sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Marcas de uma Comunidade Cristã

Marcas de uma Comunidade Cristã

“Aspirai aos dons mais elevados” (1Cor 12,31)

Ó Unidade por Cristo sonhada, querida, rezada:

Há um só corpo, um só Batismo, um só Senhor.
Há algo que tomou o coração e a mente de Paulo:
A construção de relações fraternas na comunidade,
Amadurecidas e testemunhadas pela unidade.

Unidade pelo próprio Cristo sonhada, querida, rezada
Naquele capítulo tão maravilhoso, inesquecível:
“Pai, que todos sejam um, como eu e Tu ó Pai somos um”
Ora por nós, em nós e recebe a nossa Oração.

Ele ora por nós porque é nosso Supremo Sacerdote,
Ele ora em nós como cabeça da Igreja que somos,
Recebe a nossa Oração, porque com Pai e o Espírito,
Maravilhosa Comunhão Trinitária Eterna contemplamos.

Ó Complementaridade por Paulo refletida, anunciada, exortada:

Na página tão bela e tão iluminadora aos Coríntios, e a nós,
O Apóstolo Paulo nos fala da diversidade de dons distribuídos,
Comunidade enriquecida, se não houver apropriação pessoal dos dons,
Verdadeiramente, a nós nada falta se dons infinitos partilhados.

Bela diversidade de dons, carismas e ministérios,
Para tornar credível e anunciável em missão ininterrupta.
Por todo o mundo a mais bela notícia não mais se cala:
Reina o Senhor, Vive o Senhor, somos Suas testemunhas.

Quão mais bela é a comunidade, e assim também o mundo,
Se cada um, por amor, os dons souber disponibilizar, partilhar,
Sem nada para si reter, alegremente multiplicar.
Assim é Deus, quando somamos, Ele multiplica.

Ó subsidiariedade, por Paulo, também implicitamente proclamada:

Cada um fazendo bem e com muito amor o que lhe é próprio,
Sem ciúmes, cobiças, usurpações, procuras de primeiros postos.
Na humildade e simplicidade, doando-se e doando o que se tem de melhor,
Em diálogo, confiança, colaboração recíproca, fale mais alto o Amor.

Dentro e fora da comunidade, sem omissões, perda de tempo...
Economizando tempo nas críticas que nada constroem,
Otimizando o tempo no realizar e no cuidar do que foi confiado,
Porque um dia, todos teremos que contas a Deus prestar.

Como será mais bela a Igreja e também o mundo
Se este simples princípio não for olvidado,
Se nos acompanhar a cada instante,
Pois há um mundo a ser transformado.

Unidade, complementaridade, subsidiariedade,
Compreendidas, vividas, solidificadas,
Comunidade sinal do Reino mais será,
Instrumento de um mundo novo, quem duvidará?

Somente assim o canteiro do coração será preparado
Para a acolhida do dom maior e mais alto
A ser mais do que aspirado, vivido, fortalecido;
Dom maior do amor que também Paulo nos falou.

Quanto mais verdadeiro o amor cristão vivido,
Mais conteúdo sólido e veraz da fé teremos,
Mais largo e eterno será o horizonte da esperança,
Que nos leva a avançar sem medo à pátria futura.

Amém...

O “poder-serviço” deve ser a marca do discípulo do Senhor (XXVDTCB)

                                                             

O “poder-serviço” deve ser a marca do discípulo do Senhor

A Liturgia do 25º Domingo do Tempo Comum (Ano B) nos convida a refletir sobre as condições para o seguimento de Jesus, no acolhimento de Sua Palavra, para anunciá-La e testemunhá-La.

O discípulo de Jesus terá que discernir sempre para pautar a sua vida na “sabedoria de Deus” e não na “sabedoria do mundo”.

A passagem da primeira Leitura (Sb 2,12.17-20) aprofunda sobre a sabedoria de Deus: vivê-la implica em suportar as perseguições, num aparente caminho de fracasso, opondo-se a toda forma de idolatria, numa verdadeira adoração a Deus.

O autor sagrado do Livro mais recente do Antigo Testamento assegura que vale a pena ser justo e fiel aos valores da fé; garante que a fidelidade do justo a Deus não ficará sem recompensa.

A sabedoria de Deus deve ser vivida até a morte, por amor, em relação de serviço, unidade, caridade, verdade, construindo um mundo mais justo e fraterno.

É preciso renunciar a todo orgulho e autossuficiência, pois a vivência da sabedoria do mundo condena ao vazio, à frustração, à depressão, à escravidão e a uma felicidade ilusória, passageira.

Somente a sabedoria de Deus é garantia de uma verdadeira felicidade, realização plena, embora não garanta uma vida fácil, pois mesmo na vida daquele que a vive pode estar presente a calúnia, a perseguição, a tortura e até mesmo o martírio.

Com a passagem da segunda Leitura (Tg 3,16-4,3), refletimos sobre os perigos que destroem uma comunidade: orgulho, ambição, inveja, competição, egoísmo...

O batizado deve viver segundo os critérios de Deus, e, portanto, a necessária vigilância e conversão.  

A opção pela sabedoria do mundo não é um caminho para a realização plena do homem, pois gera somente infelicidade, desordem, guerras, rivalidades, conflitos e mortes.

De outro lado, a sabedoria de Deus deve plenificar o nosso coração e iluminar as nossas decisões. Somente assim nossa Oração será ouvida por Deus, pois a Oração que é movida pela sabedoria do mundo não tem sentido algum.

Na passagem do Evangelho (Mc 9,30-37), Jesus mais uma vez anuncia a Sua Paixão e Morte (2º anúncio), e nos apresenta a verdadeira concepção de poder que os Seus seguidores devem possuir.

O Evangelista nos apresenta Jesus como o Filho de Deus, que oferece Sua vida como dom, por amor a humanidade. Assim também terão que fazer os Seus seguidores; precisarão ter a coragem de viver a lógica de Deus, tão oposta à lógica humana. Deverão ter coragem e disposição para embarcar com Ele na mais bela de todas as aventuras: a aventura do Reino de Deus.

Seguirão um caminho que poderá ter aparência de fracasso, mas terá como palavra última a vitória assegurada pelo Cristo Ressuscitado. A adesão ao Senhor implica em seguir o mesmo caminho que Ele percorreu, portanto o discipulado é essencialmente Pascal, precedido da Paixão e Morte.

Seguir Jesus implicará em viver o “poder-serviço”. Não haverá a busca dos primeiros lugares, mas com humildade cada um se colocar alegre e generosamente a serviço de todos, a partir dos últimos. 

Esta humildade, no entanto, não consiste na virtude do medroso, covarde, medíocre, ao contrário, é preciso ter consciência de que a vida só tem beleza e sabor quando consumida e colocada a serviço do outro. Somente assim se alcança e se saboreia as delícias de uma autêntica “felicidade-doação”.

A criança mencionada no Evangelho representa os frágeis, os sem direitos, os pobres, os indefesos, os insignificantes, os marginalizados. São estes que devem ocupar nossas pautas, mente e coração; é esta realidade que nos incomoda e nos pede compromissos evangélicos de amor e solidariedade.

Resumindo, somos convidados a viver a sabedoria de Deus que passa pela Cruz, que possui aparência de fracasso, mas é certeza de vitória; na doação da própria vida, acolhendo as críticas, as perseguições, as incompreensões (Mt 5,1-12 – as Bem-Aventuranças), numa vida de serviço por amor, alegremente, deixando nossas atitudes e pensamentos moverem-se pelos critérios de Jesus.

Urge que a virtude da humildade se concretize na acolhida e serviço aos pequenos, que são os preferidos de Deus. E como afirmou Jon Konings – “Os humildes despertam a força do amor que dorme no coração do ser humano”.

Cuidando dos preferidos de Deus, estaremos cuidando do próprio Deus (Mt 25 – o julgamento final).

