós, ou nos desviamos do mal por temor do castigo e estamos na atitude do escravo, ou vivemos à espera da recompensa e parecemo-nos com os mercenários; ou, finalmente, é pelo bem em si e por amor d’Aquele que manda, que obedecemos […], e então estamos na atitude própria dos filhos”
(1)São Basílio – cf. Catecismo da Igreja Católica n. 1828
Templo e templos - Mesmo amor e zelo tenhamos!
Reflitamos:
Que nosso coração seja puro e luminoso
“Celebramos hoje, irmãos diletos, com exultação jubilosa e com a Bênção de Cristo, o natalício deste templo. Nós, porém, é que temos de ser o verdadeiro templo vivo de Deus. Todavia é com muita razão que os povos cristãos observam com fé a solenidade da Igreja-mãe, por quem reconhecem ter nascido espiritualmente. Pois pelo primeiro nascimento éramos vasos da ira de Deus; pelo segundo, foi-nos dado ser vasos da Sua misericórdia. O primeiro nascimento lançou-nos na morte; e o segundo, chamou-nos de novo à vida.
A festa, que a princípio era celebrada apenas em Roma, passou a ser festa universal no rito romano, em honra dessa Igreja chamada 'Mãe e Cabeça de todas as Igrejas de Roma e de todo o mundo' (Urbis et orbis), como sinal de amor e de unidade para com a Cátedra de São Pedro. A história desta Basílica evoca a chegada à fé de milhares de pessoas que ali receberam o Batismo”.
Tomemos consciência de nossa condição pecadora e na acolhida da misericórdia e luz divinas que nos purificam e nos iluminam, e também para que nos tornemos menos impuros para acolhida de Deus em nós, uma vez que o Batismo nos torna templos de Deus.
Acompanhe-nos, todos os dias, a Oração, a vigilância, a conversão e a penitência a para que sejamos pedras vivas na Igreja, tendo Cristo como a Pedra principal, e os Apóstolos como seus fundamentos.
Rezando com os Salmos - Salmo 34 (35)
Na
perseguição, uma súplica confiante ao Senhor
“–1 Acusai os que me acusam, ó Senhor,
combatei os que combatem contra mim!
=2 Empunhai o Vosso escudo e armadura;
levantai-Vos, vinde logo em meu socorro
e dizei-me: ‘Sou a tua salvação!’
–3 Vibrai a lança e refreai meus inimigos
e dizei-me: ‘Sou a tua salvação!’
–4 Que sejam confundidos e humilhados,
todos aqueles que procuram me matar.
Que voltem para trás envergonhados,
os que maquinam a maldade contra mim.
–5 Sejam palha que é levada pelo vento
e o anjo do Senhor os leve embora.
–6 Sejam de lama e de trevas seus caminhos
e o anjo do Senhor venha empurrá-los.
–7 Pois sem razão me armaram laços traiçoeiros
para matar-me sem motivo abriram covas.
=8 Caia a ruína sobre eles de repente,
em seus laços traiçoeiros fiquem presos
e na cova que cavaram caiam eles.
–9 Então minh'alma no Senhor se alegrará
e exultará de alegria em seu auxílio.
–10 Direi ao meu Senhor com todo o ser:
‘Senhor, quem pode a Vós se assemelhar,
– pois livrais o infeliz do prepotente
e libertais o miserável do opressor?’
–11 Surgiram testemunhas mentirosas,
acusando-me de coisas que não sei.
–12 Pagaram com o mal o bem que fiz,
e a minh'alma está agora desolada!
=13 Quando eram eles que sofriam na doença,
eu me humilhava com cilício e com jejum
e revolvia minhas preces no meu peito;
–14 eu sofria e caminhava angustiado
como alguém que chora a morte de sua mãe.
=15 Mas apenas tropecei, eles se riram;
como feras se juntaram contra mim
e me morderam, sem que eu saiba seus motivos;
–16 eles me tentam com blasfêmias e sarcasmos
e se voltam contra mim rangendo os dentes.
=17 Até quando, ó Senhor, podeis ver isso?
Libertai a minha alma destas feras
e salvai a minha vida dos leões!
–18 Então, em meio à multidão, Vos louvarei
e na grande assembleia darei graças.
–19 Que não possam nunca mais rir-se de mim
meus inimigos mentirosos e injustos!
– Nem acenem os seus olhos com maldade
aqueles que me odeiam sem motivo!
–20 São incapazes de falar o que é de paz
e maquinam contra os mansos e pacíficos.
–21 Escancaram sua boca contra mim,
dizendo: ‘Ah, ah, ah, nosso olho viu!’.
–22 Vós bem vistes, ó Senhor, não Vos caleis!
Não fiqueis longe de mim, ó meu Senhor!
–23 Levantai-Vos, acordai, fazei justiça!
Minha causa defendei, Senhor, meu Deus!
–24 Julgai-me, ó Senhor, porque sois
justo,
ó meu Deus, que não se alegrem com meus males!
–25 No seu íntimo não pensem: ‘Foi bem feito!’,
e não digam: ‘Afinal o devoramos!’
–26 Que se cubram de vergonha e confusão
todos aqueles que se alegram com meus males!
– Que se vistam de ignomínia e de desonra
os que se elevam com orgulho contra mim!
–27 Rejubile de alegria todo aquele
que se faz o defensor da minha causa
– e possa dizer sempre: ‘Deus é grande,
Ele deseja todo o bem para o seu servo!’
–28 Minha língua anunciará Vossa justiça
e cantarei Vosso louvor eternamente!”
Rezemos o Salmo 34(35) confiantes no Senhor, que nos salva nas
perseguições. O Salmo trata-se de uma súplica do justo perseguido:
“Os
que antes eram amigos, hoje são inimigos. Diante de Deus o orante exprime a
amargura de sentir-se traído e pede-Lhe que entre na luta a seu favor, zelando
pela sua segurança.” (1)
Confiemos e nos unamos ao Senhor, que não foi poupado da mesma
situação:
“Então,
os sumos sacerdotes e os anciãos do povo reuniram-se no palácio do sumo
sacerdote Caifás e deliberaram para, com astucia, prender Jesus e matá-Lo.”
(cf. Mt 26,3-4).
“Pai nosso que estais nos céus...”
(1) Comentário da Bíblia
Edições CNBB – pág. 753
Deus não desiste da humanidade