terça-feira, 12 de março de 2024

Deus não desiste da humanidade

                                                          

Deus não desiste da humanidade

Na Liturgia da Palavra da terça-feira da quarta semana do Tempo da Quaresma, ouvimos na primeira Leitura, a passagem do Livro do Profeta Ezequiel (Ez 47,1-9.12).

Trata-se da segunda fase do ministério do Profeta Ezequiel, que se dá a partir de 586 a.C. até cerca de 570 a.C., quando se encontravam em terra estrangeira (Ez 47,1-2.8-9.12).

A mensagem do Profeta é de esperança, por isto é chamado de “o Profeta da esperança”, anunciando aos exilados a chegada de uma nova era de felicidade e de paz sem fim. Deus mesmo assumirá a condução do Povo, como um “Bom pastor”, e o “coração de pedra” do povo será transformado em “coração de carne”, acolhendo e vivendo os Preceitos da Aliança com Deus.

Um sinal será a reconstrução do Templo de Jerusalém, comunicando que Deus voltará a residir no meio de Seu Povo (Ez 40,1-47,12).

As imagens do Templo, água que jorra, deserto, fertilidade retomam a imagem paradisíaca do jardim do Éden, que expressa a vida em comunhão com Deus, na vivência e obediência às Suas Propostas, numa vida plena e feliz (Gn 2,9-140).

Esta imagem do Templo foi retomada pelo Evangelista João (2,21) e também no Livro do Apocalipse (22,1-12): Jesus é o Novo Templo, e do trono sairá um rio de água viva.

Para quem crê em Deus, os incontáveis sinais de morte que vemos não revelam a orfandade divina, ao contrário, despertam no coração uma renovada esperança, firme confiança e desejável serenidade.

O mundo não é um beco sem saídas, uma vez que Deus Se faz presente no meio de nós, e isto nos anima no bom combate, quotidianamente.

É preciso, portanto, que a humanidade abandone os caminhos de orgulho e autossuficiência, aprendendo a escutar com humildade e simplicidade as Propostas que Deus tem sempre a nos oferecer.

Concluindo, a mensagem explícita de Ezequiel é de que Deus não desiste da humanidade, é sempre uma presença amiga e reconfortante na caminhada, comunicando vida em abundância.

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