A intervenção divina em favor dos justos
“–1 Ao maestro do coro. Salmo de Davi.
“–2 Ó Deus, ouvi a minha voz, o meu
lamento!
Salvai-me a vida do inimigo aterrador!
–3 Protegei-me das intrigas dos perversos
e do tumulto dos obreiros da maldade!
–4 Eles afiam suas línguas como espadas,
lançam palavras venenosas como flechas,
–5 para ferir os inocentes às ocultas
e atingi-los de repente, sem temor.
–6 Uns aos outros se encorajam para o mal
e combinam às ocultas, traiçoeiros,
– onde pôr as armadilhas preparadas,
comentando entre si: ‘Quem nos verá?’
–7 Eles tramam e disfarçam os seus crimes.
É um abismo o coração de cada homem!
–8 Deus, porém, os ferirá com suas flechas,
e cairão todos feridos, de repente.
–9 Sua língua os levará à perdição,
e quem os vir meneará sua cabeça;
–10 com temor proclamará a ação de Deus,
e tirará uma lição de sua obra.
=11 O homem justo há de alegrar-se no Senhor
e junto dele encontrará o seu refúgio,
e os de reto coração triunfarão.”
O Salmo
63(64) é um pedido de ajuda contra os perseguidores e se aplica, de modo
especial, à Paixão do Senhor, como nos fala Santo Agostinho:
“O justo busca em Deus proteção e defesa contra os ímpios. Deus frustra os planos dos maus e os fere com as flechas da sua justiça; sua intervenção será compreendida e glorificada pelos justos.” (1)
Confiemos em todo o tempo na proteção, defesa e intervenção divinas em favor dos justos, daqueles que têm fome e sede de justiça, pois assim nos falou o Senhor Jesus Cristo:
“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois eles
serão saciados” (Mt 5,6). Amém.
(1) Comentário da Bíblia Edições CNBB – pág. 778
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