quinta-feira, 19 de setembro de 2024

Oremos pelos Bispos (2)


Oremos pelos Bispos (2)

Oremos:

Ó Deus, Vós nos chamastes para o Ministério Episcopal, não por causa de nossas forças, méritos e capacidades tão apenas humanas, mas até mesmo o contrário, e por isto nos conduzis e nos assistis com Vosso Santo Espírito.

Creio que nos chamastes, ó Deus, para sermos sinal de Vossa presença, como zelosos pastores, para junto a tantos colaboradores, presbíteros, diáconos, religiosos, religiosas, cristãos leigos e leigas nos coloquemos como alegres servidores de Vosso rebanho.

Contamos, portanto, ó Deus, com a indispensável ação e presença do Espírito, que nos conduz e nos ilumina na realização do tríplice múnus de ensinar, santificar e governar. Amém.

Oremos pelos Bispos (3)

Oremos pelos Bispos (3) 

Ó Deus, Vós que nunca abandonais o Vosso Povo, concedei a todos os Bispos a graça de serem como Vosso Amado Filho, zelosos pastores e sentinelas do Vosso rebanho. 

Ó Deus, que iluminados pelo Vosso Espírito, perfeitamente configurados ao Sagrado coração do Vosso Filho, a voz dos Bispos acompanhadas de ações, seja pelo rebanho conhecida, ouvida e vivida. 

Ó Deus, que todos os Bispos sejam expressão concreta do Vosso amor, no ensinar, santificar e conduzir Vosso povo no caminho e único caminho que é o próprio Jesus. 

Ó Deus, conduzidos pelo Espírito Santo, firmem os passos no anúncio e testemunho de Vossa Palavra, que arde em seus corações, quando a ela se abrem e se deixam seduzir, para que ao proclamá-la, no coração do rebanho também faça inflamar e seduzir. 

Ó Deus, livrai-os de toda insensatez, para que não sejam mercenários, abandonando ou não cuidando devidamente do rebanho por Vós confiado, e que as duras palavras do Profeta Zacarias (Zc 11,17)  não sejam jamais esquecidas: 

“Ai do pastor insensato, que abandona as ovelhas! Que a espada esteja sobre o seu braço e sobre o seu olho direito! Que seu braço seque completamente e que seu olho direito se obscureça totalmente”. Amém.

 

Em poucas palavras...

                                                      

                                

                                   Pecadores que somos...

Pecadores que somos, sejamos acolhidos pela misericórdia divina, estendendo nossas mãos para as Mãos Misericordiosas do Pai, que sempre acolhe e abraça, assim como puderam experimentar a pecadora surpreendida em adultério, e aquela que ao Senhor muito amou, e aos Seus pés se prostrou, através de Jesus Cristo, a face misericordiosa de Deus.  (cf. Jo 8,1-11; Lc 7,36-50).

“O Amor jamais passará”

                                                              

“O Amor jamais passará”

“Agora, portanto, permanecem estas três coisas:
a fé, a esperança e o amor. A maior delas, porém, é o amor.”
(1Cor 13, 13)

Senhor Jesus, aprendemos, com o discípulo que amáveis,
Que não quereis que sejamos Vossos servos tão apenas,
Quereis muito mais: que sejamos Vossos amigos.
Quereis conosco uma relação de intimidade e comunhão.

Bem sabemos que o servo trabalha,
E vive em função de um justo salário,
Sem compromissos maiores com o seu senhor,
Além do vínculo do trabalho, de formais responsabilidades.

Sois nosso Amigo Maior, de todos os amigos que tenhamos.
Um Amigo que Se comprometeu com a humanidade,
Amando, e a vida entregando no trono da Cruz;
Amor total, pleno, irrenunciável e incondicional.

Queremos ser Vossos sinceros amigos,
Crendo nos valores pelos quais morrestes,
Na sedução necessária por Vossa Pessoa e Palavra,
Comprometidos pela Boa Nova do Vosso Reino.

Senhor, contando com a Vossa divina presença,
E com o Espírito Santo Paráclito de Deus,
No bom combate da fé, que nos impele,
Darmos, com amor, razões de nossa esperança.

Senhor, que amigos Vossos para sempre sejamos;
Comprometidos convosco, sem medos e recuos,
Colocando nossos dons a serviço da vida plena,
Empenhados na construção da civilização do amor.

