terça-feira, 16 de abril de 2024

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Temos fome do “Pão da Vida”

                                                               

Temos fome do “Pão da Vida”

Reflexão à luz da passagem do Evangelho de São João (Jo 6,30-35), em que Jesus Se apresenta para nós como “o Pão da Vida”, que nos dá a vida eterna e definitiva.

Acolher Jesus e Sua Pessoa, comer do Pão da Vida que Ele mesmo é e nos oferece, é a adesão incondicional à Sua pessoa e propostas, no mais profundo de nosso coração, certos de que somente Deus pode saciar nossa fome de transcendência, de amor, de felicidade, de justiça, de esperança, e tudo mais que for bom e necessário para a existência humana.

É uma bela lição de amor a ser aprendida, que se faz dom na partilha, na doação. Acolher a proposta de Jesus leva, inevitavelmente, à multiplicação de gestos simples em favor da vida.

Adesão à Sua pessoa e proposta, acreditar na mesma acolhendo Sua Palavra, e vivê-la com todo empenho e ardor são características do discípulo missionário do Senhor.

Não podemos seguir o Senhor como “iludidos”, mas com profunda e frutuosa convicção, superando quaisquer equívocos, do contrário não se persevera e não se vive o que Ele nos propõe e tão pouco alcançamos a felicidade, e ainda nos distanciamos do fim último que ansiamos: a eternidade.

Reflitamos:

- Nós acolhemos a Deus que vem ao nosso encontro todos os dias? 

- Corremos avidamente e decididamente para este encontro?

- Sentimos a presença de Deus que sempre caminha com Seu Povo?

- Qual a verdade da nossa adesão a Jesus, Sua Pessoa e Palavra?

- Vivemos como Homens Novos, assumindo tudo aquilo que lhe é próprio?

- Temos procurado na Mesa da Palavra e na Mesa da Eucaristia o Pão necessário para nossa vida?

- Alimentados por Cristo, Pão da Vida, Pão de eternidade, quais os nossos compromissos com aqueles que são privados do pão do cotidiano?

A adesão incondicional ao Senhor nos faz
Homens Novos, com novas 
mentalidades e atitudes.

Nisto consiste a exigência da Vida Nova em Cristo
desde o dia de nosso Batismo.

E agora me digam... João, Pedro e Maria

 


E agora me digam... João, Pedro e Maria

Sob uma árvore, sol escaldante, cansaço me consumiu forças do caminho.

Uma parada para refletir sobre o Mistério da fé na Ressurreição do Senhor.

Hipotético diálogo com Maria Madalena, Pedro e o discípulo Amado, João.

Maria Madalena, não houvesse o Senhor Ressuscitado, como se sentiria?

- “Meus sonhos teriam sido com Ele enterrados. Para sempre lembraria de Suas palavras que me deram razão para novo viver. Não teria muito a fazer.

Apenas memória de alguém que teria passado e para sempre ficado em minha vida.

Mas não, Ele Ressuscitou, eu creio, vive para sempre quem tanto amei, e não posso d’Ele deixar de falar, como assim o fiz ao correr ao encontro dos discípulos (cf. Jo 20,1-21).

Senti que era apenas o começo de minha missão, em resposta d’Aquele que ocupou o mais profundo das entranhas de meu coração, com Seu olhar de ternura, acolhida e Palavra que nos liberta de todos os espíritos (tinha sete - totalidade).

Quem mais poder tem que o meu Senhor? Amém. Aleluia!”

João, você, o discípulo amado, não houvesse o Senhor Ressuscitado, como se sentiria?

“Ficariam as lembranças dos sinais que vi com meus olhos. Recordaria aquele momento memorável quando reclinei em Seu peito, em expressão de afeto e sincera amizade.

Lembraria também do Tabor, como momento memorável, mas uma página apenas para ser lembrada. (Mt 17,1-9).

Reviveria a tragicidade daquele momento aos pés da cruz com Sua Mãe, quando a me confiou como Mãe (cf. Jo 19,25-34).

Faria como me pediu, mas sem a compreensão de Suas Palavras e de Seu cuidado com o rebanho, que não pereceria sem pastores, tão pouco, sem uma Mãe, Maria, com quem pude compartilhar alguns memoráveis momentos.

Mas não! Ele Ressuscitou! Não pude guardar contido e escondido todo amor que por Ele senti, pois ninguém ama como Ele ama, e é este amor que haveremos de viver e testemunhar, pois tão somente quem ama conhece a Deus, e viverá na Verdade e na Luz, que é Ele próprio. Amém. Aleluia!”