Como Igreja, Povo Eleito do Senhor, sejamos uma comunidade de serviço: serviço de unidade, caridade, verdade; aprendendo a viver a complementaridade e subsidiariedade.

Reflitamos:

 Qual sabedoria pauta nossa vida: a do mundo ou a de Deus?
 O que constrói ou destrói nossas comunidades?

 Qual a nossa alegria em embarcar na aventura do Reino de Deus?
 De que modo o poder é verdadeiramente serviço dentro e fora da Igreja?

- Quem foi eleito para qualquer cargo o exerce com doação, promovendo o bem comum, no compromisso com os últimos de nossa sociedade?
 Todos nós temos algum poder (família, escola, trabalho...). Como o exercemos?

Caminhando em frente, demos mais um passo na fidelidade ao Senhor, com renúncias necessárias, carregando quotidianamente nossa cruz, até que mereçamos a glória e o descanso eterno. Amém.

“A loucura evangélica é a suprema sabedoria” (XXVDTCB)

                                                        

“A loucura evangélica é a suprema sabedoria”

No 25º Domingo do Tempo Comum (ano B) proclamamos a passagem do Evangelho de Marcos (Mc 9, 30-37), que trata do segundo anúncio da Paixão do Senhor, que desconcerta os discípulos, porque compreendem que seguir Jesus implica em viver como Ele; tornar-se como Ele, servos de todos.

Assim nos diz o comentário do Missal:

“... A experiência deveria mostrar que a suposta loucura evangélica é a suprema sabedoria. A cobiça, a intolerância, a inveja, a submissão aos instintos humanos de posse e de domínio, sempre geraram guerras e conflitos, encobertos ou declarados, não só no mundo, mas também nas comunidades cristãs e na própria Igreja.

Os frutos da paz e da justiça amadurecem lentamente, mas com firmeza, quando cada qual, em vez de tentar dominar os outros, torna-se humilde ‘servo de todos’. As comunidades cristãs, a Igreja, ‘serva e pobre’, devem oferecer ao mundo uma imagem da cidade do Alto.” (1)

Que ao celebrar o Mistério da Eucaristia, mais uma vez, alimentados por Ela e pela Palavra proclamada, também nós, discípulos missionários, renovemos sagrados compromissos de nos tornarmos, cada vez mais, como Jesus, nosso Divino Mestre e Senhor.

Deste modo cumpriremos plenamente a Lei Divina impressa nas entranhas de nosso coração, e viveremos o duplo Mandamento do Amor a Deus e ao próximo, e para tanto supliquemos a graça divina necessária, como assim rezamos na primeira Oração da Missa, a Oração da Coleta.


(1) Missal Quotidiano Dominical e Ferial - Editora Paulus - p.1959

PS: oportuno para a passagem do Evangelho de Mateus (Mt 17,22-27)

“Sejamos primeiros para os outros” (XXVDTCB)

                                                            

“Sejamos primeiros para os outros”

Para aprofundamento da Liturgia do 25º Domingo do Tempo Comum (ano B):

A verdadeira autoridade não está em estar acima dos outros, oprimir os outros, na afirmação de si mesmos reduzindo os outros a escravos, clientes ou aduladores; está em ‘ser primeiros para os outros’. Em colocar o que se tem de bom a serviço de todos.

Isto cria a nova grandeza evangélica, que é verdadeira grandeza, porque, se é verdade que ‘os primeiros serão os últimos’, é verdade também que ‘os últimos’ (estes últimos dos quais nos falou o Evangelho serão os primeiros (Mt  20,16)”. (1)

Parece pequena a diferença, mas na verdade é de imensa: é preciso antes “ser primeiro que os outros”, “ser primeiro para os outros”.

Quantas vezes, vemos disputas para ver quem é o melhor, quem chega primeiro, quem tem mais acesso, mais ibope... A lista é interminável.

Na verdade deve ser colocada a questão: primeiro, para dominar ou para servir melhor?

Primeiro que o outro em tudo, para enriquecimento pessoal ou para enriquecimento do outro?

A busca do primeiro que o outro só tem sentido se for movido pelo amor doação, serviço, para que todos tenham vida e vida plena.

Sejamos os primeiros a:

- nos colocar alegremente no carregar da cruz, em solidariedade com os crucificados.

- carregar nossa cruz de cada dia, com renúncias, coragem e fidelidade, testemunhando e ajudando o próximo no carregar de sua cruz, como “Cirineus”, que o mundo tanto precisa...

- promover o bem, a verdade, a justiça, a ética, os valores que, se vividos, tornam o mundo mais belo.

Sejamos os primeiros a estender a mão a quem mais precisa. Primeiro, para amar e servir. Eis a grande lição que Jesus nos dá na passagem do Evangelho (Mc 9, 30-37).


(1) O Verbo Se faz Carne - Raniero Cantalamessa - Editora   Ave Maria - 2013 - p.438

PS: Oportuno para reflexão sobre a passagem do Evangelho de Mateus (Mt 17,22-27; Nc 9,30-37)

Reinamos com o Senhor, quando servimos (XXVDTCB)

                                                    


Reinamos com o Senhor, quando servimos

No segundo anúncio da Paixão de Nosso Senhor (Mc 9,30-37), Jesus diz aos discípulos, que discutiam no caminho, qual seria o maior entre eles, que quisesse ser o primeiro, deveria ser o último de todos, e o servo de todos.

A passagem do Evangelho citada pode ser iluminada com este parágrafo do Catecismo da Igreja Católica (n.786):

“O Povo de Deus participa finalmente da função ‘régia’ de Cristo. Cristo exerce a Sua realeza atraindo a Si todos os homens pela Sua Morte e Ressurreição.

Cristo, Rei e Senhor do Universo, fez-Se o servo de todos, pois ‘não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida como resgate pela multidão’ (Mt 20, 28).

Para o cristão, ‘reinar é servir’, em especial ‘nos pobres e nos que sofrem, nos quais a Igreja reconhece a imagem do Seu Fundador pobre e sofredor’.

O povo de Deus realiza a sua ‘dignidade régia’ vivendo em conformidade com esta vocação de servir com Cristo”. (1)

Assim como veio servir e não ser servido, Jesus deixou este ensinamento para os Seus discípulos, e o fez expressivamente ao lavar-lhes os pés (Jo 13).

Como Igreja, também devemos renovar sempre a alegria e o amor no serviço ao Senhor, na pessoa dos pobres que nos são confiados.

Oremos pelo fortalecimento de nossas Pastorais e Serviços diversos de nossas comunidades, para cada vez mais reinemos com Jesus, colocando-nos, generosamente, em atitude de amor, serviço e doação.

Ainda temos muito que aprender para reinar com Jesus, pois ainda temos muito que nos converter, para que mais expressiva e frutuosa seja nossa generosidade e doação em favor de nosso próximo.

Estamos a caminho. Alegremo-nos e exultemos no Senhor, que nos acompanha nesta maravilhosa graça e missão.



(1) Catecismo da Igreja Católica (n.786)

PS: Oportuno para reflexão sobre a passagem do Evangelho de Mateus (Mt 17,22-27; Mc 9,30-37)

quinta-feira, 19 de setembro de 2024

“Um canto de primavera”

                                                          

“Um canto de primavera”

Uma reflexão à luz da passagem da Carta do Apóstolo Paulo aos Coríntios (2 Cor 5, 14-21), que nos apresenta Jesus, Aquele que nenhum pecado cometeu, e Deus O fez pecado por nós, para nos reconciliar.

Fala-nos do amor de Cristo que nos impele, assim como confessa que seu ministério é movido pelo amor demonstrado por Cristo na morte, e com isto, somos chamados a viver uma vida nova, vida de amor por aqueles que pelos quais Jesus morreu e Ressuscitou:

– “Portanto, se alguém está em Cristo, é uma criatura nova. O mundo velho desapareceu. Tudo agora é novo” (2 Cor 5,17): “Esta página é como um canto de primavera: tudo é novo. Da morte-ressurreição de Cristo tudo renasceu: não podemos olhar os homens como se isso não tivesse acontecido: eles estão envolvidos no amor de Cristo” (1).

Inaugura-se um novo tempo, novas relações, a partir da Sua morte e ressurreição, de modo que “cumpre deixar-se reconciliar, porque Cristo nos amou tanto a ponto de quase identificar-Se com os pecados da humanidade para destruí-los na Cruz, e tornar-nos ‘justos’ e salvadores dos outros. A Eucaristia é nos dada exatamente para isto” (2).

Vivendo tempos difíceis, marcados por crise econômica, ética, moral, somos desafiados a manter viva a esperança, e isto somente é possível se nutrirmos nossa fé n’Aquele que faz novas todas as coisas.

Sua vida marcada pelo amor, serviço e doação da própria vida em favor da humanidade nos desafia a dar razão de nossa esperança, no testemunho da fé e prática da caridade ativa que inaugure novos tempos e novas realidades.

Precisamos acreditar neste “Canto de primavera”, de que as sementes darão flores e frutos em meio a tantos sinais de morte.

Jardineiros da criação que somos, cantar o “canto de primavera” e semear e cultivar as melhores sementes da Palavra ouvida e vivida, para que outros também continuem a cantá-lo.

Jardineiros da criação que não choram nem lamentam o Paraíso perdido, mas acreditam que o Paraíso é possível, como uma interminável obra do Criador que a colocou em nossas mãos.


(1) (2) Missal Cotidiano – Editora Paulus – p. 896

A compaixão do Senhor secará nossas lágrimas

A compaixão do Senhor secará nossas lágrimas

Na noite escura de tua vida,
Vi as lágrimas, como estrelas prateadas,
Verterem sobre o céu de tua face.

Iluminavam a noite dos pesadelos
Dos quais  ninguém pode estar isento.
Hora mais intensa, mas vai passar.

Lágrimas ao consumir-se de dor
Da partida de alguém que se amou
E para sempre e sempre há de se amar.

Reluziam ao expressar sofrimento,
Mas junto com elas a esperança acompanhada
Da superação, reencontro do sentido da vida.

Lágrimas caem para que o corpo não se curve,
Como que os pontos entregando,
Em prostração, sem nenhum passo, estático...

Virá o sol em um novo amanhecer,
Secará tuas e minhas lágrimas:
O brilho do Sol Maior virá ao nosso encontro.

Trará saúde em seus raios em novo amanhecer:
“Mas para vós que temeis o Meu nome,
brilhará o Sol de justiça que tem a cura em seus raios” (Ml 3,20).

Se não suportarmos o peso da cruz, choremos,
Vertamos lágrimas como estrelas prateadas
A iluminar a escuridão dos que nada creem.

Unamos nossas lágrimas ao sangue do Redentor,
Na hora de Sua imensa agonia, morte eminente:
Na solidão, mas na presença do Pai em oração.

“Entrando em agonia, Jesus orava com mais insistência.
Seu suor tornou-Se como gotas de sangue que caiam ao chão”
Unamo-nos à Sua agonia, por amor de nós vivida.

No monte das Oliveiras, Jesus, sozinho e triste,
Sofrendo e empalpando a terra com o seu Sangue.
Sangue divino, resgatando nossa miséria: pó que somos.

Sobre a terra dura, de joelhos perseverando em oração.
Chorando por ti, por mim e por toda a humanidade
Esmagado pelos pecados de todos nós.

Confiante na presença e na onipotência do amor do Pai,
Não desfalece, e em Sua imensa agonia,
Vem um anjo confortá-Lo em Sua humana natureza.

Vertamos lágrimas como estrelas prateadas.
Contemplemos o suor do Divino Redentor.
Quem suportaria tamanho sofrimento?

Quem nos amou tanto assim?
Choremos, supliquemos ao Senhor em todos os momentos.
Não serão em vão nossas lágrimas e o Sangue do Redentor.

Quem sou eu

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG