terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

Cruz: Fonte de Salvação e Amor para nós

 
Cruz: Fonte de Salvação e Amor para nós

O comentário do Missal Cotidiano sobre a passagem do Evangelho proclamada na sexta sexta-feira do Tempo Comum (Mc 8,34-9,1) nos enriquece intensamente.

“Jesus estava plenamente ciente da necessidade de chegar a bom termo em Sua missão, e para isto não havia outra maneira a não ser entregar Sua vida ao Pai, capaz de ressuscitá-Lo.

É evidente que o Pai não quer a morte do Filho: quer somente que Ele ofereça amor ao mundo. Mas esta missão não se poderá cumprir sem a provação e sem a fidelidade à condição mortal do homem.

O amor não pode chegar a terra sem passar pela dor. A sorte do Mestre atinge também a dos discípulos. Estes também deverão ‘tomar a cruz’ e ‘segui-Lo’, ‘perder a própria vida’ para salvá-la.

A salvação não virá pelo sucesso, mas pelo sacrifício oferecido por amor; aceito e reconhecido pelo Pai, que saberá restituir a vida. E Cristo será por isso o responsável diante do Pai, quando ‘vier na glória’”  (1)

Por ora, é preciso que os discípulos abracem três propostas do Mestre, que deverão ser vividas com fidelidade e amor incondicional até o fim, no anúncio e testemunho da Boa-Nova d’Ele acolhida:

a)        Para serem fiéis às suas opções de vida é necessário pagar o preço delas (v. 34b) – “se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”;

b)        A vida só tem sentido se e quando é oferecida e doada gratuitamente (vv. 36-37) – “com feito, que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e arruinar sua própria vida? Pois, que daria o homem em troca da sua vida?”;

c)        Jesus deve ser reconhecido como Messias e Salvador de todos os povos (v. 38) – “Aquele, que nesta geração adúltera e pecadora, se envergonhar de mim e de minhas Palavras, também o Filho do Homem Se envergonhará quando vier na glória com os Santos Anjos”.  (2)

Agora, cabe a cada de um de nós ver de que modo vivemos nossa fidelidade ao Senhor.

É tempo de viver a fé como resposta de amor à proposta que Deus tem a nos oferecer, mas com a coragem do carregar a cruz, fazendo da vida uma história marcada pela doação, por amor vivido e consumido.

É tempo de carregar com coragem nossa cruz, com a esperança de que assumida por amor, como assim o fez o Senhor, caminharemos para a glória da eternidade.

Na fidelidade ao Senhor, a cruz encontra seu sentido quando assumida e carregada com as motivações das virtudes divinas que nos acompanham: fé, esperança e caridade.


(1) Missal Quotidiano – Ed. Paulus. - P.787
(2) Lecionário comentado – Ed. Paulus – Lisboa – pp.294-295

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG