quarta-feira, 14 de maio de 2025
“Habemus Papam” – Aleluia! Aleluia!
Rezando com os Salmos - Sl 43 (44)
Entre
sombras e luzes, nossa confiança está no Senhor
“-I Ao maestro do
coro. Poema dos filhos de Coré.
–2 Ó Deus, nossos ouvidos escutaram,
e contaram para nós, os nossos pais,
– as obras que operastes em seus dias,
em seus dias e nos tempos de outrora:
=3 Expulsastes as nações com Vossa mão,
e plantastes nossos pais em seu lugar;
para aumentá-los, abatestes outros povos.
–4 Não conquistaram essa terra pela espada,
nem foi seu braço que lhes deu a salvação;
– foi, porém, a Vossa mão e vosso braço
e o esplendor de Vossa face e o vosso amor.
–5 Sois Vós, o meu Senhor e o meu Rei,
que destes as vitórias a Jacó;
–6 com Vossa ajuda é que vencemos o inimigo,
por Vosso nome é que pisamos o agressor.
–7 Eu não pus a confiança no meu arco,
a minha espada não me pôde libertar;
–8 mas fostes Vós que nos livrastes do inimigo,
e cobristes de vergonha o opressor.
–9 Em Vós, ó Deus, nos gloriamos todo dia,
celebrando o Vosso nome sem cessar.
–10 Porém, agora nos deixastes e humilhastes,
já não saís com nossas tropas para a guerra!
–11 Vós nos fizestes recuar ante o inimigo,
os adversários nos pilharam à vontade.
–12 Como ovelhas nos levastes para o corte,
e no meio das nações nos dispersastes.
–13 Vendestes vosso povo a preço baixo,
e não lucrastes muita coisa com a venda!
–14 De nós fizestes o escárnio dos vizinhos,
zombaria e gozação dos que nos cercam;
–15 para os pagãos somos motivo de anedotas,
zombam de nós a sacudir sua cabeça.
–16 À minha frente trago sempre esta desonra,
e a vergonha se espalha no meu rosto,
–17 ante os gritos de insultos e blasfêmias
do inimigo sequioso de vingança.
–18 E tudo isso, sem Vos termos esquecido
e sem termos violado a Aliança;
–19 sem que o nosso coração voltasse atrás,
nem se afastassem nossos pés de Vossa estrada!
–20 Mas à cova dos chacais nos entregastes
e com trevas pavorosas nos cobristes!
–21 Se tivéssemos esquecido o nosso Deus
e estendido nossas mãos a um Deus estranho,
–22 Deus não teria, por acaso, percebido,
ele que vê o interior dos corações?
–23 Por Vossa causa nos massacram cada dia
e nos levam como ovelha ao matadouro!
–24 Levantai-vos, ó Senhor, por que dormis?
Despertai! Não nos deixeis eternamente!
–25 Por que nos escondeis a Vossa face
e esqueceis nossa opressão, nossa miséria?
–26 Pois arrasada até o pó está noss’alma
e ao chão está colado o nosso ventre.
– Levantai-Vos, vinde logo em nosso auxílio,
libertai-nos pela Vossa compaixão!”
O Salmo 43(44) retrata as calamidades do povo, acompanhado por
uma súplica confiante do salmista a Deus:
“Sem
ter violado os compromissos da Aliança, o povo é oprimido pelos inimigos. O
salmista descreve a desventura do povo e busca conforto na lembrança dos tempos
felizes em que Deus comandava seu povo nas batalhas.” (1)
Cada tempo suas calamidades e seus desafios. No entanto, urge
firmar nossos passos, escrevendo páginas de acrisolamento, amadurecimento,
aperfeiçoamento.
Vivamos o Mistério da Paixão e Morte do Senhor, para com Ele
Ressuscitar, e com Ele, sermos mais que vencedores:
– “Mas em todas estas
coisas somos mais que vencedores por Aquele que nos amou. Pois estou convencido
de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro,
nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na
criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus”
(Rm 8,37-39).
