O Senhor nos chama, qual a nossa
resposta?
Na
passagem do Evangelho de Mateus (Mt 21,28-32), encontramos a Parábola dos dois filhos, mais uma vez leva-nos a refletir sobre a alegria e
graça de trabalhar na Vinha do Senhor.
Para
além da aparente singeleza da Parábola, há um conflito muito forte que deve ser
percebido.
Jesus
está em Jerusalém, onde culminará Sua missão, cenário de Sua Paixão e Morte.
Mais precisamente está no Templo, que é o centro do poder político, econômico e
ideológico daquela época e Se dirige ao chefe dos sacerdotes (poder religioso
ideológico) e aos anciãos do povo (poder econômico), ou seja, os líderes
religiosos judaicos que se constituirão nos opositores e principais sujeitos de
Sua morte.
A
Parábola fala de um filho que disse sim ao pai e não foi para a vinha (que são
os próprios acima descritos). De outro lado o filho que disse não e foi para a
vinha são os pecadores, as prostitutas, os marginalizados, os publicanos que se
abriram à Boa-Nova de Jesus. Trata-se de Parábolas de confronto e de
conflito entre o Mestre da Justiça e os promotores da sociedade injusta.
Mais
tarde, Mateus aplicará a Parábola na recusa dos Judeus e no acolhimento por
parte dos pagãos à Boa Nova de Jesus.
Com
a Parábola, Jesus nos ensina que todos somos chamados para trabalhar na Vinha.
Não há lugar para o imobilismo, a preguiça, o comodismo, a autossuficiência, o
egoísmo.
Não
basta assentar-se nos bancos das Igrejas e pregar em seus púlpitos. É preciso
testemunhar a Palavra que se anuncia, que se proclama. Testemunhá-la com toda
nossa fragilidade, imperfeição, dando o melhor de nós onde quer que
estejamos.
É preciso por em prática a Fé, a Esperança e a Caridade que temos. Dar, incansavelmente, provas concretas de nosso amor. Como uma mãe que diz ao filho: “Pára de me dizer que gosta de mim. Prova-me!” . Fácil é dizer, é preciso viver, dar o melhor de nós, simplesmente por amor.
Abramo-nos
ao questionamento de Nosso Senhor, para que nosso “sim” a Deu seja um “sim”
vivo e verdadeiro, denso de conteúdo e compromissos.
Tenhamos
Jesus como modelo de vida, tenhamos a coragem de imitá-Lo, pois Ele chegou à
glória, passando pela Cruz; desceu ao poço mais profundo da miséria e solidão
humana para ser exaltado, glorificado e “diante d’Ele todo joelho se
dobre e toda língua proclame que Ele é o Senhor” (Fl 2,11).
Embora
sem méritos, o Senhor nos chamou para trabalhar em Sua vinha.
Reflitamos:
- Qual é a nossa resposta ao chamado do Senhor para trabalhar em sua vinha?
- Qual é a nossa resposta ao chamado do Senhor para trabalhar em sua vinha?
-
Quais as conversões que devemos realizar em nossa vida, para melhor
corresponder aos desígnios de Deus e caminhar rumo aos horizontes de uma
sociedade justa e fraterna?
-
O que significa dizer “sim” a Deus? Somente a procura dos Sacramentos não
basta.
-
Como vivo os Sacramentos que celebro e qual o conteúdo vivencial da Palavra que
escuto?
Procuremos
a mais perfeita coerência entre o que cremos e o que vivemos, para que o mundo
veja Cristo em nós, e como o Apóstolo Paulo, digamos:
“E já não sou eu que vivo: é Cristo que vive em
mim. E a vida que vivo agora na carne, eu a vivo pela fé no Filho de Deus, que
me amou e Se entregou a Si mesmo por mim.” (Gl 2,20)
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