domingo, 28 de julho de 2024

“Somos pó e cinza diante da Rocha” (XVIIDTCC)

                                                           

“Somos pó e cinza diante da Rocha”

Ouvimos a passagem do Livro de Gênesis (Gn 18,20-32), proclamada no 17º Domingo do Tempo Comum (ano C),  em que Abraão faz uma oração em favor de Sodoma e Gomorra, porque o clamor contra estas cresceu e chegou até o Senhor, e houve o agravamento de seu pecado.

Reflitamos sobre o diálogo de Abraão com o Senhor, conforme comentário do Missal Dominical:

“Em Israel, que vive num regime de fé, não está em perigo a veracidade da relação do homem com Deus, a verdadeira oração.

Um homem vivo, um homem verdadeiro, encontra o Deus vivo e verdadeiro. Uma liberdade está diante da Liberdade, o pó diante da Rocha. ‘Eis que ouso falar ao meu Senhor, eu que sou pó e cinza”.

Em Israel, a oração está essencialmente ligada a fé. Uma resposta livre ao Deus que se revela e fala, uma ação de graças pelos grandes acontecimento que Deus realiza para o Seu povo. A oração é, pois, antes resposta do que pedido”. (1)

Assim, devemos nos colocar diante de Deus sempre, de modo especial, quando em oração, em diálogo com Ele, para que experimentemos o sabor da autêntica oração, sem arrogância, sem sinais de petulância, na mais bela expressão de humildade e confiança: somos pó e cinza diante da Rocha que é Deus (como tão bem expressam diversas passagens da Sagrada Escritura).

Somos plasmados pelo Deus, desde os primeiros dias do Paraíso, por Ele criados à Sua imagem e semelhança, agraciados com o Seu divino sopro de vida, como narram as primeiras páginas do Livro de Gênesis.

Somos permanentemente modelados por Deus, como barro na mão do oleiro, para que melhor sejamos, e mais perfeitamente sintonizemos Seus desígnios ao nossos respeito e mais felizes sejamos.

Somos criaturas do Divino Criador, sim, criaturas com todas as limitações inerentes à condição humana, passíveis de todas as imperfeições em todos os sentidos, convivendo com a graça que em nós é derramada abundantemente, mas sem jamais esquecermos, que somos santos e pecadores, com sede e desejo de sermos santos como Deus é Santo, pois este é o Seu desejo mais pleno e belo para a humanidade.

Somos pó, somos barros carregando o tesouro do Espírito em vasos de argilas que somos, como tão bem expressou o Apóstolo Paulo (2 Cor 4,7).

E um dia desfeito nosso corpo mortal, voltaremos a ser pó, porque do pó viemos e ao pó retornaremos. Seremos se cremados, um punhado de cinzas apenas, mas certos de que a alma que em nós habita, para Deus haverá de voltar.

Confiamos e esperamos, porque de Deus vivemos, nos movemos e somos e para Deus haveremos de retornar, no dia de nossa Ressurreição, pois como Ele mesmo o disse: “Eu Sou a Ressurreição e a vida, todo aquele que em mim viver e crer, ainda que esteja morto viverá” (Jo 11, 25-26).

Quando oramos assim devemos nos sentir: pó e cinza, limitados, suplicantes diante de Deus, a onipotência da misericórdia que vem sempre em socorro de nossa finitude e miséria.

É o Amor Uno e Trino que vem ao nosso encontro, e nós somos sedentos de força, amor, luz e graça. Somos os eternos suplicantes da presença da Santíssima Trindade que vem em socorro de nossa fraqueza; vem ao nosso encontro o Amado (Deus Filho), com o Amante (Jesus) e o Amor (o Espírito Santo), como expressou o Bispo Santo Agostinho.

Pó e cinza somos diante da Rocha! Oremos assim, exatamente como Abraão o fez, e nossa oração chegará até Deus, que não desiste de nós porque nos amou e nos criou e quer nos redimir, mas não sem nossa participação.



(1) Missal Dominical - Ed. Paulus - p.1189

“Mestre, ensina-nos a rezar” (XVIIDTCC)

“Mestre, ensina-nos a rezar”

Com a Liturgia da Palavra do 17º Domingo do Tempo Comum (Ano C) aprofundamos sobre o tema da Oração sincera, pura, dialogal, confiante e frutuosa, que nos coloca numa relação filial para com Deus e de irmãos e irmãs entre nós.

