quarta-feira, 9 de agosto de 2023

O Amor Divino rompe barreiras e cria comunhão (07/08)

O Amor Divino rompe barreiras e cria comunhão

Ouvimos na Liturgia da Palavra da quarta-feira da 18ª Semana do Tempo comum (Ano par), as passagens bíblicas: Jr 31,1-7;  Mt 15,21-28.

Sejamos enriquecidos pelos comentário do Lecionário Comentado:

A Bíblia é a narração multiforme de uma extraordinária história de amor entre Deus e os homens. E a proposta perene de relação do Parceiro Divino é diversamente acolhida ou recusada, segundo a alternância respeitante a pessoas singulares ou coletividades.

Acreditar que o Senhor é fiel àquilo que prometeu torna-se um desafio muitas vezes difícil, sobretudo porque muitas vezes os homens têm a impressão de que não notam a presença divina nas suas vidas.” (pág. 62).

“Nenhuma diferença cultural nos impede de ajudar quem se encontra em dificuldades, em particular se aparece à nossa frente... 

O medo egoísta de perder espaços e recursos julgados de exclusiva posse pessoal ou coletiva, ou então o simples receio de quem é ‘diferente’ de nós levaram e levam a opções de encerramento e de entrincheiramento sociais evangelicamente injustificáveis.

O amor evangélico deve levar a responder positivamente às exigências de quem precisa, fora e para além de cálculos mesquinhos e conveniências imediatas, mediante opções quotidianas praticáveis no interesse do bem comum. Jesus morre na Cruz por todos e o Seu amor não se mede por uma lógica setorial ou sectária.

É oportuno que nos recordemos disto, todas as vezes que encontramos algum ‘cananeu’ que pede auxílio, e não somente quando corremos o risco de nos tornarmos ‘cananeus’.” (pág. 63-64).

Iluminados pela Palavra Divina, aprofundemos esta relação de amor com Deus, continuemos a escrever linhas, páginas no Livro da Vida, percebendo sua presença em todos os momentos, em todas as circunstâncias, inclusive nas adversas.

N’Ele confiando e crescendo nesta relação de amor, vivendo a lógica de Jesus, o amor sem limites, o amor de Cruz, rompemos barreiras que nos distanciam, quebramos muros de inimizades, construímos relações mais fraternas, para sinalizar a realidade do Reino por Ele inaugurada.

E, como tão bem enfatizou o Papa Francisco em sua participação na Jornada Mundial da Juventude, a relação de amor com Deus exige de cada um de nós maior proximidade e solidariedade com Suas criaturas, imagem e semelhança de Deus. E relembrando também as palavras do Papa Bento XVI:

O Amor a Deus e o amor ao próximo fundem-se num todo: no mais pequenino, encontramos o próprio Jesus e, em Jesus, encontramos Deus... o amor ao próximo é uma estrada para encontrar também a Deus, e que o fechar os olhos diante do próximo torna cegos também diante de Deus.”  (1)



(1) Encíclica – “Deus Caritas Est” – 2005. 

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