Amor que não fala, Amor que apenas ama.
Amor ágape, Amor que cria laços indestrutíveis,
Quando selado e nutrido pelo Pão de imortalidade,
Recebido e celebrado em cada Mesa da Eucaristia.

Que vivamos o Vosso autêntico Amor,
Pelo Apóstolo eternamente cantado,
Na inesquecível Carta aos Coríntios:
O Amor que basta a si mesmo, 
Amor que jamais passará.

Em poucas palavras...

                                                                 

                                

                                   Pecadores que somos...

Pecadores que somos, sejamos acolhidos pela misericórdia divina, estendendo nossas mãos para as Mãos Misericordiosas do Pai, que sempre acolhe e abraça, assim como puderam experimentar a pecadora surpreendida em adultério, e aquela que ao Senhor muito amou, e aos Seus pés se prostrou, através de Jesus Cristo, a face misericordiosa de Deus.  (cf. Jo 8,1-11; Lc 7,36-50).

O “poder-serviço” deve ser a marca do discípulo do Senhor (XXVDTCB)

                                                             

O “poder-serviço” deve ser a marca do discípulo do Senhor

A Liturgia do 25º Domingo do Tempo Comum (Ano B) nos convida a refletir sobre as condições para o seguimento de Jesus, no acolhimento de Sua Palavra, para anunciá-La e testemunhá-La.

O discípulo de Jesus terá que discernir sempre para pautar a sua vida na “sabedoria de Deus” e não na “sabedoria do mundo”.

A passagem da primeira Leitura (Sb 2,12.17-20) aprofunda sobre a sabedoria de Deus: vivê-la implica em suportar as perseguições, num aparente caminho de fracasso, opondo-se a toda forma de idolatria, numa verdadeira adoração a Deus.

O autor sagrado do Livro mais recente do Antigo Testamento assegura que vale a pena ser justo e fiel aos valores da fé; garante que a fidelidade do justo a Deus não ficará sem recompensa.

A sabedoria de Deus deve ser vivida até a morte, por amor, em relação de serviço, unidade, caridade, verdade, construindo um mundo mais justo e fraterno.

É preciso renunciar a todo orgulho e autossuficiência, pois a vivência da sabedoria do mundo condena ao vazio, à frustração, à depressão, à escravidão e a uma felicidade ilusória, passageira.

Somente a sabedoria de Deus é garantia de uma verdadeira felicidade, realização plena, embora não garanta uma vida fácil, pois mesmo na vida daquele que a vive pode estar presente a calúnia, a perseguição, a tortura e até mesmo o martírio.

Com a passagem da segunda Leitura (Tg 3,16-4,3), refletimos sobre os perigos que destroem uma comunidade: orgulho, ambição, inveja, competição, egoísmo...

O batizado deve viver segundo os critérios de Deus, e, portanto, a necessária vigilância e conversão.  

A opção pela sabedoria do mundo não é um caminho para a realização plena do homem, pois gera somente infelicidade, desordem, guerras, rivalidades, conflitos e mortes.

De outro lado, a sabedoria de Deus deve plenificar o nosso coração e iluminar as nossas decisões. Somente assim nossa Oração será ouvida por Deus, pois a Oração que é movida pela sabedoria do mundo não tem sentido algum.

Na passagem do Evangelho (Mc 9,30-37), Jesus mais uma vez anuncia a Sua Paixão e Morte (2º anúncio), e nos apresenta a verdadeira concepção de poder que os Seus seguidores devem possuir.

O Evangelista nos apresenta Jesus como o Filho de Deus, que oferece Sua vida como dom, por amor a humanidade. Assim também terão que fazer os Seus seguidores; precisarão ter a coragem de viver a lógica de Deus, tão oposta à lógica humana. Deverão ter coragem e disposição para embarcar com Ele na mais bela de todas as aventuras: a aventura do Reino de Deus.

Seguirão um caminho que poderá ter aparência de fracasso, mas terá como palavra última a vitória assegurada pelo Cristo Ressuscitado. A adesão ao Senhor implica em seguir o mesmo caminho que Ele percorreu, portanto o discipulado é essencialmente Pascal, precedido da Paixão e Morte.