A passagem da primeira Leitura (Gn 18,20-32) nos apresenta Abraão como alguém que sabe fazer da Oração um verdadeiro diálogo com Deus. 

Coloca-se diante d’Ele com ousadia e confiança, apresentando suas inquietações, dúvidas, anseios, e procurando captar Sua vontade para a humanidade.

A passagem é uma catequese sobre o peso que o justo e o pecador têm diante de Deus; revela-nos a misericórdia divina que é maior do que a vontade de castigar. 

A vontade que Deus tem de salvar é infinitamente maior do que a vontade de perder: Deus está sempre pronto a nos salvar. É preciso que nos abramos à Sua vontade.

Abraão nos ensina que é possível dialogar com Deus numa forma familiar, confiante, insistente e ousada. Revela-nos um Deus que veio ao encontro da humanidade, entrou em sua tenda, sentou-se à sua mesa, criando vínculos de comunhão, e ainda mais, realizando os sonhos daquele que O acolhe.

Com o pai da fé, aprendemos que Deus é alguém com quem se pode dialogar, com amor e sem temor; com uma Oração que brota de um coração humilde, reverente, respeitoso, confiante, ousado e cheio de esperança.

Abraão não repete palavras vazias e gravadas, sem ressonância na própria vida, mas estabelece com Deus um diálogo espontâneo e sincero.

A passagem da segunda Leitura (Cl 2,12-14), embora não se relacione diretamente ao tema, nos apresenta Jesus Cristo e Sua centralidade na vida de quem crê. Por Ele podemos dirigir ao Pai a nossa Oração, em comunhão com o Espírito Santo, e seremos ouvidos.   

Na passagem do Evangelho de Lucas (Lc 11,1-13), Jesus nos ensina a rezar, de modo que a Oração daquele que crê, deve ser um diálogo confiante, como uma criança em relação ao pai.

Deste modo, a Oração é o espaço do encontro pessoal e íntimo com o Pai e o momento fundamental para o discernimento de Sua Vontade, de Seu Projeto a ser realizado.

A caminho de Jerusalém, Jesus nos ensina a força e a importância da Oração na vida dos Seus seguidores, assim como foi fundamental em todos os grandes momentos decisivos do próprio Jesus, como tão bem nos apresenta o Evangelista Lucas na Eleição dos Doze (Lc 6,12); antes do primeiro anúncio da Paixão (Lc 9,18); na Transfiguração (Lc 9,28-29); após o regresso dos discípulos da missão (Lc 10,21); na última Ceia (Lc 22,32); no Getsemani (Lc 22,40-46); na Cruz (Lc  23, 34-46).

Jesus nos ensina a Oração do "Pai-Nosso" e nos coloca em atitude de diálogo com o Pai, como filhos, e ao mesmo tempo nos põe no caminho da realização do Seu Plano, na construção de um mundo novo, numa comunhão fraterna a ser construída cotidianamente.

Quanto ao conteúdo:

- “Santificado seja o Vosso nome” – que Deus Se manifeste como Salvador aos olhos de todos, através de nossa conduta, marcada pela justiça, bondade e santidade;

- “Venha o Vosso Reino” – que o mundo novo proposto por Jesus se torne uma realidade na vida da humanidade – Reino de amor, verdade, justiça e liberdade;

- “O pão de cada dia nos dai hoje” – Deus nos concede o essencial para vivermos. Oferece o pão material, mas acima de tudo o Pão espiritual. Com Deus nada nos falta. Ele nos dá o próprio Filho, o Pão da Vida que sacia a fome e a sede da humanidade: amor, alegria, perdão, comunhão, fraternidade;

- “Perdão dos pecados” – sem a experiência da misericórdia divina, somos incapazes de perdoar e pedir perdão. Acolhidos pela misericórdia e por ela perdoados, para também acolher e perdoar o irmão que pecou contra nós;

- “Não nos deixeis cair em tentação” – que nosso coração não seja seduzido por felicidades ilusórias e transitórias, mas que pautemos a nossa vida na busca da felicidade duradoura, eterna, a fim de que tenhamos vida plena e feliz.

A Oração do "Pai-Nosso", em síntese, pode ser assim apresentada:

- Que Deus seja reconhecido como Deus: um Pai misericordioso e nos trata como filhos e filhas;

- É um Projeto de Amor que Deus tem para a humanidade;

- Contém três pedidos fundamentais: pão para viver; perdão para amar e liberdade para ficar de pé e pôr-se sempre a caminho.

