Mensagem do Santo Padre Leão XIV para o IX Dia Mundial dos
Pobres (2025) – Síntese
Celebraremos no XXXIII Domingo
do Tempo Comum - 16 de novembro de 2025, o IX Dia Mundial dos pobres, iniciado
com o Papa Francisco.
A Mensagem tem como
motivação bíblica – “Tu és a minha esperança, ó Senhor Deus” (cf. Sl
71,5), em tempo de Ano Jubilar.
Reconhecemos que Deus é
a nossa primeira e única esperança, também nós fazemos a passagem entre
as esperanças que passam e a que permanece para sempre.
Retoma as palavras do
Papa Francisco, em que nos afirma que a pobreza mais grave é não conhecer a Deus,
na Evangelii Gaudium:
“A pior discriminação que sofrem os pobres é a
falta de cuidado espiritual. A imensa maioria dos pobres possui uma especial
abertura à fé; tem necessidade de Deus e não podemos deixar de lhe oferecer a
sua amizade, a sua bênção, a sua Palavra, a celebração dos Sacramentos e a
proposta dum caminho de crescimento e amadurecimento na fé”. (n. 200).
A regra da fé e um
segredo da esperança: embora importantes, todos os bens desta terra, as
realidades materiais, os prazeres do mundo ou o bem-estar econômico não são
suficientes para fazer o coração feliz: «Seja Deus todo motivo de
presumires. Sente necessidade d’Ele para que Ele te cumule. Tudo o que
possuíres fora d’Ele é imensamente vazio» (Enarr. in Ps. 85,3) (Santo
Agostinho).
Devemos manter viva a esperança
cristã, que é como uma âncora, que fixa o nosso coração na promessa do Senhor
Jesus, que nos salvou com a Sua morte e ressurreição e que retornará novamente
no meio de nós, renovando nossos compromissos com as cidades dos homens, na
construção da cidade de Deus, pois a esperança, sustentada pelo amor de Deus
derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo (cf. Rm 5,
5), transforma o coração humano em terra fértil, onde pode germinar a caridade
para a vida do mundo.
Reafirma a
inseparabilidade da Tradição da Igreja sobre a permanente circularidade entre
as três virtudes teologais: fé, esperança e caridade: “A esperança nasce da fé,
que a alimenta e sustenta, sobre o fundamento da caridade, que é a mãe de todas
as virtudes. E precisamos de caridade hoje, agora”
Deste modo, o convite
bíblico à esperança traz consigo o dever de assumir, sem demora,
responsabilidades coerentes na história, na prática da caridade que é «o maior mandamento social» (Catecismo
da Igreja Católica, 1889), no enfrentamento das causas
estruturais da pobreza que devem ser
enfrentadas e eliminadas.
São desafiadoras as
palavras do Papa para que vivamos autenticamente o Dia Mundial dos pobres, não
os vendo como um passatempo para a Igreja, mas sim os irmãos e irmãs mais
amados, porque cada um deles, com a sua existência e, também, com as palavras e
a sabedoria que trazem consigo, levam-nos a tocar com as mãos a verdade do
Evangelho, e precisam ser vistos como “sujeitos criativos”:
“Por isso, o Dia
Mundial dos Pobres pretende recordar às nossas comunidades que os pobres
estão no centro de toda a ação pastoral. Não só na sua dimensão caritativa, mas
igualmente naquilo que a Igreja celebra e anuncia...
Os pobres não são objetos da nossa pastoral, mas sujeitos criativos que nos
estimulam a encontrar sempre novas formas de viver o Evangelho hoje.”
Promover o bem comum é nossa
responsabilidade social que tem o seu fundamento no gesto criador de Deus, que
dá a todos os bens da terra: assim como estes, também os frutos do trabalho do
homem devem ser igualmente acessíveis:
“Com efeito, ajudar os
pobres é uma questão de justiça, muito antes de ser uma questão de caridade.
Como observa Santo Agostinho: «Damos pão a quem tem fome, mas seria muito
melhor que ninguém passasse fome e não precisássemos ser generosos para com
ninguém. Damos roupas a quem está nu, mas Deus queira que todos estejam
vestidos e que ninguém passe necessidades sobre isto» (Comentário à 1 Jo, VIII,
5).
Finaliza a Mensagem nos
convidando a confiar em Maria Santíssima, consoladora dos aflitos, entoando um
canto de esperança do Te Deum – “Em Vós espero, Meu Deus, não serei
confundido eternamente”.
E expressa seu desejo para que este Ano
Jubilar incentive o desenvolvimento de políticas de combate às antigas e novas
formas de pobreza, além de novas iniciativas de apoio e ajuda aos mais pobres
entre os pobres:
“Trabalho,
educação, habitação e saúde são condições para uma segurança que jamais se
alcançará com armas. Congratulo-me com as iniciativas já existentes e com o
empenho que é manifestado diariamente a nível internacional por um grande
número de homens e mulheres de boa vontade.”
PS: Se desejar ler a
mensagem na integra, acesse:
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