domingo, 27 de agosto de 2023

Catequista: dom, graça e missão

                                                        

Catequista: dom, graça e missão

Ser catequista é, antes de tudo, uma graça divina e, para bom êxito, exige formação permanente à luz da Sagrada Escritura e do Magistério da Igreja, pois tão somente assim teremos a renovação da Catequese com fecundos resultados alcançados.

É preciso pensar em um processo de formação dos discípulos missionários, com etapas que se interligam e que se renovam num círculo ininterrupto: encontro, conversão; discipulado, comunhão e  missão.

A catequese, portanto, não pode se limitar a uma formação meramente doutrinal, mas uma verdadeira escola de formação integral, com o cultivo da amizade com Cristo na oração, no apreço pela Celebração Litúrgica, na experiência comunitária e o compromisso apostólico mediante um permanente serviço aos demais.

O encontro com Jesus implica em atitude de permanente conversão, para um discipulado credível e concretizado na comunhão e missão.

Como as primeiras comunidades cristãs (cf. At 2,42-47), é preciso intensificar os encontros para o partir do Pão da Palavra e da Eucaristia; e perseverar na catequese, na vida sacramental, na comunhão fraterna, na oração e na prática da caridade.

Na Igreja, muitas são as pessoas que se sentem chamadas a se fazer catequistas, com grande entrega, numa doação alegre, e, como discípulos, se põem em permanente caminho, pois ser discípulo é dom destinado a crescer.

Deste modo, a Bíblia, Catecismo da Igreja Católica e o compêndio da Doutrina Social da Igreja (DSI), no mínimo, são os livros de cabeceira de todo o catequista.

Seja para crianças, jovens ou adultos, a Catequese precisa ser atrativa, introduzindo os catequizandos no conhecimento do Mistério de Cristo, buscando mostrar a eles a beleza da Eucaristia dominical, que os leva a descobrir nela o Cristo vivo e o Mistério fascinante da Igreja: "A Eucaristia é o centro e o vértice da vida da Igreja" Isto significa que "a Eucaristia edifica a Igreja e que a Igreja faz a Eucaristia" (Papa São João Paulo II).

Portanto, uma catequese renovada pressupõe a coerência e relação necessária entre fé e vida no âmbito político, econômico e social; exige a formação da consciência, que se traduz no conhecimento da DSI, pois como nos falou o Papa Bento XVI - “a vida cristã não se expressa somente nas virtudes pessoais, mas também nas virtudes sociais e políticas”. (1)

Finalizando, ser Catequista, pressupõe um amor à Virgem Maria, a “educadora da fé”, assemelhando-se cada vez mais a Jesus, com a apropriação progressiva de suas atitudes:

“Tenham em vocês os sentimentos que havia em Cristo Jesus: Ele tinha condição divina, mas não se apegou à sua igualdade com Deus.” (Fl 2, 5).


(1) Documento de Aparecida – cf. n.505

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