Pode parecer estranha a afirmação, mas na Escola de Jesus aprendemos a rezar verdadeiramente, em forma e conteúdo; de modo que, a Oração que Jesus nos ensina, transforma a vida de quem a reza e põe em prática.

Não podemos repetir a Sua Oração, sem saborearmos Palavra por Palavra de seu conteúdo vital e irradiador de alegria e luz, que plenifica com a Sua vida e a Sua graça, porque feita sob a ação e presença do Espírito, dirigida confiantemente ao Pai.

Uma Oração verdadeira precisa ser essencialmente Trinitária, nos inserindo nesta comunhão intensa e profunda de Amor.

Com isto, a Oração é, em sua exata medida, um diálogo intenso, profundo com a Trindade Santa, que nos envolve pela presença e ternura divinas.

sábado, 27 de julho de 2024

Deus, rico em misericórdia


Deus, rico em misericórdia

Contemplemos a face misericordiosa de Deus, que se revela num Amor infinito e incondicional pela humanidade, de modo especial pelos pecadores e excluídos.

A passagem do Evangelho está inclusa no capítulo 15 do Evangelho de Lucas, que nos apresenta três Parábolas que comunicam o Amor de Deus derramado sobre os pecadores, sendo a segunda e terceira exclusivas do Evangelista Lucas, e não por acaso, chamado de “Evangelho da ternura divina”, como bem cita o Missal Dominical:

“Lucas, o evangelista da ternura divina multiplica as narrativas que mostram Jesus em busca dos mais abandonados, dos pobres, dos pecadores, realçando assim o próprio fundamento da nossa religião, que é a atitude dos que são arrebatados pelo abismo do Amor de Deus”. (1)

As três Parábolas estão apresentadas no contexto do caminho de Jerusalém, onde Jesus consumará a Sua missão, Paixão, morte e Ressurreição; logo, num contexto muito concreto, em que Jesus é questionado pelos fariseus e escribas pelo fato de andar e comer com os pecadores.

Elas revelam a misericórdia divina, que tem uma lógica diferenciada dos fariseus e escribas (lógica da intolerância e exclusão), pois a misericórdia divina faz novas as criaturas.

Normalmente, são conhecidas como Parábolas da “ovelha perdida”, “moeda perdida” e “filho pródigo”, mas poderiam ser apresentadas de outra forma: a misericórdia e alegria de Deus pelos pecadores que se convertem.

Deus jamais rejeita e marginaliza, ama-nos com Amor de Pai, e esta há de ser a atitude dos discípulos para com os pecadores: amor que vai ao encontro, acolhe e perdoa:

“Não existe verdadeira experiência humana sem intercâmbio, diálogo, confidência, verdadeiro amor recíproco. Só o amor é capaz de transformar, mas com uma condição: que seja gratuito e livre” (2)

Um amor que reintegra e celebra, com alegria, a volta daquele que estava perdido, morto, e encontrado voltou a viver.

As Parábolas expressam a ação divina, que abomina o pecado, mas ama o pecador. A comunidade é chamada a ser testemunha da misericórdia divina e jamais compactuar com o pecado.

Os seguidores de Jesus, que se põem a caminho com Ele, farão sempre uma caminhada de penitência e conversão, sem recriminar e excluir, mas acolhendo os pequenos, pecadores, e também se deixando ser acolhido pelo Amor de Deus.

Amados, acolhidos e perdoados por Deus, tornamo-nos acolhedores e sinais do Seu Amor e do Seu perdão, que recria e faz novas todas as coisas. Verdadeiramente, a misericórdia divina vivida nos faz novas criaturas.

As Parábolas revelam que o Amor divino vai até o fim. Como não transbordar de alegria diante deste Amor que nos ama e nos ama até o fim?

Entremos na alegria de Deus, revelada a nós por Jesus, acolhendo e nos deixando conduzir pela ação do Espírito Santo.

Redimidos pelo Amor Trinitário, preenchidos deste Amor, seremos dele comunicadores, transbordando o mesmo Amor para com o outro, na alegria do perdão dado e recebido.

Desperte em nós um santo desejo, como expressou o Frei Raniero Cantalamessa:

“Quero ser um irmão maior que vai com Jesus em procura do irmão que se afastou; quero ser as mãos de Jesus que levantam quem caiu, quem se enredou nos espinhos do pecado. Talvez algum destes esteja escondido muito perto de mim e eu não tenha percebido” (3)


Reflitamos:

- Sinto este Amor incondicional, irrestrito e eterno de Deus?
- De que modo rejeitar o pecado e não o pecador?