Seguir Jesus implicará em viver o “poder-serviço”. Não haverá a busca dos primeiros lugares, mas com humildade cada um se colocar alegre e generosamente a serviço de todos, a partir dos últimos. 

Esta humildade, no entanto, não consiste na virtude do medroso, covarde, medíocre, ao contrário, é preciso ter consciência de que a vida só tem beleza e sabor quando consumida e colocada a serviço do outro. Somente assim se alcança e se saboreia as delícias de uma autêntica “felicidade-doação”.

A criança mencionada no Evangelho representa os frágeis, os sem direitos, os pobres, os indefesos, os insignificantes, os marginalizados. São estes que devem ocupar nossas pautas, mente e coração; é esta realidade que nos incomoda e nos pede compromissos evangélicos de amor e solidariedade.

Resumindo, somos convidados a viver a sabedoria de Deus que passa pela Cruz, que possui aparência de fracasso, mas é certeza de vitória; na doação da própria vida, acolhendo as críticas, as perseguições, as incompreensões (Mt 5,1-12 – as Bem-Aventuranças), numa vida de serviço por amor, alegremente, deixando nossas atitudes e pensamentos moverem-se pelos critérios de Jesus.

Urge que a virtude da humildade se concretize na acolhida e serviço aos pequenos, que são os preferidos de Deus. E como afirmou Jon Konings – “Os humildes despertam a força do amor que dorme no coração do ser humano”.

Cuidando dos preferidos de Deus, estaremos cuidando do próprio Deus (Mt 25 – o julgamento final).

Como Igreja, Povo Eleito do Senhor, sejamos uma comunidade de serviço: serviço de unidade, caridade, verdade; aprendendo a viver a complementaridade e subsidiariedade.

Reflitamos:

 Qual sabedoria pauta nossa vida: a do mundo ou a de Deus?
 O que constrói ou destrói nossas comunidades?

 Qual a nossa alegria em embarcar na aventura do Reino de Deus?
 De que modo o poder é verdadeiramente serviço dentro e fora da Igreja?

- Quem foi eleito para qualquer cargo o exerce com doação, promovendo o bem comum, no compromisso com os últimos de nossa sociedade?
 Todos nós temos algum poder (família, escola, trabalho...). Como o exercemos?

Caminhando em frente, demos mais um passo na fidelidade ao Senhor, com renúncias necessárias, carregando quotidianamente nossa cruz, até que mereçamos a glória e o descanso eterno. Amém.

“A loucura evangélica é a suprema sabedoria” (XXVDTCB)

                                                        

“A loucura evangélica é a suprema sabedoria”

No 25º Domingo do Tempo Comum (ano B) proclamamos a passagem do Evangelho de Marcos (Mc 9, 30-37), que trata do segundo anúncio da Paixão do Senhor, que desconcerta os discípulos, porque compreendem que seguir Jesus implica em viver como Ele; tornar-se como Ele, servos de todos.

Assim nos diz o comentário do Missal:

“... A experiência deveria mostrar que a suposta loucura evangélica é a suprema sabedoria. A cobiça, a intolerância, a inveja, a submissão aos instintos humanos de posse e de domínio, sempre geraram guerras e conflitos, encobertos ou declarados, não só no mundo, mas também nas comunidades cristãs e na própria Igreja.

Os frutos da paz e da justiça amadurecem lentamente, mas com firmeza, quando cada qual, em vez de tentar dominar os outros, torna-se humilde ‘servo de todos’. As comunidades cristãs, a Igreja, ‘serva e pobre’, devem oferecer ao mundo uma imagem da cidade do Alto.” (1)

Que ao celebrar o Mistério da Eucaristia, mais uma vez, alimentados por Ela e pela Palavra proclamada, também nós, discípulos missionários, renovemos sagrados compromissos de nos tornarmos, cada vez mais, como Jesus, nosso Divino Mestre e Senhor.

Deste modo cumpriremos plenamente a Lei Divina impressa nas entranhas de nosso coração, e viveremos o duplo Mandamento do Amor a Deus e ao próximo, e para tanto supliquemos a graça divina necessária, como assim rezamos na primeira Oração da Missa, a Oração da Coleta.


(1) Missal Quotidiano Dominical e Ferial - Editora Paulus - p.1959

PS: oportuno para a passagem do Evangelho de Mateus (Mt 17,22-27)

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