(1) Comentário da Bíblia
Edições CNBB – pág. 762-763
Rezando com os Salmos - Sl 42(43)
Da
angústia à alegria com inabalável confiança em Deus
“–1 Fazei justiça,
meu Deus, e defendei-me
contra a gente impiedosa;
– do homem perverso e mentiroso
libertai-me, ó Senhor!
–2 Sois Vós o meu Deus e meu refúgio:
por que me afastais?
– Por que ando tão triste e abatido
pela opressão do inimigo?
–3 Enviai vossa luz, vossa verdade:
elas serão o meu guia;
– que me levem ao Vosso Monte santo,
até a Vossa morada!
–4 Então irei aos altares do Senhor,
Deus da minha alegria.
– Vosso louvor cantarei, ao som da harpa,
meu Senhor e meu Deus!
–5 Por que te entristeces, ó minh'alma,
a gemer no meu peito?
– Espera em Deus! Louvarei novamente
o meu Deus Salvador!”
O Salmo 42(43), continuação do anterior, reflete a saudade do templo
e a expressão de uma angústia confiante de restauração da alegria, com viva
esperança no Senhor, em que “...o levita
pede a Deus, justo juiz, que seja reconhecido inocente e assim possa percorrer
o caminho de volta ao santuário, onde dará graças a Deus.”(1).
Essa oração reflete a experiência de
quem busca no Senhor a verdadeira luz e refúgio, enquanto enfrenta as trevas da
opressão e da solidão, e deste modo, como discípulos missionários do Senhor, em
todo tempo, favorável ou adverso, é preciso perseverança e confiança no Senhor,
e dar testemunho de esperança, de tal modo que irradie a luz do Espírito que em
nós habita, pela graça batismal recebida.
De fato, o próprio Senhor nos disse
que somos a luz do mundo (Mt 5,14), e “Eu
Sou a luz do mundo, quem me segue, não anda nas trevas mas terá a luz da vida” (Jo
8,12); e no mesmo Evangelho: “Enquanto
estou no mundo Eu sou a luz.” (Jo 9, 5); e finalmente afirmou – “Eu vim ao mundo como luz, para que too
aquele que crê em mim não permaneça nas trevas.” (Jo 12,46).
Firmemos nossos passos sem jamais
perder a alegria de anunciar e testemunhar nossa fé. Seja nossa angústia transformada em alegria, com inabalável confiança em Deus. Amém.
(1) Comentário da Bíblia Edições CNBB – pág. 762
Rezando com os Salmos - Sl 41 (42)
Sede
de Deus, saudade do templo
“–1 Ao
maestro do coro. Poema. Dos filhos de Coré.
–2 Assim como a
corça suspira
pelas águas correntes,
– suspira igualmente minh'alma
por vós, ó meu Deus!
–3 Minha alma tem sede de Deus,
e deseja o Deus vivo.
– Quando terei a alegria de ver
a face de Deus?
–4 O meu pranto é o meu alimento
de dia e de noite,
– enquanto insistentes repetem:
'Onde está o teu Deus?'
–5 Recordo saudoso o tempo
em que ia com o povo.
– Peregrino e feliz caminhando
para a casa de Deus,
– entre gritos, louvor e alegria
da multidão jubilosa.
–6 Por que te entristeces, minh'alma,
a gemer no meu peito?
– Espera em Deus! Louvarei novamente
o meu Deus Salvador!
–7 Minh'alma está agora abatida,
e então penso em vós,
– do Jordão e das terras do Hermon
e do monte Misar.
–8 Como o abismo atrai outro abismo,
ao fragor das cascatas,
– vossas ondas e vossas torrentes
sobre mim se lançaram.
–9 Que o Senhor me conceda de dia
sua graça benigna
– e de noite, cantando, eu bendigo
ao meu Deus, minha vida.
–10 Digo a Deus: 'Vós que sois meu amparo,
por que me esqueceis?
– Por que ando tão triste e abatido
pela opressão do inimigo?'