- O que as Parábolas da misericórdia divina nos ensinam?
- Como vivemos a fidelidade e correspondência ao Amor divino?

- Entramos na alegria de Deus, na festa dos reconciliados, dos que estavam perdidos e foram encontrados, dos que estavam mortos e voltaram a viver?

- Em que nos assemelhamos aos fariseus e escribas e sua lógica de recriminação e exclusão?

- Sentimo-nos acolhidos, amados e perdoados por Deus?
- Somos instrumentos de acolhida, amor e perdão divinos?

Finalizando, “Cristo nos revelou um Deus como desejamos. Um Deus que é Amor e misericórdia.“ (3) 

(1)   (2) (4) - Missal Dominical pág. 1236. 
(3). O Verbo se faz Carne – Editora Ave Maria – 2013 - pág. 732

Orgulho e humildade

                                                     

Orgulho e humildade

Sejamos enriquecidos por uma das Conferências de São Doroteu de Gaza (séc. VI), na qual nos fala de duas classes de orgulho, assim como duas espécies de humildade.

“Existem duas classes de humildade, assim como existem duas classes de orgulho: a primeira classe de orgulho consiste em desprezar ao seu irmão, não levando em consideração, como se não fosse nada, e em crer-se superior a ele.

Se não tratamos imediatamente de vigiar-nos com rigor, cairemos pouco a pouco na segunda espécie, que consiste em exaltar-se diante do próprio Deus e atribuir suas boas obras a si mesmo e não a Deus... Devemos lutar contra a primeira classe de orgulho, para não cair lentamente no orgulho total.

Existe também um orgulho mundano e um orgulho monástico. O mundano consiste em crer-se mais do que seu irmão por ser mais rico, mais belo, melhor vestido ou mais nobre do que ele.

Quando percebemos que nos gloriamos nestas coisas, ou que nosso monastério seja maior ou mais rico ou mais numeroso, saibamos que ainda estamos no orgulho mundano. O mesmo acontece quando nos vangloriamos de qualidades naturais, por exemplo: ter uma bela voz ou salmodiar bem, ou ser hábil ou de trabalhar e servir corretamente. Estes motivos são mais elevados que os primeiros, embora ainda se trate de orgulho mundano.

O orgulho monástico consiste em gloriar-se de suas vigílias, de seus jejuns, de sua piedade, de suas observações, de seu zelo, assim como em humilhar-se por vaidade. Tudo isto é orgulho monástico. Se não podemos evitar de orgulhar-nos, convém que este orgulho recaia sobre coisas monásticas e não mundanas.

Explicamos, então, qual é a primeira espécie de orgulho e qual a segunda; também temos definido o orgulho mundano e o orgulho monástico. Mostremos agora quais são as espécies de humildade.

A primeira espécie de humildade consiste em atribuir a Deus as boas obras. Esta é a perfeita humildade dos Santos. Ela nasce naturalmente na alma como consequência da prática dos Mandamentos.

De fato, olhemos, irmãos, as árvores carregadas de frutos: são os frutos que fazem curvar e baixar os galhos. Ao contrário, o galho que não tem frutos se ergue no espaço e cresce direito. Inclusive há certas árvores cujos galhos não dão frutos enquanto se mantém erguidos para o céu, porém, se lhes coloca uma pedra para orientá-los para baixo, então dão fruto. O mesmo acontece com a alma: quando se humilha dá fruto, e quanto mais produz, mais se humilha. Porque quanto mais se aproxima de Deus, mais pecadora se vê.” (1)

Supliquemos ao Senhor que nos liberte de quaisquer sentimentos em que venham a crescer em nós os dois tipos de orgulho: o desprezo ao irmão ou a autoexaltação diante de Deus. Pois quem deles está plenamente imune?

Também suplicamos ao Senhor que acompanhe nossa súplica, para que na fidelidade, como discípulos missionários Seus, nossa vida de fé seja marcada por uma autêntica humildade, tendo o próximo em maior estima, e reconhecer que as boas obras que possamos fazer é pela graça de Deus que em nós age copiosa e incessantemente.

Cuidemos para que nosso coração não seja fecundado pelo germe do orgulho, mas intensamente levedado pelo mais salutar sentimento de humildade, expresso na alegria em servir ao próximo, na mais genuína gratuidade, acompanhada da gratidão à graça de Deus que nos é derramada, e que Ele sempre espera que estejamos abertos e predispostos a recebê-la e corresponder, numa relação intensa e fecunda de amor com Ele.


