segunda-feira, 30 de outubro de 2023

Mensagem de Sua Santidade Papa Francisco para o 97º Dia Mundial das Missões de 2023 (Síntese)

 


Mensagem de Sua Santidade Papa Francisco para o
97º Dia Mundial das Missões de 2023 (Síntese)
 
                    “Corações ardentes, pés ao caminho” (cf Lc 24,13-35)
 
A mensagem para o Dia Mundial das Missões de 2023 tem como tema “Corações ardentes, pés ao caminho (cf. Lc 24, 13-35)”, que o Papa nos apresenta através de três aspectos que traçam o itinerário dos discípulos missionários, a fim de que se faça a revisão do zelo na evangelização do mundo de hoje:
 
1 – Corações ardentes: A Palavra de Deus ilumina e transforma o coração na missão: Jesus a Palavra viva, a única que pode fazer arder, iluminar e transformar o coração.
 
Jesus nunca se cansa de estar conosco, apesar de nossos defeitos, dúvidas, fraquezas e não obstante o pessimismo que nos reduzam a “homens sem inteligência e lentos de espírito” (Lc, 24,25). O Senhor é maior do que os nossos problemas, afirma o Papa.
 
Expressa sua proximidade com todos os missionários/as do mundo, lembrando que nem todos os dias da vida são cheios de sol, como o Senhor já nos alertara – “No mundo, tereis tribulações, mas tende confiança: Eu venci o mundo” (Jo 16,33).
 
Citando São Jerônimo – «A ignorância das Escrituras é ignorância de Cristo» (Commentarii in Isaiam, Prologus), insiste na importância do conhecimento da Escritura é importante para a vida do cristão e, mais ainda, para o anúncio de Cristo e do Seu Evangelho. Somente corações ardentes podem fazer arder o coração dos outros.
 
2. Olhos abertos: os olhos dos discípulos «se abriram e O reconheceram» ao partir o pão. Jesus na Eucaristia é ápice e fonte da missão.
 
Afirma o Papa: “A propósito, é preciso ter presente que, se o simples repartir o pão material com os famintos em nome de Cristo já é um ato cristão missionário, quanto mais o será o repartir o Pão eucarístico, que é o próprio Cristo? Trata-se da ação missionária por excelência, porque a Eucaristia é fonte e ápice da vida e missão da Igreja.”
 
Citando o Papa Bento XVI, recorda-nos: «Não podemos reservar para nós o amor que celebramos neste sacramento [da Eucaristia]: por sua natureza, pede para ser comunicado a todos. Aquilo de que o mundo tem necessidade é do amor de Deus, é de encontrar Cristo e acreditar n’Ele. Por isso, a Eucaristia é fonte e ápice não só da vida da Igreja, mas também da sua missão: uma Igreja autenticamente eucarística é uma Igreja missionária» (Exort. ap. pós-sinodal Sacramentum caritatis, 84).
 
Tão somente unidos a Jesus, daremos frutos (cf. Jo 15, 4-9), e esta união se realiza através da oração quotidiana, particularmente na adoração, no permanecer em silêncio diante do Senhor, que está conosco na Eucaristia.
 
É preciso cultivar amorosamente esta comunhão com Cristo, o discípulo missionário pode tornar-se um místico em ação; e deste modo, nosso coração desejará estar sempre pela companhia de Jesus, suspirando conforme o ardente pedido dos dois de Emaús, sobretudo ao entardecer: «Fica conosco, Senhor!» (cf. Lc 24, 29).
 
3 - Pés ao caminho e com a alegria de proclamar Cristo Ressuscitado. A eterna juventude de uma Igreja sempre em saída.
 
Depois de abrir os olhos ao reconhecerem Jesus na fração do pão, os discípulos partiram sem demora e voltaram para Jerusalém (cf. Lc 24, 33): “Não se pode encontrar verdadeiramente Jesus Ressuscitado, sem se inflamar no desejo de o contar a todos. Por isso, o primeiro e principal recurso da missão são aqueles que reconheceram Cristo ressuscitado, nas Escrituras e na Eucaristia, e que trazem o Seu fogo no coração e a Sua luz no olhar. Eles podem testemunhar a vida que não morre jamais, mesmo nas situações mais difíceis e nos momentos mais escuros.”
 
Necessária, portanto, a conversão missionária, que permanece como principal objetivo que nós devemos propor como indivíduos e como comunidade, porque a ação missionária é o paradigma de toda a obra da Igreja, pois como afirma o apóstolo Paulo, o amor de Cristo nos conquista e nos impele (cf. 2 Cor 5, 14).
 
Ressalta o importante trabalho das Pontifícias Obras Missionárias, como instrumento privilegiado para favorecer esta cooperação missionária a nível espiritual e material, daí a necessária motivação e participação das ofertas no Dia Mundial das Missões.
 
Concluindo, lembra a urgência da ação missionária da Igreja que comporta naturalmente uma cooperação missionária, cada vez mais estreita, de todos os seus membros a todos os níveis.
 
Trata-se, portanto, do objetivo essencial do percurso sinodal que a Igreja está a realizar com as palavras-chave comunhão, participação, missão, a fim de que a Igreja não se feche sobre si mesma.
 
É preciso pôr-se a caminho, como os discípulos de Emaús, afirma o Papa, escutando o Senhor Ressuscitado que não cessa de vir juntar-Se a nós para nos explicar o sentido das Escrituras e partir o pão para nós, a fim de podermos levar avante, com a força do Espírito Santo, a sua missão no mundo.
 
Iluminados pelo encontro com o Ressuscitado e animados pelo Seu Espírito, exorta o Papa: – “Saiamos com corações ardentes, olhos abertos, pés ao caminho, para fazer arder outros corações com a Palavra de Deus, abrir outros olhos para Jesus Eucaristia, e convidar todos a caminharem juntos pelo caminho da paz e da salvação que Deus, em Cristo, deu à humanidade.”, contando com a intercessão de Santa Maria do Caminho, Mãe dos discípulos missionários de Cristo e Rainha das missões.
 
Desejando leia a mensagem na integra:

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