–11 Os meus ossos se quebram de dor,
ao insultar-me o inimigo;
– ao dizer cada dia de novo:
'Onde está o teu Deus?'
–12 Por que te entristeces, minh'alma,
a gemer no meu peito?
– Espera em Deus! Louvarei novamente
o meu Deus Salvador!”
Com o Salmo 41(42), o salmista expressa a sede de Deus que tem a
sua alma, acompanhada da saudade do templo:
“Forçado
a viver longe do Templo, onde era feliz na presença de Deus, um levita exprime
seu ardente desejo e sua esperança segura de um dia voltar; enquanto isso, seu
consolo é a recordação das belas liturgias.” (1)
Seja também nossa alma sedenta de Deus, que sacia nossa sede,
como tão bem expressa a passagem do Livro do Apocalipse – “O Espírito e a Esposa dizem: ‘Vem’! E quem ouve também diga: ‘Vem’!
Quem tem sede, venha, e quem quiser, receba gratuitamente a água da vida.” (Ap
22,17).
Retomemos
as palavras de Santo Anselmo, bispo (séc. XII)
“Ensinai-me
a Vos procurar e mostrai-Vos quando Vos procuro; não posso procurar-Vos se não
me ensinais nem encontrar-Vos se não Vos mostrais. Que desejando eu Vos
procure, procurando Vos deseje, amando Vos encontre, e encontrando Vos
ame”. Amém.
(1)
Comentário da Bíblia Edições CNBB – pág. 761
Não quero a desventura...
“O coro dos Apóstolos Vos louva, Senhor!”
A primeira aclamação, ou seja, o primeiro louvor ao Senhor: pela Mesa do Seu Corpo e Sangue, que recebemos por intermédio dos Apóstolos, somos alimentados e vivemos.
O último louvor ao Senhor é feito pelos Sacramentos do Batismo e da Penitência confiados aos Apóstolos, pelos quais somos lavados de todo o pecado.
Por onde navegaremos?
Havia um novo mundo a descobrir, alargar espaços, riquezas buscar, povos conquistar, poder e domínio consolidar...
São Matias, testemunha qualificada da Ressurreição do Senhor
Como os Discípulos de Emaús, suplicamos: “Fica conosco, Senhor”
“Nunc Dimittis”
“Nunc
Dimittis”
A
Igreja reza à noite, todos os dias, a Oração das Completas, e nela está contido
o “Nunc Dimittis” - "agora deixe
partir", rezado por Simeão, homem justo e piedoso, quando da apresentação
do Senhor no Templo (Lc 2,29-32).
Cristo, Luz das nações e glória de Seu povo, é um cântico evangélico que pode também
ser rezado por quantos puderem nas orações da noite, ao terminar um dia de
intensas atividades, preocupações e eventual cansaço, para um bom descanso e um
novo dia bem iniciado:
“–29 Deixai, agora, Vosso servo ir em paz,
conforme prometestes, ó Senhor.
–30 Pois meus olhos viram Vossa salvação
31 que preparastes ante a face das nações:
–32 uma Luz que brilhará para os gentios
e para a glória de Israel, o Vosso povo.”
– Glória ao Pai e ao Filho e ao
Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Antífona: Salvai-nos, Senhor, quando
velamos, guardai-nos também quando dormimos! Nossa mente vigie com o Cristo, nosso
corpo repouse em Sua paz!
Oração a Nossa Senhora da Alegria Pascal
“Vinde desfraldar as velas da nossa fé”
Em poucas palavras...
A ação da Trindade Santa
“Todas as coisas são ordenadas segundo suas capacidades e méritos: um só é o Poder, do qual tudo procede; um só é o Filho, por quem tudo começa; e um só é o Dom, que é penhor da esperança perfeita. Nada falta a tão grande perfeição.
Tudo é
perfeitíssimo na Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo: a infinidade no Eterno,
o esplendor na Imagem, a atividade no Dom. Escutemos o que diz a palavra
do Senhor sobre a ação do Espírito em nós...”. (1)
(1)Bispo Santo Hilário (Séc. IV)