domingo, 25 de fevereiro de 2024

Transfiguração do Senhor: Vi meu Amado... (IIDTQC)


Transfiguração do Senhor: Vi meu Amado...

 “Este é o meu Filho, o Escolhido.
Escutai o que Ele diz!” (Lc 9,35)

Na Liturgia do 2º Domingo da Quaresma (ano C), somos agraciados com a Liturgia da Palavra que nos apresenta a Transfiguração do Senhor, com a passagem do Evangelho de Lucas (Lc 9,28b-36).

Ela é um momento fundamental na vida do discípulo missionário, vivido pelos três apóstolos (João, Pedro e Tiago), e muito nos ajuda ao iniciar nossa caminhada Quaresmal.

Quaresma é Tempo de:

- renovar e revigorar nossa aliança e confiança em Deus, como Abraão, modelo de crente, que confia, se entrega, busca, espera, jamais se instala (1ª Leitura - Gn 15,5-12.17-18);

- nos tornar amigos da Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo, sempre acompanhados da mudança, da transformação e da conversão, que deve acontecer primeiramente em nosso coração (2ª Leitura – Fl 3,17-4,1);

- redimensionar a nossa vida a partir da provisoriedade e precariedade de nosso corpo, até que possamos receber, na Ressurreição, um corpo glorioso, um corpo celestial, uma morada eterna;

- sentir antecipadamente a alegria da Vitória Pascal que passa pela obediência ao Pai e a fidelidade no carregar da cruz, como nos revela a Transfiguração do Senhor (Lc 9,28b-36); 

- fazer silêncio, afastando-nos de todos os ruídos que nos distraiam e não nos possibilitem a escuta do Filho muito amado, que tem sempre algo de muitíssimo especial para nos dizer, para que sejamos felizes, realizados e plenos de vida;

- de subir a Montanha Sagrada contemplar a presença do Senhor, escutá-Lo atentamente, descer à planície e testemunhar Sua Palavra com nossa vida;

- renovar a graça de sermos “cidadãos dos céus”. Como cristãos, estamos no mundo, mas não somos do mundo, como podemos ver nos primeiros ensinamentos da Igreja;

- subir ao Monte Santo para contemplar Cristo Glorioso e Transfigurado, mas também de corajosamente descer a montanha e renovar compromissos solidários com os “Cristos” desfigurados que clamam por vida, alegria, dignidade, amor e paz;

- de subidas e descidas. Subir ao Monte Sagrado para revitalização da graça divina para a fé, esperança e caridade; na planície viver confiantes sempre no Senhor,  testemunhando que conhecemos e cremos em Alguém, Jesus, que transformou e transforma continuamente a nossa vida;

- recuperar as forças indo à Fonte das fontes, Jesus, nutrir pela  Sua Palavra, alimentar-se com o Pão da Imortalidade, inebriar a alma com a Verdadeira Bebida; porque verdadeiramente Jesus na Eucaristia, comungamos a Palavra que se faz Pão, trigo que se faz Pão, vinho que se faz Sangue de Redenção, isto é o que contemplamos, saboreamos e cremos, ao participar do Banquete da Eucaristia.

Jesus nos acolhe com nossos cansaços, dificuldades, imperfeições, limitações próprias do ser humano.

Jesus ama a cada um de nós como somos para nos fazer melhores, para nos aperfeiçoar, para que a imagem de Deus possa transparecer em nosso olhar, em nossos pensamentos, palavras e atitudes, para que transpareça que há Alguém que faz morada no mais profundo de nós e nos acompanha em todo instante.

Celebrar a Transfiguração do Senhor nos convida a  renovação de sagrados compromissos com a Boa Nova do Reino.

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG