quinta-feira, 16 de outubro de 2025

Mensagem do Santo Padre Leão XIV para o IX Dia Mundial dos Pobres (2025) – Síntese

 


Mensagem do Santo Padre Leão XIV para o IX Dia Mundial dos Pobres (2025) – Síntese

 

Celebraremos no XXXIII Domingo do Tempo Comum - 16 de novembro de 2025, o IX Dia Mundial dos pobres, iniciado com o Papa Francisco.

A Mensagem tem como motivação bíblica – “Tu és a minha esperança, ó Senhor Deus” (cf. Sl 71,5), em tempo de Ano Jubilar.

Reconhecemos que Deus é a nossa primeira e única esperança, também nós fazemos a passagem entre as esperanças que passam e a que permanece para sempre.

Retoma as palavras do Papa Francisco, em que nos afirma que a pobreza mais grave é não conhecer a Deus, na Evangelii Gaudium:

 “A pior discriminação que sofrem os pobres é a falta de cuidado espiritual. A imensa maioria dos pobres possui uma especial abertura à fé; tem necessidade de Deus e não podemos deixar de lhe oferecer a sua amizade, a sua bênção, a sua Palavra, a celebração dos Sacramentos e a proposta dum caminho de crescimento e amadurecimento na fé”. (n. 200).

A regra da fé e um segredo da esperança: embora importantes, todos os bens desta terra, as realidades materiais, os prazeres do mundo ou o bem-estar econômico não são suficientes para fazer o coração feliz: «Seja Deus todo motivo de presumires. Sente necessidade d’Ele para que Ele te cumule. Tudo o que possuíres fora d’Ele é imensamente vazio» (Enarr. in Ps. 85,3) (Santo Agostinho).

Devemos manter viva a esperança cristã, que é como uma âncora, que fixa o nosso coração na promessa do Senhor Jesus, que nos salvou com a Sua morte e ressurreição e que retornará novamente no meio de nós, renovando nossos compromissos com as cidades dos homens, na construção da cidade de Deus, pois a esperança, sustentada pelo amor de Deus derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo (cf. Rm 5, 5), transforma o coração humano em terra fértil, onde pode germinar a caridade para a vida do mundo.

Reafirma a inseparabilidade da Tradição da Igreja sobre a permanente circularidade entre as três virtudes teologais: fé, esperança e caridade: “A esperança nasce da fé, que a alimenta e sustenta, sobre o fundamento da caridade, que é a mãe de todas as virtudes. E precisamos de caridade hoje, agora”

Deste modo, o convite bíblico à esperança traz consigo o dever de assumir, sem demora, responsabilidades coerentes na história, na prática da  caridade que é «o maior mandamento social» (Catecismo da Igreja Católica, 1889), no enfrentamento das causas estruturais da pobreza que  devem ser enfrentadas e eliminadas.

São desafiadoras as palavras do Papa para que vivamos autenticamente o Dia Mundial dos pobres, não os vendo como um passatempo para a Igreja, mas sim os irmãos e irmãs mais amados, porque cada um deles, com a sua existência e, também, com as palavras e a sabedoria que trazem consigo, levam-nos a tocar com as mãos a verdade do Evangelho, e precisam ser vistos como “sujeitos criativos”:

“Por isso, o Dia Mundial dos Pobres pretende recordar às nossas comunidades que os pobres estão no centro de toda a ação pastoral. Não só na sua dimensão caritativa, mas igualmente naquilo que a Igreja celebra e anuncia... Os pobres não são objetos da nossa pastoral, mas sujeitos criativos que nos estimulam a encontrar sempre novas formas de viver o Evangelho hoje.”

Promover o bem comum é nossa responsabilidade social que tem o seu fundamento no gesto criador de Deus, que dá a todos os bens da terra: assim como estes, também os frutos do trabalho do homem devem ser igualmente acessíveis:

“Com efeito, ajudar os pobres é uma questão de justiça, muito antes de ser uma questão de caridade. Como observa Santo Agostinho: «Damos pão a quem tem fome, mas seria muito melhor que ninguém passasse fome e não precisássemos ser generosos para com ninguém. Damos roupas a quem está nu, mas Deus queira que todos estejam vestidos e que ninguém passe necessidades sobre isto» (Comentário à 1 Jo, VIII, 5).

Finaliza a Mensagem nos convidando a confiar em Maria Santíssima, consoladora dos aflitos, entoando um canto de esperança do Te Deum – “Em Vós espero, Meu Deus, não serei confundido eternamente”.

 E expressa seu desejo para que este Ano Jubilar incentive o desenvolvimento de políticas de combate às antigas e novas formas de pobreza, além de novas iniciativas de apoio e ajuda aos mais pobres entre os pobres:

“Trabalho, educação, habitação e saúde são condições para uma segurança que jamais se alcançará com armas. Congratulo-me com as iniciativas já existentes e com o empenho que é manifestado diariamente a nível internacional por um grande número de homens e mulheres de boa vontade.”

 

 

PS: Se desejar ler a mensagem na integra, acesse:

https://www.vatican.va/content/leo-xiv/pt/messages/poor/documents/20250613-messaggio-giornata-poveri.html

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