segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

A beleza do Tempo do Advento

                                                        

A beleza do Tempo do Advento 

O Tempo do Advento (ano B), com beleza própria, é  marcado pela preparação para a celebração da Encarnação do Verbo na história da humanidade para sua redenção, o Emanuel, Jesus Cristo, o “Deus conosco”, e  para que nos preparemos para sua segunda vinda gloriosa, no final dos tempos, na grande Parusia.

Assim vemos expresso no Prefácio do Advento I:

“...Revestido da nossa fragilidade, Ele veio a primeira vez para realizar Seu eterno plano de amor e abrir-nos o caminho da Salvação. Revestido de Sua glória, Ele virá uma segunda vez para conceder-nos em plenitude os bens prometidos que hoje, vigilantes, esperamos”.

De fato, nós não esperamos mais a vinda do Messias – que já nasceu na Cidade de Belém, há mais de dois mil anos, do ventre de Maria, por obra do Espírito Santo, mas a Sua manifestação ao mundo, gloriosamente, como Juiz e Senhor da História.

No primeiro e segundo domingos do Advento, ouvimos passagens do Evangelho de Marcos; no terceiro e quarto domingos, João e Lucas, respectivamente, visto que no Evangelho de Marcos não temos a narração da infância de Jesus.

Na primeira Leitura dos três primeiros domingos, ouvimos passagens do  Livro de Isaías, e no quarto, do Segundo Livro de Samuel.

À luz das primeiras leituras, contemplamos a intervenção de Deus e do Messias trazendo a Salvação, promovendo a justiça e a paz. De modo que é notável o reconhecimento do Messias como o próprio Jesus, consagrado com a unção do Espírito Santo e descendente da casa de Davi.

As leituras insistem no caráter salvífico e misericordioso do Messias, na Pessoa do próprio Jesus, pois em Sua pessoa e obra realiza-se a presença e a salvação da humanidade.

Quanto à segunda leitura, refletimos sobre os aspectos característicos do Tempo Litúrgico, em sintonia com a temática das outras leituras do Domingo, com acentuação na referência cristológica, acentuando a dimensão escatológica nos três primeiros domingos, e a vinda à História, no quarto domingo.

Deste modo, no Ano B, temos um caminho a percorrer:

“se passa do convite à vigilância (primeiro domingo), ao da conversão (segundo domingo), ao reconhecimento de uma Salvação já presente ‘no meio de nós’ (terceiro domingo), precisamente realizada na pessoa e na obra do ‘Filho do Altíssimo’ (quarto domingo)” (1).

Vivamos intensamente este tempo, em recolhimento necessário, de modo especial participando da Santa Missa, oração, confissão, novena e terço em família.

Seja para todos nós este tempo marcado por tantas dificuldades e provações, tempo favorável para o fortalecimento dos vínculos de comunhão e solidariedade concreta em favor dos que mais precisam, e assim, a luz do Natal do Menino Deus há de brilhar para todos nós, e nossos caminhos obscuros serão iluminados.

 

(1)        Lecionário Comentado – Editora  Paulus – 2011 – p.35


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