domingo, 30 de julho de 2023

A Deus cabe o julgamento final (XVIIDTCA)

A Deus cabe o julgamento final

Vejo o mundo em páginas múltiplas e densas.
Por vezes o vejo confuso, além do meu entendimento...
No campo crescem grão de trigo e joio, ainda que não deseje,
Nas redes entram peixes bons e ruins, aquém de meu querer.

Quantos sofrem por isto e se inquietam.
Indaga-se: por que Deus tolera os maus?
Por que até mesmo na Igreja isto se dá?
As questões se avolumam e até nos consomem.

Por que Cristo não seleciona uma Igreja de puros,
Perfeitos, imaculados e quase anjos?
A uns Deus e Seu Cristo têm paciência demais,
Para salvar quem sumariamente já condenamos.

Aguardemos pacientemente a colheita,
Não diminuída por prematuras intervenções de escolhas,
Ou por uma rede cheia de tão apenas peixes bons,
Ressoe a mensagem das Parábolas do Senhor.

Só então, no fim, haverá a colheita, o recolher da rede
Com base na realidade de ser grão de trigo ou joio, peixe bom ou mau.
Acolhamos a advertência eficaz das parábolas:
Deus é paciente e cabe a cada um fazer a sábia escolha.

Escolher ser bom grão e bom peixe e não joio ou peixe imprestável.
Decidamos enquanto é tempo, pois o tempo é breve.
As urgências nos interpelam a renovar a nossa fé,
Dar razão de nossa esperança e inflamar a chama da caridade. Amém.


PS: conferir Mt 13,1-51

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG