Jesus: “O Cristo de Deus" Na passagem do
Evangelho de Mateus (Mt 16, 13-19), em que Jesus pergunta aos discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?” e “E vós, quem dizeis que Eu sou?” (Mt
16,13.15), e que podemos também contemplar na passagem do Evangelho de Lucas
(Lc 9,18-24). Reflitamos sobre
dois temas fundamentais da vida cristã: Cristo e a Igreja, a partir da pergunta
de Jesus: “Quem sou Eu para vós?”. A passagem do
Evangelho pode ser dividida em duas partes: a primeira, mais cristológica, ou
seja, Jesus é o Filho de Deus; e a segunda, mais eclesiológica, pois retrata a
missão da Igreja confiada a Pedro por Jesus. Jesus
interrogando sobre a Sua identidade não quer medir a Sua quota de popularidade,
ao contrário, quer tornar tudo mais claro para os discípulos, para uma
consciente adesão; e, assim, confirmá-los na missão, confiando a Pedro, em
primeiro plano, esta missão de conduzi-los, por isto lhe são entregues as
chaves do Reino para ligar e desligar. Este é o real
simbolismo da entrega das chaves, mencionado no Evangelho: Jesus nomeia Pedro
como administrador e supervisor da Igreja, com autoridade para interpretar Suas
palavras, bem como de adaptar os ensinamentos às novas necessidades e
situações, e de acolher ou não novos membros na comunidade. Também nós somos
interpelados por Jesus: “Quem sou Eu
para vós?”. A resposta deve
contemplar a realidade: alguém que é mais do que um homem, um ídolo, um
revolucionário, uma pessoa de sabedoria incomum... A nossa resposta
tem que ser a de Pedro: “Tu és o Cristo,
o Filho do Deus Vivo”. Ele é o esperado,
que traz vida para o tempo presente e todo tempo; e mais que isto, para a
eternidade. Somos convidados,
na renovação de nossa fé, a fortalecer nossa pertença à Igreja, revigorando a
dimensão profética e missionária de nossa fé, sem desânimos, fraquezas e
esmorecimentos: “No nosso mundo, onde tudo aparece sempre provisório e discutível, uma
caminhada de fé, sólida precisa de uma referência clara. Por isso, o serviço de
Pedro e dos seus sucessores é preciso e deve ser acolhido como uma
dádiva.” (1) Como discípulos
missionários do Senhor, abismados pelo Amor de Deus, a quem glorificamos e
tributamos toda a honra, glória, poder e louvor, porque possui toda ciência,
riqueza, poder, sabedoria, continuemos o caminho que iniciamos no dia de nosso
Batismo. Bem falou o então
Papa Bento XVI sobre este convite de renovação do encontro pessoal com
Jesus Cristo, quando tomamos a decisão de nos deixar encontrar por Ele, de
procurá-Lo, dia a dia, sem cessar: −“Ao início do ser cristão, não há uma decisão
ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa
que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo” (cf.
n. 7 da EG). Mais que uma
resposta, renovação e adesão e fortalecimento para a missão de discípulos
missionários, para que construamos uma Paróquia com um rosto novo, em contínua
conversão, para que seja comunidade de comunidades, em que se sacia do Pão da
Palavra, da Eucaristia e da Caridade.
Oremos: Pai Santo, fonte de sabedoria,Que no testemunho humilde do Apóstolo PedroColocastes o fundamento da nossa fé,Concedei a todos os homens a luz do Vosso Espírito,Para que, reconhecendo em Jesus de Nazaré,O Filho do Deus vivo, se tornem pedras vivasPara a edificação da Vossa Igreja. Amém.
PS: Fonte de
pesquisa - www.Dehonianos.org/portal
(1) Lecionário
Comentado – p. 183
Oremos:
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