A necessária conversão cotidiana
“E se não vos converterdes,
todos morrereis do mesmo modo.” (Lc 13,5)
Reflexão à
luz da passagem do Evangelho de Lucas (Lc 13,1-9), sobre a Parábola da figueira
plantada na vinha e que não produzia frutos.
Vemos que o
vinhateiro pediu ao dono da vinha para cavar ao redor da figueira e adubá-la,
por mais um ano, pois há três, nada produzira.
Em todo o
tempo, sobretudo em tempo de crise, temos o imperativo da conversão se impõe a todos
nós, como nos alertou Jesus Cristo na passagem da parábola.
Vivemos o
tempo da graça que Deus nos concede para “cavar e adubar”.
Cavar”
significa remover toda impunidade, imoralidade, corrupção, desvios de verbas,
cumplicidade com atitudes e comportamento mesquinhos que mutilam a beleza da
vida, de modo especial de uma nação, impondo-nos a vergonha, a desilusão e o
opróbrio.Ao mesmo
tempo, é preciso “adubar”, que significa fortalecer os pilares do amor,
verdade, justiça e liberdade, os pilares da casa da paz, como nos disse o Papa
São João XXIII.
Deus que nos
criou sem nossa participação não quer nos salvar sem nossa colaboração, como
afirmou Santo Agostinho.
É tempo de
renovar sagrados compromissos para fazer nascer e renascer sempre a fina flor
da esperança de um novo tempo.
Que estas
ações de “cavar” e “adubar” nos acompanhem em todo o tempo, pois tão somente
assim seremos no mundo sinal e expressão da misericórdia divina, que espera que
produzamos saborosos frutos, e que deles todos possam participar, como sinal do
Reino, do qual somos instrumentos, como discípulos missionários.
PS: Oportuna
reflexão para a Quaresma, e de modo especial a Semana Santa , como tempo de
graça que Deus nos concede para “cavar e adubar”, tempo de conversão,
reconciliação com Deus e com os irmãos e irmãs.
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