(1) Lecionário Patrístico Dominical - Editora Vozes - 2013 - pp. 707-708

Coragem na fidelidade ao Senhor

                                                   

Coragem na fidelidade ao Senhor

Disse o Senhor aos Seus discípulos: - "Coragem! Sou Eu. Não tenhais medo!” (Mt 14,27).

Nossa fidelidade ao Senhor Jesus Cristo e com o Reino de Deus por Ele inaugurado, exigem de todos nós “coragem!”. 

Entretanto, não há porque ter medo, pois o Espírito do Senhor está presente em nossa vida, em nossa pequena barca da família, da Igreja.

Por isto é sempre bom ouvir, a cada instante, a Palavra de Jesus, nesta travessia do mar da vida, em que sentimos medo pelo vento que sopra contra a barca: "Coragem! Sou Eu. Não tenhais medo!” (Mt 14,27).

Os ventos contrários são muitos (desemprego, incertezas, banalização da vida, individualismo, prazer sem compromisso, depressão, dependência química, incertezas, abandonos...), por isto é preciso ter coragem de ir contra a corrente para alcançar a verdadeira felicidade.

Cremos que a felicidade é possível quando não desistimos de buscá-la, mas é preciso coragem para ir ao seu encontro, para ir contra a corrente, na certeza de que somente com Jesus, presente na Palavra e na Eucaristia, de modo especialíssimo, é que poderemos alcançá-la, e a muitos apresentá-Lo, com humilde anúncio e corajoso testemunho.

Coragem! Digamos uns para os outros sempre... O Senhor está conosco, caminha conosco, e nada poderá fazer naufragar nossos sonhos e a esperança de que a felicidade é possível; de que um mundo novo pode acontecer, desde que não nos deixemos levar pelos ventos das facilidades que o mundo oferece, com promessas de felicidade que se tornam, com o tempo, vazias e ilusórias.

Coragem! Confiemos sempre no Senhor, o mesmo ontem hoje e sempre. Amém.

Oração a Santa Maria Eterna

 


Oração a Santa Maria Eterna

Oh, Virgem Filha do Deus Criador! Oh, Mãe de Jesus, nosso Salvador! Oh, Esposa do Espírito Santo, Consolador! A nossa Paróquia a venera com o título de Santa Maria Eterna, e por isso vem pedir a vossa intercessão junto à Trindade Santa para que vele sobre nós, alimentando-nos a fé num Deus que Salva e liberta.

Livrai-nos das insídias dos inimigos e fortalecei-nos a cada dia. Ensinai-nos a fazer tudo o que o vosso Filho Jesus nos disser.

Vem, Oh Mãe Santíssima, caminhar conosco e concedei-nos merecer as mais auspiciosas graças concedidas por vosso Filho Jesus. Assim, vos pedimos e confiamos em vossa Maternal proteção para que sejamos verdadeiros discípulos missionários do Evangelho do vosso Filho Jesus, Palavra encarnada do Pai. Amém!

 

Pe. Dilton Maria Pinto - Ano Mariano 2017

Imprimatur: + Jeremias Antônio de Jesus

Em poucas palavras...

                                                      


Povo santo e pecador

“«Enquanto que Cristo, santo e inocente, sem mancha, não conheceu o pecado, mas veio somente expiar os pecados do povo, a Igreja, que no seu próprio seio encerra pecadores, é simultaneamente santa e chamada a purificar-se, prosseguindo constantemente no seu esforço de penitência e renovação» (Lumen Gentium n.8).

Todos os membros da Igreja, inclusive os seus ministros, devem reconhecer-se pecadores (1Jo 1,8-10). Em todos eles, o joio do pecado encontra-se ainda misturado com a boa semente do Evangelho até ao fim dos tempos (Mt 13,24-30).

A Igreja reúne, pois, em si, pecadores abrangidos pela salvação de Cristo, mas ainda a caminho da santificação:

A Igreja «é santa, não obstante compreender no seu seio pecadores, porque ela não possui em si outra vida senão a da graça: é vivendo da sua vida que os seus membros se santificam; e é subtraindo-se à sua vida que eles caem em pecado e nas desordens que impedem a irradiação da sua santidade. É por isso que ela sofre e faz penitência por estas faltas, tendo o poder de curar delas os seus filhos, pelo Sangue de Cristo e pelo dom do Espírito Santo» (São Paulo VI).” (1)

 

 

(1) Catecismo da Igreja Católica – parágrafo n. 827

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