A compaixão do Senhor secará nossas lágrimas
Na noite escura de tua vida,
Vi as lágrimas, como estrelas prateadas,
Verterem sobre o céu de tua face.
Iluminavam a noite dos pesadelos
Dos quais ninguém pode
estar isento.
Hora mais intensa, mas vai passar.
Lágrimas ao consumir-se de dor
Da partida de alguém que se amou
E para sempre e sempre há de se amar.
Reluziam ao expressar sofrimento,
Mas junto com elas a esperança acompanhada
Da superação, reencontro do sentido da vida.
Lágrimas caem para que o corpo não se curve,
Como que os pontos entregando,
Em prostração, sem nenhum passo, estático...
Virá o sol em um novo amanhecer,
Secará tuas e minhas lágrimas:
O brilho do Sol Maior virá ao nosso encontro.
Trará saúde em seus raios em novo amanhecer:
“Mas para vós que temeis o Meu nome,
brilhará o Sol de justiça que tem a cura em seus raios” (Ml
3,20).
Se não suportarmos o peso da cruz, choremos,
Vertamos lágrimas como estrelas prateadas
A iluminar a escuridão dos que nada creem.
Unamos nossas lágrimas ao sangue do Redentor,
Na hora de Sua imensa agonia, morte eminente:
Na solidão, mas na presença do Pai em oração.
“Entrando em agonia, Jesus orava com mais insistência.
Seu suor tornou-Se como gotas de sangue que caiam ao chão”
Unamo-nos à Sua agonia, por amor de nós vivida.
No monte das Oliveiras, Jesus, sozinho e triste,
Sofrendo e empalpando a terra com o seu Sangue.
Sangue divino, resgatando nossa miséria: pó que somos.
Sobre a terra dura, de joelhos perseverando em oração.
Chorando por ti, por mim e por toda a humanidade
Esmagado pelos pecados de todos nós.
Confiante na presença e na onipotência do amor do Pai,
Não desfalece, e em Sua imensa agonia,
Vem um anjo confortá-Lo em Sua humana natureza.
Vertamos lágrimas como estrelas prateadas.
Contemplemos o suor do Divino Redentor.
Quem suportaria tamanho sofrimento?
Quem nos amou tanto assim?
Choremos, supliquemos ao Senhor em todos os momentos.
Não serão em vão nossas lágrimas e o Sangue do Redentor.
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