quarta-feira, 25 de outubro de 2023

A maturidade cristã

                                  

A maturidade cristã

Ouvimos, na quarta-feira da 29ª Semana do Tempo Comum, a passagem do Evangelho de Lucas (Lc 12,39-48), sobre a vinda do “Filho do Homem”, que é o próprio Jesus, e o convite à vigilância ativa necessária, colocando-nos a serviço do próximo, partilhando os dons por Deus recebidos.

Sejamos enriquecidos pelo Comentário do Missal Cotidiano:

“Adulto é quem sabe assumir a própria responsabilidade. Postos em face dos acontecimentos, com seu emaranhado de causas e consequências, facilmente nos metemos num jogo de empurra.

A culpa, se existe, é dos outros, dos dirigentes, do governo, da hierarquia. É índice de maturidade também cristã examinar-se sem fraquezas e reconhecer a própria parte de responsabilidade.

O Evangelho apresenta o cristão vigilante com a psicologia do administrador, não do patrão. Só Deus é o Senhor. Foi dito que o mundo iria melhor se tivesse menos arquitetos e mais pedreiros, menos discussões e mais trabalhos.

Provavelmente mundo e igreja precisam menos de patrões e mais de servos. Jesus chama a atenção fundamentalmente sobre os de casa. A autoflagelação não serve, porém, a humildade está sempre no centro da exortação de Jesus aos discípulos”.

Destaco a importância do “assumir a própria responsabilidade”, a fim de que sejamos “adultos na fé”; o “serviço” e a “humildade necessária” em tudo o que fizermos.

Estas atitudes vividas nos identifica como discípulos missionários do Senhor: não podemos nos esquivar e nos descuidar de nossas responsabilidades, sobretudo em momentos difíceis, de crise por que passamos.

A fé cristã é sempre desafiada a dar razão de sua esperança, em gestos concretos de amor e solidariedade, expressos na doação, amor e serviço, mas acompanhadas da humildade necessária, como servos e não como senhores, “patrões”; mas como Jesus o fez: servo humilde, fiel e obediente à vontade do Pai.

O caminho para uma nova sociedade exige que todos assumam suas respectivas responsabilidades, com humildade, em pronta atitude de serviço e promoção do bem comum, sobretudo na vida política, para que, de fato, ela seja o sublime exercício da caridade.

(1) Missal cotidiano – Editora Paulus – p.1409

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