E agora me digam... João, Pedro e Maria
Sob uma árvore,
sol escaldante, cansaço me consumiu forças do caminho.
Uma parada para
refletir sobre o Mistério da fé na Ressurreição do Senhor.
Hipotético
diálogo com Maria Madalena, Pedro e o discípulo Amado, João.
Maria Madalena, não houvesse o
Senhor Ressuscitado, como se sentiria?
- “Meus sonhos
teriam sido com Ele enterrados. Para sempre lembraria de Suas palavras que me
deram razão para novo viver. Não teria muito a fazer.
Apenas memória
de alguém que teria passado e para sempre ficado em minha vida.
Mas não, Ele
Ressuscitou, eu creio, vive para sempre quem tanto amei, e não posso d’Ele
deixar de falar, como assim o fiz ao correr ao encontro dos discípulos (cf. Jo
20,1-21).
Senti que era
apenas o começo de minha missão, em resposta d’Aquele que ocupou o mais
profundo das entranhas de meu coração, com Seu olhar de ternura, acolhida e
Palavra que nos liberta de todos os espíritos (tinha sete - totalidade).
Quem mais poder
tem que o meu Senhor? Amém. Aleluia!”
João, você, o discípulo amado, não houvesse o Senhor Ressuscitado, como se sentiria?
“Ficariam as
lembranças dos sinais que vi com meus olhos. Recordaria aquele momento
memorável quando reclinei em Seu peito, em expressão de afeto e sincera
amizade.
Lembraria também
do Tabor, como momento memorável, mas uma página apenas para ser lembrada. (Mt
17,1-9).
Reviveria a
tragicidade daquele momento aos pés da cruz com Sua Mãe, quando a me confiou
como Mãe (cf. Jo 19,25-34).
Faria como me
pediu, mas sem a compreensão de Suas Palavras e de Seu cuidado com o rebanho,
que não pereceria sem pastores, tão pouco, sem uma Mãe, Maria, com quem pude
compartilhar alguns memoráveis momentos.
Mas não! Ele
Ressuscitou! Não pude guardar contido e escondido todo amor que por Ele senti,
pois ninguém ama como Ele ama, e é este amor que haveremos de viver e
testemunhar, pois tão somente quem ama conhece a Deus, e viverá na Verdade e na
Luz, que é Ele próprio. Amém. Aleluia!”
Pedro, não houvesse o Senhor
Ressuscitado, como se sentiria?
“Irreversivelmente
condenado ao peso da consciência culposa de tê-Lo, por três vezes o negado,
ainda que o conhecesse, e com Ele vivesse.
Teria sem Ele
outras vezes, insucessos de pescas frustradas com redes vazias.
Não creria mais
em minhas confissões de fidelidade e perseverança, de modo que nem em meus
projetos poderia dar crédito.
Teria o
sentimento de renegação, impossível de ser curado, permanecendo para sempre não
somente as cicatrizes da negação, mas a vergonha e mediocridade criado raízes
para sempre, irreversivelmente vivas, em meu coração.
Mas não. Ele
Ressuscitou. Minhas chagas de traição, pelas Chagas Gloriosas, foram curadas.
Ele me deu a
possibilidade de viver a compunção de meu pecado, e as lágrimas vertidas na
face, também puderam lavar as máculas que teimavam permanecer para sempre em
minha alma.
Como houvera
feito tríplice negação, antes de o galo cantar, como Ele dissera, tive a graça
de declarar, da mesma forma, de modo tríplice, por Ele, meu amor - “Senhor, Tu
sabes tudo. Tu sabes que Te amo” (cf. Jo 21, 15-19)
E agora,
“pescador de homens” que me fez, cumpro a missão por Ele a mim confiada. As
chaves em minhas mãos, peregrinando na esperança de que possa corresponder ao
que Ele espera de mim, com a presença do Espírito Santo, a nós comunicado.
Amém. Aleluia!”
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