segunda-feira, 16 de setembro de 2024

Jesus, Tu és Aquele...

                                                     

Jesus, Tu és Aquele...
 
No primeiro anúncio de Sua Paixão, Jesus perguntou aos discípulos “E vós, quem dizeis que Eu sou”, e Pedro respondeu: “Tu és o Messias” (Mc 8,29). E nós o que respondemos?
 
Respondamos:
 
Tu és o Salvador do mundo, por Sua Paixão, Morte e Ressurreição, tendo nos amado, nos amaste até o fim, em amor indizível por nós, ainda que pecadores fôssemos.
 
Tu és Aquele que choraste sobre a incrédula Jerusalém e, com isto, preparavas a Sua própria calamidade, predizendo Sua definitiva destruição.
 
Tu és Aquele coroado de espinhos, em vez de palmas e ramos, vestido de púrpura por insano deboche, para nos revestir plenamente com Teu amor.
 
Tu és Aquele que sofreste com toda a paciência, suportando que homens desprezíveis Te batessem, mesmo assim os amaste.
 
Tu és Aquele que foi esbofeteado, cuspido, injuriado, atormentado, flagelado, e levado para a crucifixão, na humilhante morte de Cruz.
 
Tu és Aquele que permitiste ser crucificado entre dois ladrões, sendo contado entre homicidas e malfeitores, ainda que nenhum pecado tivesses cometido.
 
Tu és Aquele que degustaste o vinagre e o fel da vinha perversa, mesmo sendo a verdadeira videira do Pai, e sem o qual nada somos e nada podemos.
 
Tu és Aquele que bebeste o fel, carregando sobre Si a amargura e os desgostos desta vida, mortal e passível.
 
Tu és Aquele que bebeste vinagre, assumindo a natureza deteriorada do homem e a reintegrando ao seu estado primitivo.
 
Tu és Aquele que transformaste a púrpura em sinal de verdadeira realeza; a vara em frágil instrumento da debilidade e fragilidade do poder do diabo.
 
Tu és Aquele que transformaste as bofetadas, injúrias, golpes recebidos, e por nós merecidos, em anúncio da liberdade que nos alcançaste.
 
Tu és Aquele que do lado trespassado pela lança, ao jorrar água e sangue, permitiste que renascêssemos e do Teu Sangue fôssemos redimidos e alimentados: Batismo e Eucaristia.
 
Tu és Aquele que desceste à mansão dos mortos, pelo Pai, jamais abandonado, Ressuscitado, e junto d’Ele, nos enviaste o Teu Espírito para nos conduzir.
 
Tu és Aquele que nos enviaste em missão, para sermos sal da terra e luz do mundo, e bem sabemos, outro plano não tens, e esperamos jamais decepcionar. Amém.
 
 
Fonte inspiradora: Mc 8,27-35; Tratado sobre a Encarnação do Senhor, escrito por Teodoreto de Ciro (séc. V) – in Lecionário Patrístico Dominical – Editora Vozes – 2013 – pp.466-4677
Apropriada reflexão para a passagem do Evangelho de Lucas (Lc 9,18-24; Mt 16,13-20)
 


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