sábado, 30 de março de 2024

Páscoa: alargar os horizontes do amor!

Páscoa: alargar os horizontes do amor!

Celebramos o maior dos Mistérios do Amor de Deus: A Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor, e toda a Igreja está vivendo dias do transbordamento desta alegria: Cristo Ressuscitou. Aleluia!

Aclamamos e cantamos com as comunidades em cada Eucaristia, memorial permanente deste amor que desconhece medidas e  horizontes.

O Círio Pascal aceso comunica este mistério central da fé Cristã: A luz de Cristo iluminou e ilumina a humanidade.

O sopro vital de Deus não permitiu que a maldade humana prevalecesse, e Deus, num ato de puro amor, abriu a terra e escancarou-a para o céu, Ressuscitando o Seu Filho.

A onipotência do amor de Deus falou mais alto que a prepotência da maldade humana.

No mistério da morte da Cruz de Nosso Senhor se deu o encontro de três pessoas eternas:
O eterno Amante que é o Pai,
O eterno Amado que é o Filho, e
O eterno Amor que é o Espírito Santo.

A Cruz não foi o mistério da solidão, do abandono, da desilusão, do fracasso... Muito pelo contrário, foi a consumação de um encontro eterno de Amor pela redenção da humanidade, na fidelidade, humildade, confiança e despojamento. 

Pela Cruz fomos reconciliados, iluminados. Foi-nos apontado o caminho do amor, o único e essencial.

Se pelo imenso amor Jesus foi fiel até o fim, Deus pelo Seu imenso amor, não poderia fazer outra coisa: Ressuscitou Seu Filho.

E os discípulos em todo tempo, deverão empenhar-se em testemunhar com semelhante amor que a Vida venceu a Morte, pois Deus tem sempre a última Palavra.

Crer no Ressuscitado é trilhar o caminho do amor por Ele proposto.
A Boa Nova da Ressurreição é motivo de transbordarmos de alegria, mas não significa que tudo está realizado: há muitos sinais de morte que clamam por Páscoa/passagem.

Como Igreja, sejamos fortalecidos na caminhada pastoral, rejuvenescendo em cada coração maior amor à Igreja. 

Esta Boa Nova nos inquieta frente aos desafios da cidade, não permite acomodações e recuos.

Há clamores que anseiam por respostas a fim de que a paz não seja apenas um sonho, mas realidade; para que a vida e a alegria sejam estampadas em cada olhar e o sorriso nos lábios anuncie que está irrompeu e irromperá sempre a madrugada da Ressurreição!

Quando a pedra do túmulo foi removida, ao mundo foi anunciado: o túmulo não pôde reter o vivente (Ap 1,18).

Sepulcro vazio e coração transbordante do Amor de Deus transformado pela vida nova do Ressuscitado. Este amor que nos preenche, renova-nos, faz-nos chegar primeiro às situações diversas, pois quem ama, chega primeiro.

É tempo de buscarmos as coisas do alto; as coisas celestes, pois se com Cristo morremos, também com Ele Ressuscitamos (Cl 3,1-4).

Páscoa é sempre tempo de alargar os horizontes do amor, pois como disse o Papa Bento XVI “o horizonte do amor é verdadeiramente infinito!”

No ápice da escuridão da noite,
anuncia-se a chegada de um novo dia!
A escuridão de nossa noite é sempre
iluminada com o esplendor da Ressurreição!
Aleluia! Aleluia!

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG