Indefinibilidade do amor...
Assim conclui a reflexão do Missal Cotidiano, quando se proclama o trecho da Carta de São Paulo aos Romanos (Rm 13,8-10):
“O amor não se define, vive-se. Importa amar para ver claro. E se quisermos que algum outro veja claro, a única estratégia eficiente é amá-lo sem condições, como a nós mesmos. Deus é Aquele que ama primeiro: ama-nos antes de nós mesmos...”
Lembramos as Palavras do Apóstolo aos Romanos: ”A caridade é a plenitude da lei” (Rm 13,10).
Também somos enriquecidos pelo seu memorável texto sobre o amor, que encontramos na Primeira Carta aos Coríntios 13.
Um texto indiscutivelmente inspirador de tantos outros, para cristãos ou não.
Remete-nos a Luiz Vaz de Camões (1524-1580), grande poeta da língua portuguesa e sua ímpar poesia:
“Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;É dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?”
Lembramos “Monte Castelo”, do grupo Legião Urbana, que fez uma releitura musical dos textos acima!
Bíblia, poesia e música: que nossa alma se eleve para amar, sem procura de definições conceituais.
Amar na bela e plena medida como Cristo amou e nos ama...
Amor não se define, vive-se!
Contemplemos o amor que se concretiza
Em múltiplas expressões e relações.
Contemplemos o amor que se eterniza
Em versos, sonetos e belas canções.
Contemplemos o amor que nos eterniza,
Porque condição e meta do existir.
Contemplemos o amor, que nos nutre
E fortalece para tudo que há de vir!
Ah! indefinibilidade do amor!
Ah! inesgotabilidade do amor!
Sobretudo o amor de Nosso Senhor!
que possui o mais belo esplendor! Amém.
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