segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

Com fé humilde e ativa em Deus tudo se alcança

 


Com fé humilde e ativa em Deus tudo se alcança

Na sétima segunda-feira do Tempo Comum, ouvimos a passagem do Evangelho de Marcos (Mc 9,14-29), a partir de um exorcismo realizado por Jesus, e refletimos sobre a necessária fé n’Ele para que sejamos curados e libertos de todo mal e de toda enfermidade, pois de fato, Jesus tem poder sobre todas as forças do mal.

Os discípulos de Jesus não haviam conseguido curar um rapaz epiléptico, na época, considerado como um endemoninhado.

“Os discípulos, tendo embora recebido do Senhor, o poder de expulsar os demônios (cf. Mc 3,15; 6,7), não conseguem exercê-lo num menino possuído por um ‘espírito mudo’.” (1)

Há uma súplica do pai do rapaz para que Jesus o liberte:

“Mestre, eu trouxe a Ti meu filho que tem um espírito mudo. Cada vez que o espírito o ataca, jogo-o o chão e ele começa a espumar, range os dentes e fica completamente rijo. Eu pedi aos Teus discípulos para expulsarem o espírito. Mas eles não conseguiram” (v. 18).

No diálogo do pai com Jesus, embora ele tenha fé, pede que Jesus o ajude em sua falta de fé, e Jesus, por sua vez, repreende-o, por suas palavras:

“Se podes alguma coisa...ajuda-me” (v. 22).

Jesus diz: “Se podes!... Tudo é possível para quem tem fé” (v. 23). E manifesta Seu poder tomando a mão do menino, tido como morto, levanta-o e fica de pé:

“Jesus opera a libertação depois de ter dialogado com o pai do menino e escutado a humilde e sincera profissão de fé do homem”. (2)

Em casa, Jesus explica aos discípulos que a fé, expressa em oração e com confiança, tudo alcança, e Ele, Jesus, é a manifestação da onipotência divina no meio de nós.

Assim lemos no Missal Cotidiano:

“O poder transfigurador de Cristo passa a nós na Igreja, mediante a fé e os sacramentos, que são a continuação de Sua obra de verdadeiro Messias e Salvador, e primeiro Sacramento da Salvação” (3).

Diante das doenças, discórdias, injustiças que agridem a vida em sua totalidade, pode se ter 3 atitudes:

- a primeira é a reação com o desespero, próprio de quem não possui nenhuma perspectiva de libertação;

- a segunda, a procura de soluções pré-confeccionadas e fáceis, apelando para uma fé velha e ultrapassada;

- a terceira que vemos no Evangelho: o caminho da fé humilde e ativa, da oração confiando na força que vem do Senhor. (4)

Oremos:

Concedei-nos, ó Deus, firmas nossos passos no caminho de santidade, a que todos somos chamados e vocacionados: testemunhando uma fé inquebrantável em Deus, mantendo viva a nossa esperança, acompanhada de inflamada e generosa caridade. Amém.

(1); (2); (4) Lecionário Comentado – Volume I do Tempo Comum – Editora Paulus – 2011 – pág. 326

(3) Missal Cotidiano – Editora Paulus – pág. 796

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