sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

“Para mim o viver é Cristo”

                                                                

“Para mim o viver é Cristo”

“Mas, se o viver na carne me der fruto da minha obra,
não sei então o que deva escolher.”
(Fl 1, 21

Reflitamos à luz da passagem da Carta de Paulo aos Filipenses (Fl 1,20c-24.27a).

O Apóstolo escreve da prisão, mas com tinta de coragem, fidelidade. Uma carta por natureza afetuosa. Falando de si, exorta a fidelidade de todos ao Evangelho, com a necessária centralidade de Cristo em nossa existência.

O que especifica a existência terrena de um cristão é a sua união com Cristo (cf Gl 2,20; Col 1,24).

Tendo como destinatários os cristãos de Filipos, cidade da Macedônia, visitada a primeira vez por ele no final dos anos 50, o Apóstolo não escreve de um lugar marcado pela comodidade e suntuosidade, por  isto está escrito em seu túmulo, em Roma: “Para mim, viver é Cristo e morrer é lucro”

A Carta é escrita no tempo de sua prisão, acompanhada dos sentimentos que traz consigo, em sua alma e coração, e transparece o que há de fundamental para ele: a compreensão da morte como possibilidade de encontro definitivo com Cristo.

Tenhamos nós a profunda liberdade interior do Apóstolo, pois é preciso amadurecer a nossa conformidade a Cristo, unindo-nos ao precioso ato de amor com o qual o Senhor Jesus, aceitando a vontade do Pai, ofereceu a Sua vida por nós:

“Oxalá pudéssemos também nós alcançar essa profunda liberdade interior que leva Paulo a acolher, seja qual for o modo como se manifeste e mau grado os seus desejos, a vontade de Deus, que o faz exclamar: ‘Cristo será glorificado no meu corpo, quer eu viva, quer eu morra” (Fl 1,20). (1)

Reflitamos:

- O que significa Cristo para nós?
- Tem Cristo a centralidade em nossa vida e missão?

- O que somos capazes de sacrificar em favor de Jesus Cristo e Sua Igreja?

- Quais são as causas que abraçamos e pelas quais nos empenhamos?
- O que anunciamos e testemunhamos?

Oremos:

“Pai Santo, justo e grande, ao recompensardes o último como ao primeiro, os Vossos caminhos estão muito longe dos nossos caminhos, como o céu está longe da Terra: abri o nosso coração à compreensão das Palavras do Vosso Filho, para que compreendamos a honra impagável de trabalharmos na Vossa vinha desde a manhã”  (2)



(1) Lecionário Comentado – Editora Paulus – 2011 – Vol. II – p.386
(2)Idem p.389

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