Do Cálice à Missão, da Missão ao Cálice
Todos os dias são dias de missão, e a Igreja que vive no tempo é missionária, por sua natureza, tendo sua origem no Espírito Santo, o grande protagonista da Evangelização, na realização do Plano de Deus, sendo sal e luz de um mundo novo.
Viver a missão de cada dia é fortalecer a relação entre culto e vida: a vida celebra-se, o culto vive-se.
Cada tempo nos apresenta desafios e espaços próprios; segredos a serem descortinados; fronteiras a serem alcançadas; horizontes a serem ampliados.
Santo Agostinho, refletindo sobre a vida dos mártires, fala-nos do Cálice do Senhor: Cálice da paixão, amargo e salutar.
Dele bebeu Jesus, para que todos também dele pudéssemos beber, sem medo.
Beber do Cálice é, ao mesmo tempo, assumir a cruz, carregando-a em todos os momentos da vida.
Cruz que é Paixão e Vitória: Paixão porque nos desafia à entrega da vida, voluntariamente, em favor da vida plena; Vitória porque o diabo foi ferido, o mal e a morte foram vencidos.
Missão, Cálice e Cruz, Palavra de Deus e testemunho cotidiano são inseparáveis: “É preciso viver missionariamente", como expressou uma Religiosa em um encontro.
A Missão vivida na família, no trabalho, economia, política, cultura, escolas e universidades, novos espaços dos meios de comunicação, na rua, no lazer e em todo e qualquer lugar.
A Missão pode ser uma saída para terras distantes e, ao mesmo tempo, a encarnação da Palavra, fermento e luz no mais profundo de nós mesmos.
Cada coração é campo próprio da missão, como chão da acolhida da Palavra de Deus. Missão lá distante, aqui e em todo o lugar...
Culto agradável a Deus deve repercutir no dia a dia, em gestos de amor e solidariedade: essência da Missão, por uma vida mais salutar, ainda que passe pela cruz...
Missão é a perfeita comunhão do Cálice da Vida para a Missão, da Missão para o Cálice.
PS: Passagem do Evangelho de Marcos (Mc 10,35-45; Mt 20,17-28)
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