domingo, 1 de outubro de 2023

Mensagem para o Dia Mundial das Missões 2017 (Papa Francisco)


Síntese Mensagem para o Dia Mundial das Missões 2017 (Papa Francisco)
“A missão no coração da fé cristã”

Em sua Mensagem para o Dia Mundial das Missões 2017, o Papa nos apresenta a Pessoa de Jesus “o primeiro e maior evangelizador” como falara o Bem-Aventurado Papa Paulo VI em sua Exortação Apostólica ‘Evangelii nuntiandi' n. 7).

Na missão de anunciar a Boa-Nova do Evangelho, fala-nos da natureza da Igreja que é ser missionária.

Apresenta-nos três questões fundamentais diante de um mundo dilacerado por numerosas guerras fratricidas, frustrações, conflitos, vitimando tantos inocentes:

- “Qual é o fundamento da missão?”
- “Qual é o coração da missão?”
- “Quais são as atitudes vitais da missão?”

A missão da igreja que vivendo segundo o Espírito anuncia a vida de Jesus Cristo Ressuscitado, que é o Caminho, a Verdade e a Vida (Jo 14,6), ao anunciar o poder transformador do Evangelho, portador de alegria contagiante porque oferece uma vida nova:

“É Caminho que nos convida a segui-Lo com confiança e coragem. E, seguindo Jesus como nosso Caminho, fazemos experiência da Sua Verdade e recebemos a sua Vida, que é plena comunhão com Deus Pai na força do Espírito Santo, liberta-nos de toda a forma de egoísmo e torna-se fonte de criatividade no amor”.

A missão da Igreja, portanto, é Jesus Cristo que continua a evangelizar e agir no tempo presente, tempo favorável de nossa Salvação. E esta missão se dá na experiência viva da vida e graça do Ressuscitado.

Sendo a missão a Pessoa de Jesus Cristo, lembra as palavras do Papa Bento XVI: “ao início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo” (Carta. enc. Deus caritas est, 1), para nos revigorar e nos impulsionar na missão de anúncio e testemunho do Ressuscitado.

Portanto, pelo Batismo, o Evangelho se torna fonte de vida nova, libertando do domínio do pecado, iluminado e transformado pelo Espírito Santo.

Através da Confirmação, torna-se unção fortalecedora que, graças ao mesmo Espírito, indica caminhos e estratégias novas de testemunho e proximidade.

E pela Eucaristia, torna-se alimento do homem novo, “remédio de imortalidade” como afirmou Santo Inácio de  Antioquia.

Apresenta-nos a Igreja na figura do Bom Samaritano, “curando as feridas sanguinolentas da humanidade, e a sua missão de Bom Pastor, buscando sem descanso quem se extraviou por veredas enviesadas e sem saída... E podemos pensar em tantos testemunhos – testemunhos sem conta – de como o Evangelho ajuda a superar os fechamentos, os conflitos, o racismo, o tribalismo, promovendo por todo o lado a reconciliação, a fraternidade e a partilha entre todos”.

Esta missão tem como inspiração a espiritualidade do êxodo, peregrinação e exílio contínuos: Trata-se de «sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho» (Francisco, Exort. ap. Evangelii gaudium, 20).

Portanto, a Igreja é um instrumento e mediação do Reino, e se reporta à sua primeira Exortação: “é preferível uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças’ (n.49).

Apresenta a juventude como esperança da missão: Os jovens são a esperança da missão. A pessoa de Jesus e a Boa-Nova proclamada por Ele continuam a fascinar muitos jovens. Estes buscam percursos onde possam concretizar a coragem e os ímpetos do coração ao serviço da humanidade...”, os caminheiros da fé, felizes por levarem Jesus Cristo a cada esquina, a cada praça, a cada canto da terra.

Na conclusão, destaca o importante serviço das Pontifícias Obras Missionárias como instrumento precioso, para suscitar em cada comunidade cristã o desejo de sair das próprias fronteiras e das próprias seguranças, anunciando o Evangelho a todos.

Finaliza apresentando-nos Maria, Mãe da Evangelização, que, movida pelo Espírito, acolheu o Verbo da vida na profundidade da sua fé humilde, para que tenhamos, crendo no Ressuscitado, uma santa ousadia de procurar novos caminhos para que chegue a todos o dom da Salvação.

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