domingo, 10 de março de 2024

O surpreendente Amor de Deus - (2) (IVDTQB)

O  surpreendente Amor de Deus

Diversos são os momentos em que Deus, em Sua infinita misericórdia, nos surpreende, como vemos na Liturgia do 4º Domingo da Quaresma (ano B).

Na passagem da primeira Leitura (2Cr 36,14-16.19-23, refletimos sobre a desolação do Povo de Deus pelo exílio vivido. Porém, a saudade de Jerusalém não ficou sem a resposta amorosa de Deus. Ele jamais Se distancia daqueles a quem ama. 

É o surpreendente Amor de Deus ricamente narrado: quando atravessava o deserto, saindo da escravidão do Egito, em busca da terra prometida; quando o povo murmurava e era mordido pela cobra, Deus os curava através da serpente de bronze por Moisés erguida.

Quando, no exílio, a misericórdia de Deus, suportando toda a infidelidade de Seu povo, faz de Ciro, o Rei da Persa, instrumento do retorno e da edificação do templo em Jerusalém. 

Na passagem do Evangelho (Jo 3,14-21), Jesus propõe a Nicodemos, nascer do alto. Nascer para a novidade do Reino de Deus, a partir da Água e do Seu Sangue que jorra do lado que lhe foi, pela crueldade humana, aberto para nos purificar de todo pecado: O perdão dado, testemunhou que o Amor é mais forte do que a maldade humana.

Quando o Filho amado foi elevado na Cruz, não somente Ele foi elevado, mas com Ele foi elevada a humanidade decaída pela desobediência e pelo pecado, desde Gênesis, quando nossos primeiros pais quiseram comer da árvore proibida, querendo ser como deuses.

Na Cruz, contemplamos o Amor de Deus, por tantos autores dos Textos Sagrados narrado,  pelos Profetas por longos séculos anunciado.

Na Cruz, que é fonte de vida e expressão máxima do Amor de Deus, o Amor de Deus é definitivamente revelado.

O surpreendente Amor de Deus, participando da Morte de Seu Filho amado, nos possibilitou a vida nova, a eternidade. Crer em Seu nome, Sua Palavra, Seu Projeto de Vida, leva-nos a eternidade.

Então, nascer do alto será viver: 

- na luz, como filhos da Luz que o somos;

- na liberdade, para a qual Deus nos criou e nos resgatou: Vida no Espírito! Viver na verdade, porque como Verdade, Ele, ao mundo e a nós, Se apresentou;

- na fidelidade do Amor que ama até o fim;

- o amor até as últimas consequências.

Assim é o surpreendente Amor de Deus, de modo que a nós cabe acolher Jesus, a expressão máxima do Amor de Deus, participando ativamente da incrível história do Amor de Deus que desde o princípio, desde os primeiros dias do Éden se colocou em constante busca da amizade de Suas criaturas: Sua imagem e semelhança – “Adão onde estás?” (Gn 3,9).

O surpreendente e incrível Amor de Deus vai sempre ao encontro para resgatar a todos. 

A vontade de Deus é que nenhum dos Seus se perca. Desde então Ele, incansável em Seu amor, adentra à floresta da história para resgatar a humanidade, numa relação querida de amizade, relacional e profícua.

Diante deste Deus que tanto nos ama, que não poupou o próprio Filho,  reflitamos: 

- Como correspondemos Ao amor de Deus, que tanto nos ama?
- Amamos a Deus para além dos limites de nossas forças?

- Amamos a Deus até as últimas consequências?
- Amamos a Deus até o fim, suportando adversidades, provações, inquietações, abandonos, traições, etc.

O que podemos fazer, nesta quaresma, para aumentá-lo, intensificá-lo, numa necessária e sincera relação de amor?

Deus está sempre nos surpreendendo com Seu Amor. Surpreendente como sinônimo de magnífico, maravilhoso, excepcional… Assim é o Amor Deus! Assim também seja nosso amor para com Ele e para com nosso próximo…

O amor sempre nos leva a surpreender, com gestos de carinho, acolhida, atenção, solidariedade, acalento, esperança, consolo…

2 comentários:

Anônimo disse...

🙏🙏🙏

Anônimo disse...

O amor que Deus tem por nós precisamos corresponder

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG