segunda-feira, 13 de maio de 2024

O véu da noite e os raios do sol

                                                             

O véu da noite e os raios do sol

Aquela noite não foi surpresa para ti,
Porque acompanhaste cada passo do teu Filho,
Antes mesmo d’Ele dar os primeiros passos.

Aquela noite foi mais um trespassar da espada,
Em tua sofrida e silenciosa alma, ferida de amor,
Na fidelidade a Deus, desde aquele teu silêncio e “Sim”.

Aquela noite foi a mais difícil de suportar,
O véu da noite caiu silenciosamente,
Como que te encobrindo e protegendo de dor e sofrimento.

Naquela noite, as lágrimas que em tua face vertiam,
Brilhavam pelo efeito das estrelas que o céu cobria.
Cada lágrima, uma luz acesa a iluminar a escuridão do mundo.

No dia seguinte, em silêncio, toda contida,
À espera da promessa da Ressurreição ao terceiro dia,
A cada minuto esta esperança crescia.

Silêncio sempre tomando conta do teu imaculado coração,
Coração de mãe, mulher em Deus confiante e cheia de esperança:
Não pode vencer para sempre o mal, nem a morte ter última palavra.

Naquele amanhecer do terceiro dia, os raios brilharam mais fortes.
E não surpresa foi para ti, pois sabes bem em quem confias.
Mais fortes, porém, foram os Raios do Sol Nascente, Ressuscitado.

Naquele amanhecer, teus olhos brilharam bem mais fortes,
Resplandecendo a alegria da gloriosa Ressurreição de teu Filho.
Teus lábios, que cantaram o Magnificat, não cantaram em vão.

Naquele amanhecer, a alegria transbordante em teu coração;
Com os discípulos do Senhor, para sempre haverá de caminhar,
Por isto és por todo o sempre, a Estrela da Evangelização.

Contigo, ó Maria, reaprendemos sempre novas e eternas lições:
Ao cair o véu da noite, nos ensinaste a coragem, confiança e serenidade.
Ao nascer do novo dia, com os raios do sol, a esperança, a alegria, a Ressurreição.

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG