“Lázaro, vem para fora!”
No 5º Domingo da Quaresma (ano A), refletimos sobre a ressurreição de Lázaro.
Como Igreja, somos convidados a renovar sagrados compromissos com a vida, transformando as realidades de morte, que fazem parte de nossa história em todos os seus âmbitos.
Como Igreja, somos convidados a renovar sagrados compromissos com a vida, transformando as realidades de morte, que fazem parte de nossa história em todos os seus âmbitos.
À luz do Missal Dominical reflitamos sobre a graça que recebemos através do nosso Batismo, de sagrados compromissos com a promoção de vida:
“Com este domingo conclui-se um ciclo batismal denso de ensinamentos: Cristo, água para nossa sede – Cristo, luz para nossas trevas – Cristo, ressurreição para nossa vida.
Hoje, a ciência e a pesquisa do homem estão totalmente voltadas para a defesa da vida, revigoramento da vida: os progressos da medicina e da cirurgia, as técnicas de transplante e dos corações artificiais, as curas pelo rejuvenescimento dos tecidos, o prolongamento da vida humana em escala cada vez mais elevada, a diminuição da mortalidade infantil.
No entanto, é exatamente nesta sociedade que surgem fermentos de morte e dissolução; permanecemos indiferentes perante o morticínio de tantas populações; queremos o aborto livre, o direito à eutanásia; o direito ao suicídio; transformamos as festas em tragédias. Como entender esses contrassensos? A morte, a grande e irresistível inimiga do homem, só é vencida por Cristo. E o cristianismo não é um mistério de tristeza e morte, mas de vida, alegria, certeza, esperança.
Enxertados em Cristo pelo Batismo, vencemos nossa morte na Sua morte; ressuscitamos no Cristo Ressuscitado. É a vitória de cada homem batizado sobre a morte.
É a vitória de toda a história sobre a morte, história que, na perspectiva cristã, não caminha para o caos final, mas para a Ressurreição final.
É a vitória da criatura sobre a morte; ela escapa à condenação na perspectiva dos céus novos e terra nova. Essa perspectiva dá à vida tranquilidade, serenidade interior, paz profunda, confiança e esperança.
Em Cristo não há uma parcela de vida, por menor que seja que não se destine à Ressurreição.”(1)
Retomemos a Mensagem Quaresmal 2010, escrita pelo Papa Bento:
“Quando, no quinto domingo, nos é proclamada a ressurreição de Lázaro, somos postos diante do último mistério da nossa existência: “'Eu sou a Ressurreição e a vida... Crês tu isto?' (Jo 11, 25-26).
Para a comunidade cristã é o momento de depor com sinceridade, juntamente com Marta, toda a esperança em Jesus de Nazaré: 'Sim, Senhor, creio que Tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo' (v. 27).
A comunhão com Cristo nesta vida prepara-nos para superar o limite da morte, para viver sem fim n’Ele.
A fé na ressurreição dos mortos e a esperança da vida eterna abrem o nosso olhar para o sentido derradeiro da nossa existência”.
As citações acima nos levam à contemplação do Mistério da Paixão e Morte do Senhor, que alcança o momento ápice com a Sua Ressurreição, e nesta a Ressurreição e vida para aquele que n’Ele viver e crer.
A ressurreição de Lázaro renova uma esperança em nosso coração: com Deus, a morte nunca tem a derradeira palavra e para Deus nada é impossível. Assim professamos ao rezar a nossa fé:
Creio em Deus Pai...
(1) Missal Dominical - Editora Paulus - pág. 177
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