Pedro, não houvesse o Senhor Ressuscitado, como se sentiria?

“Irreversivelmente condenado ao peso da consciência culposa de tê-Lo, por três vezes o negado, ainda que o conhecesse, e com Ele vivesse.

Teria sem Ele outras vezes, insucessos de pescas frustradas com redes vazias.

Não creria mais em minhas confissões de fidelidade e perseverança, de modo que nem em meus projetos poderia dar crédito.

Teria o sentimento de renegação, impossível de ser curado, permanecendo para sempre não somente as cicatrizes da negação, mas a vergonha e mediocridade criado raízes para sempre, irreversivelmente vivas, em meu coração.

Mas não. Ele Ressuscitou. Minhas chagas de traição, pelas Chagas Gloriosas, foram curadas.

Ele me deu a possibilidade de viver a compunção de meu pecado, e as lágrimas vertidas na face, também puderam lavar as máculas que teimavam permanecer para sempre em minha alma.

Como houvera feito tríplice negação, antes de o galo cantar, como Ele dissera, tive a graça de declarar, da mesma forma, de modo tríplice, por Ele, meu amor - “Senhor, Tu sabes tudo. Tu sabes que Te amo” (cf. Jo 21, 15-19)

E agora, “pescador de homens” que me fez, cumpro a missão por Ele a mim confiada. As chaves em minhas mãos, peregrinando na esperança de que possa corresponder ao que Ele espera de mim, com a presença do Espírito Santo, a nós comunicado. Amém. Aleluia!”

Presbíteros nos passos de Cristo Bom Pastor (IVDTPB)

Presbíteros nos passos de Cristo Bom Pastor

Retomo o artigo, escrito por D. Joaquim Justino Carreira (3º Bispo de Guarulhos -"in memoriam"), na coluna “Voz do Pastor”, acenando para questões imprescindíveis que devem marcar a vida de todo Presbítero.

Retomo o trecho em que D. Joaquim se dirige aos Sacerdotes, acrescentando a minha reflexão pessoal:

- “Os Sacerdotes são os primeiros agentes de uma renovação da vida cristã do Povo de Deus” – Este princípio deve ser tido sempre como graça e compromisso: renovar-se para renovar sempre. Não nos ocorra querer que o Povo de Deus se renove sem nos pormos em mesmo santo desejo e esforço.

- “Se o Sacerdote fizer de Deus o fundamento e o centro de sua vida, experimentará a alegria e a fecundidade de sua vocação” – Cada dia que passa, sou testemunha da fecundidade vocacional, da alegria em que se pode sentir quando fazemos, de fato, Deus o fundamento de nossa vida, Jesus o centro de nossa existência, abertos ao Espírito que repousa e nos impele sempre com renovadas forças na ação evangelizadora, na vivência com ardor da vocação, não permitindo que se apague a chama do primeiro amor...

- “O sacerdote deve ser antes de tudo um 'homem de Deus' (1Tm 6, 11); um homem que conhece a Deus 'em primeira mão'" – O Sacerdote não é apenas alguém que fala de Deus, de Sua Palavra, de Seu Projeto. É antes de tudo alguém que se sentiu chamado, de forma muito particular e especial, para conduzir o Povo de Deus nesta mesma fidelidade. Mais que falar de Deus, o Povo espera de cada Sacerdote que ele seja uma carta redigida de Deus, endereçada ao coração dos fiéis.

- “Que cultiva uma profunda amizade pessoal com Jesus, que compartilha os 'sentimentos de Jesus' (cf. Fl 2, 5)” – De fato, o cristianismo não consiste na profissão de fé em doutrinas abstratas, num conjunto de ideias que podem ser mudadas ao sabor dos tempos, por imposições das transformações culturais; são valores imprescindíveis que enraízam no coração de cada pessoa, de modo especial, haverá de ser no coração do Presbítero. Para tanto, precisa viver a sua fé numa autêntica, crescente, íntima e profunda comunhão com Jesus, ao ponto de chegar a dizer como Paulo falou aos Gálatas (Gl 2,20) – “Eu vivo, mas já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim”. A Jesus tão configurado que tenha os mesmos pensamentos, sentimentos e ações, como sinal do Cristo Bom Pastor.

- “Deve possuir uma sólida estrutura espiritual e viver toda a sua existência animada pela fé, a esperança e a caridade” – Como é bom encontrar na família espaço do aprendizado desta sólida estrutura espiritual e da formação humano afetiva. Como é bom que a família redescubra sua vocação de solidificar vidas mais realizadas, felizes. Como é feliz quem pauta a sua conduta, que molda o seu ser pelas virtudes teologais impressas em nossa alma e coração: fé, esperança e caridade.

- “Deve procurar o rosto e a vontade de Deus através da oração e cultivar igualmente a sua preparação cultural e intelectual” – O cultivo da formação cultural, intelectual, da Oração e, de modo especial, a espiritualidade, não como desligamento do mundo, mas o esforço de inserção nele, para ser sal, luz e fermento. O Presbítero deve cuidar de todas as dimensões de sua vida, para ser um homem que se consagra a Deus em favor da humanidade, colocando todo o seu ser, todos os dons, por Deus a ele confiado, a serviço da comunhão, da vida, da fraternidade.

Que este Tempo Pascal seja, para todos os Presbíteros e para toda comunidade, Tempo de renovar o nosso empenho e entrega ao Cristo Bom pastor. Escutar Sua voz, sentindo-nos por Ele amados, acolhidos; carregados não mais no colo como ovelhas, mas em Seu Coração que foi trespassado para que nele coubéssemos, e ainda mais, que dele nascêssemos e vivêssemos, alimentando-nos com o Seu Corpo e Seu Sangue em cada Banquete da Eucaristia.

O mundo carece de verdadeiros Pastores, sem jamais prejudicar ou ferir a vida do rebanho, pois já alertara o Senhor: “O mercenário, como não é pastor, nem são suas as ovelhas, logo que vê vir o lobo, deixa as ovelhas e foge, enquanto o lobo as arrebata e dispersa. O mercenário não se preocupa com as ovelhas.” (Jo 10, 12-13).

Que cada Presbítero siga os passos de Cristo Bom Pastor, conduzindo a comunidade nestes mesmos passos: um rebanho que sabe onde encontrar repouso, água cristalina, força para continuar o caminho.

Como é bom pertencer ao rebanho do Senhor, bem como é bom conduzir o rebanho do Senhor!

Mais ainda, é bom saber que o rebanho não perecerá por falta de Pastores.

Oremos:

“Enviai, Senhor, operários para a vossa messe,
pois a messe é grande, e poucos são os operários" (Lc 10,2).

Enviai, Senhor, 
Pastores zelosos para o cuidado de Vosso rebanho.
Amém!

Cantar o que vivemos, viver o que cantamos...

                                                         

Cantar o que vivemos, viver o que cantamos...

“Cantai ao Senhor Deus um canto novo, e o
Seu louvor na assembleia dos fiéis”

O Bispo Santo Agostinho (séc. V) nos enriquece com este Sermão sobre o canto, e faz um convite para que cantemos ao Senhor o canto do amor.

“Cantai ao Senhor Deus um canto novo, e o Seu louvor na assembleia dos fiéis (Sl 149,1). Somos convidados a cantar um canto novo ao Senhor.

O homem novo conhece o canto novo. O canto é uma manifestação de alegria e, se examinarmos bem, é uma expressão de amor.

Quem, portanto, aprendeu a amar a vida nova, aprendeu também a cantar o canto novo. É, pois, pelo canto novo que devemos reconhecer o que é a vida nova. Tudo isso pertence ao mesmo Reino: O Homem Novo, o Canto Novo, a Aliança Nova.

Não há ninguém que não ame. A questão é saber o que se deve amar. Não somos, por conseguinte, convidados a não amar, mas sim a escolher o que havemos de amar.

Mas, o que podemos escolher se antes não formos escolhidos? Porque não conseguiremos amar, se antes não formos amados.

Escutai o Apóstolo João: Nós amamos porque Ele nos amou primeiro (cf. 1Jo 4,10). Procura saber como o homem pode amar a Deus; não encontrarás resposta, a não ser esta: Deus o amou primeiro.

Deu-se a Si mesmo Aquele que amamos, deu-nos a capacidade de amar. Como Ele nos deu esta capacidade, ouvi o apóstolo Paulo que diz claramente: O Amor de Deus foi derramado em nossos corações. Por quem? Por nós, talvez? Não. Então por quem? Pelo Espírito Santo que nos foi dado (Rm 5,5).

Tendo, portanto, uma tão grande certeza, amemos a Deus com o amor que vem de Deus. Escutai ainda mais claramente o mesmo São João:

Deus é Amor: quem permanece no amor, permanece com Deus, e Deus permanece com ele (1Jo 4,16). É bem pouco afirmar: O amor vem de Deus (1Jo 4,7).

Quem de nós se atreveria a dizer: Deus é Amor? Disse-o quem sabia o que possuía. Deus Se oferece a nós pelo caminho mais curto.

Clama para cada um de nós: amai-me e me possuireis; porque não podeis amar-me se não me possuirdes. Ó irmãos, ó filhos, ó novos rebentos da Igreja Católica, ó geração santa e celestial, que renascestes em Cristo para uma vida nova!

Ouvi-me, ou melhor, ouvi através do meu convite: Cantai ao Senhor Deus um canto novo. Já estou cantando, respondes. Tu cantas, cantas bem, estou escutando. Mas oxalá a tua vida não dê testemunho contra tuas palavras.

Cantai com a voz, cantai com o coração, cantai com os lábios, cantai com a vida: cantai ao Senhor Deus um canto novo. Queres saber o que cantar a respeito d'Aquele a quem amas?

Sem dúvida, é acerca d'Aquele a quem amas que desejas cantar. Queres saber então que louvores irás cantar? Já o ouviste: Cantai ao Senhor Deus um canto novo. Que louvores? Seu louvor na assembleia dos fiéis. O louvor de quem canta é o próprio cantor.

Quereis cantar louvores a Deus? Sede vós mesmos o canto que ides cantar. Vós sereis o Seu maior louvor, se viverdes santamente”.
(Cf. Lit. das Horas - Vol. II)

Cada vez mais se multiplicam os cantos nas liturgias, encontros; riqueza de repertório cada vez maior. A questão é se também está enriquecido o conteúdo de nossas vidas.

Estamos vivendo aquilo que se canta em nossas Missas e celebrações?

“Vós sereis o Seu maior louvor, se viverdes santamente”,
 uma afirmação profundamente questionadora! Eis a oportunidade de avaliarmos o conteúdo do que cantamos, e a necessária correspondência em atitudes.

“Oxalá a tua vida não dê testemunho contra tuas palavras”, assim ele nos falou acima. Quantos cantos que falam de amor, comunhão, partilha, solidariedade, vida nova, conversão, doação, entrega, serviço, coerência, santidade, despojamento, devoção puríssima, justiça, santidade, etc.

Reflitamos:

-  Vivemos ou nos empenhamos para dar conteúdo existencial ao que cantamos?
-   Empenhamo-nos para que nossas comunidades cantem bem, e que todos vivamos melhor?

Santo Agostinho e seu Sermão nos provocam com estes e outros inúmeros questionamentos...

Cantar a beleza e o esplendor da Liturgia sempre,
vivendo a profundidade dos Sacramentos!
Amém! Aleluia!

Em poucas palavras... (IVDTPB)

 


Jesus Cristo, Bom Pastor e porta

“...Assim a Igreja é o redil, cuja única porta e necessário pastor é Cristo (Jo. 10, 1-10). E também o rebanho do qual o próprio Deus predisse que seria o pastor (cfr. Is. 40,11; Ez. 34,11 ss.), e cujas ovelhas, ainda que governadas por pastores humanos, são contudo guiadas e alimentadas sem cessar pelo próprio Cristo, bom pastor e príncipe dos pastores (cfr. Jo. 10,11; 1 Pd. 5,4), o qual deu a vida pelas Suas ovelhas (cfr. Jo. 10, 11-15)...” (1)

 

(1)      Concílio Vaticano II – Lumen Gentium  - (LG n.6)

Simplesmente creia... (IVDTPB)

Simplesmente creia...
 “Eu sou o Bom Pastor,
as ovelhas conhecem minha voz!”

Creia, simplesmente creia!
Sou Teu Divino Pastor,
Te amo, te quero e te cuido.
Venha a mim com o Pai e o Espírito,
És para nós mais que precioso,

Creia, simplesmente creia!
Não te entregues, resista,
Conheço tuas fraquezas,
Conheço o meu rebanho...

Creia, simplesmente creia!
Escute minha voz,
Confie em minha Palavra
Experimente minha fortaleza,
Sou todo teu, Sou puro Amor.

Creia, simplesmente creia!
Conheço teus pensamentos,
Acompanhei tuas quedas,
Doem-me tuas feridas,
Quero curá-las!

Creia, simplesmente creia!
Sei das fraturas de tua alma,
Quero enfaixá-las!
Revigorar-te, fortalecer-te,
Reerguer-te, pôr-te a caminho.

Creia, simplesmente creia!
Nada pode me fazer desistir
De te amar e te curar,
Nada pode me fazer de ti esquecer,
Estás em meu coração,
Ofereço-te vida,
Alegria, paz e Salvação.

Creia, simplesmente creia!
Venha a mim com o Pai e o Espírito,
És para nós mais que precioso.

Quem sou eu

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG