Missão: uma questão de amor
Refletir o quanto Deus nos ama é sempre necessário, para que cresçamos em maior correspondência ao Seu Amor, bem como refletir sobre a nossa Missão, recebida desde o dia de nosso Batismo, para que de fato seja sempre uma questão de amor…
Refletindo sobre a passagem do Livro do Profeta Isaías (Is 45,1.4-6), vemos que Deus vem ao nosso encontro, pois não sabe fazer outra coisa a não ser nos amar.
Vem para nos libertar de toda e qualquer opressão e escolhe quem quer para salvar Seu povo, como foi o caso da escolha de Ciro, rei dos persas.
Diferente é a ida do povo até Deus, muitas vezes a humanidade é movida pelo ódio, interesses impuros, hipocrisia, gerando medo, conflitos e violências.
Nem sempre se acorre a Deus de coração puro, sincero e por amor… Muitos interesses ficam submersos, camuflados revelando a falta da gratuidade e verdadeira intimidade.
Às vezes procuramos a Deus para pedir sem nada a oferecer, outras O procuramos sem estarmos enraizados em Seu amor. Deus é amor e o nosso encontro com Ele deve ser sempre por amor.
Some-se a esta passagem o Evangelho de São Mateus (Mt 22,15-21), quando os fariseus e herodianos preparam uma armadilha muito séria para apanhar Jesus em contradição – na conhecida questão, se é lícito pagar imposto a César.
Como que os colocando diante do espelho, podemos refletir toda a hipocrisia que carregam em si, dentro do coração, pois Jesus pede a moeda, e eles a tinham consigo.
A resposta de Jesus alarga o horizonte: “Devolva a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. Que tributos sejam pagos e vida seja revertida em favor deste mesmo povo – todo o poder é relativo e deve estar a serviço do povo. Absoluto somente o Reino de Deus – “Buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça e tudo mais vos será acrescentado”.
A adoração leva ao compromisso com amor e dignidade, acima de todo o poder está Deus, pois Seu poder é eterno. Devolva a Deus o povo cheio de vida, feliz, alimentado, com cultura e dignidade… Não podemos devolver a Deus um povo faminto, abandonado, sofrido, sem vida, desmotivado, sem abrigo, sem perspectivas, sem alegria…
Devolver a Deus o que é de Deus é multiplicar momentos de Oração, dar o dízimo com amor, participar das Missas com alegria, solidarizar-se, com a sacralidade da vida e sua dignidade comprometer-se.
Quem não fizer o bem deixa de devolver a Deus o que é de Deus, e muitas vezes até podemos estar roubando de Deus o que lhe pertence, pois tudo é d’Ele. Sem Deus nada somos, nada podemos, porque d’Ele viemos, n’Ele e por Ele somos, existimos, nos movemos, e para Ele haveremos de voltar. Ele é o princípio e o fim de nossa vida, alfa e ômega!
Devolver a Deus o que é de Deus, iluminados pela Primeira Carta de São Paulo aos Tessalonicenses (1 Ts 1,1-1-5b) é construir a vida sobre três pilares: fé, esperança e caridade (amor) que não se destroem jamais.
Fé:
Deve ser atuante, pascal, viva, sincera, comprometida, verdadeira e adubada, regada todos os dias de nossa vida para que possa produzir frutos agradáveis ao Senhor…
Deve ser atuante, pascal, viva, sincera, comprometida, verdadeira e adubada, regada todos os dias de nossa vida para que possa produzir frutos agradáveis ao Senhor…
Esperança:
Deve ser firme, pois do contrário as coisas vão de água abaixo… Não ser derrotista, pessimista, arrasado… Crer contra toda humana esperança…
Deve ser firme, pois do contrário as coisas vão de água abaixo… Não ser derrotista, pessimista, arrasado… Crer contra toda humana esperança…
Amor:
Que não é sentimento passageiro, mas mandamento e exercício constante; pede empenho, dedicação, esforço, vigilância… Não existe “amei e ponto final”, pois a cada dia se ama mais, ele é eterno é o esforço da eternidade e indefinível, indeterminado, como o próprio Paulo disse em Romanos, não fiqueis devendo nada ao outro a não ser o amor mútuo… Amar sempre, verdadeiramente, entre amigos e esposos, pais e filhos (o que está faltando em muitas famílias)…
Que não é sentimento passageiro, mas mandamento e exercício constante; pede empenho, dedicação, esforço, vigilância… Não existe “amei e ponto final”, pois a cada dia se ama mais, ele é eterno é o esforço da eternidade e indefinível, indeterminado, como o próprio Paulo disse em Romanos, não fiqueis devendo nada ao outro a não ser o amor mútuo… Amar sempre, verdadeiramente, entre amigos e esposos, pais e filhos (o que está faltando em muitas famílias)…
É preciso ir ao encontro de Deus e cultivar Seu amor, deixando que Ele abrase nosso coração com o fogo do Espírito Santo, nos iluminando com Sua luz.
É sempre tempo de devolver a Deus o que é de Deus: fé atuante, caridade esforçada e firme esperança… O mundo precisa de pessoas assim.
Reflitamos:
- Estamos devolvendo a César o que é de César e a Deus o que é de Deus?
- Como vivemos a fé, a esperança e a caridade?
Acendei, ó Pai, a chama do amor eterno que nasce do Eterno Amor (Espírito Santo), revelado e testemunhado pelo Seu Filho e Nosso Senhor Jesus Cristo. Amém!
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