quarta-feira, 25 de outubro de 2023

O caminho da fé

 


                                                     O caminho da fé

 
Reflexão à luz da passagem do Evangelho de São Lucas (Lc 9,7-9), em que Herodes manifesta o desejo de ver Jesus – “‘Quem é esse, portanto, de quem ouço tais coisas?’ E queria vê-Lo” (v.9).
 
Assim, lemos no Lecionário Comentado:
 
“Aquilo que se diz que Ele faz e prega precisa de uma explicação. Por isso Herodes deseja vê-Lo, para ficar com uma ideia acerca d’Ele. Mas, para compreender quem é Jesus não basta falar com Ele ou ver as Suas obras, sem que isso dê em discussão. O único meio para O conhecer é o da fé.” (1)
  
De fato, o único caminho para conhecermos Jesus é o caminho da fé, que nos leva, necessariamente, a uma comunidade concreta, a Sua Igreja, onde Ele Se deixa encontrar. E, de fato, não era este o propósito de Herodes.
 
Deste modo, o caminho da fé:
 
- Nos faz participantes de uma comunidade, onde amadurecemos na prática da caridade, reavivamos a esperança de um novo céu e uma nova terra;
 
- Autenticamente vivenciado, é imprescindível, para que sejamos uma Igreja Sinodal, caminhando juntos, na alegria e na tristeza, na angústia e esperança, em plena fidelidade a Jesus, fortalecendo os vínculos de comunhão fraterna, participação ativa, afetiva e consciente, na expressão da missão assumida com alegria e ardor;
 
- Não se separa da celebração da Eucaristia, porque da Mesa da Palavra participamos, para ouvi-la e colocá-la em prática no dia a dia, nutridos e fortalecidos pelo Pão da Eucaristia, e da segunda mesa, que não se separa, nutridos pelo Corpo e Sangue de Cristo, verdadeira Comida, verdadeira Bebida;
 
- Alarga o horizonte de compromissos com a vida, desde sua concepção até seu declínio natural, e com a nossa Casa Comum, a fim de que todos tenham vida, e a tenham plenamente (Jo 10,10).
 
Na espera do Senhor Jesus, que virá em Sua glória nos julgar a todos nós, sejamos conduzidos e iluminados pelas Bem-Aventuranças (Mt 5,1-12) na prática da misericórdia (Mt 25,31-46), bem como nos falou São João da Cruz (séc. XVI): “No entardecer de nossa vida seremos julgados pelo amor”.


 
(1)Lecionário Comentado – Tempo Comum – Volume II - Editora Paulus – Lisboa – 2011 – p.421

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