segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

A Palavra do Senhor é fonte de conversão

                                                           

A Palavra do Senhor é fonte de conversão

Cremos que a Palavra de Deus é fonte de conversão porque ela é viva e eficaz (Hb 4,12), bem como o verdadeiro Alimento para nossa vida – “Mas Jesus respondeu: está escrito: não só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus” (Mt 4,4).

Cristo é a Palavra Encarnada em nossa história: “No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus. No princípio, Ele estava com Deus. Tudo foi feito por meio d’Ele e sem Ele nada foi feito” (Jo 1, 1-3).

Ela é a fonte para a conversão pessoal, pois, além de alimento, é força e luz para a superação de nossas fragilidades e limitações. Ela também nos ajuda a buscar e alcançar as coisas do alto, num caminho de santidade ao qual todos somos chamados desde o nosso Batismo – “Sede santos, como Deus é Santo”.

Urge, sempre, a conversão eclesial e social, abordando a intrínseca relação entre o Reino de Deus e a Igreja, buscando caminhos para concretizar o que nos falou o Papa São João Paulo II:

Fazer da Igreja a casa e a escola da comunhão: eis o grande desafio que nos espera no milênio que começa se quisermos ser fiéis ao desígnio de Deus e corresponder às expectativas mais profundas do mundo”.

Vivendo o amor Trinitário, inevitavelmente não seremos indiferentes a tudo que diz respeito à pessoa humana e sua realidade, desde a concepção até seu declínio natural, sobretudo procurando uma resposta aos clamores dos empobrecidos no deserto árido e sofrido de nossa cidade.

Enriquecedor será sempre para toda a Igreja, o empenho no conhecimento e na prática da Lectio Divina – leitura orante da Bíblia. Sendo a Palavra o próprio Deus que nos fala, acolhendo-a no mais profundo de nós, será sempre apelo de conversão pessoal, eclesial, social e em todos os níveis. Daí a necessidade sempre premente de fazer da Palavra verdadeiramente Pão que nos sustenta, na mais perfeita comunhão das mesas que são inseparáveis: Mesa da Palavra, da Eucaristia e as mesas de nosso quotidiano, até que possamos participar da Mesa Maior, no Banquete da Eternidade.

Nossas comunidades, inspiradas nas primeiras comunidades (At 2,42-47), devem permanecer sempre assíduas à formação para maior fidelidade à Doutrina dos Apóstolos, na comunhão fraterna, na Eucaristia e na oração.

Que Deus nos conceda a graça de acolher sua Palavra num coração fértil, para os frutos sagrados de amor, verdade, bondade e justiça produzir. Ainda que não os vejamos, ainda que não os comamos, já valeu a pena da semeadura participar.

Nisto consiste a fé cristã: plantar para que outros comam, pois o que hoje comemos, com certeza é a semente que alguém, antes de nós, plantou.

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG