As
cicatrizes do Ressuscitado
No
2º Domingo da Páscoa, ouvimos a passagem do Evangelho de João (Jo 20,19-31).
Sejamos
enriquecidos por este trecho do Sermão de Santo Agostinho (séc. V).
“Não
lhes bastou vê-Lo com os próprios olhos: quiseram apalpar com as mãos seu corpo
e as cicatrizes das feridas recentes; até o ponto de que o discípulo que tinha
duvidado, tão prontamente como tocou e reconheceu as cicatrizes, exclamou: ‘Meu
Senhor e Meu Deus!’
Aquelas cicatrizes eram as credenciais d’Aquele que tinha curado as feridas dos
demais.
O
Senhor não podia ressuscitar sem as cicatrizes? Sem dúvida, mas sabia que no
coração de seus discípulos ficavam feridas que haveriam de ser curadas pelas
cicatrizes conservadas em seu corpo. E o que respondeu o Senhor ao discípulo
que, reconhecendo-O por seu Deus, exclamou: meu Senhor e meu Deus’? Disse-lhe: ‘Crestes
porque me vistes? Bem-aventurados os que creram sem terem visto’....”
(1)
Como
discípulos missionários do Senhor, façamos nossa profissão de fé no Cristo glorioso,
Ressuscitado, e sejamos os bem-aventurados que creem sem nunca terem visto o
Senhor.
O
Círio Pascal, que acendemos na Vigília Pascal, lembra-nos que Jesus Cristo
Ressuscitado é o princípio e o fim (Alfa e ômega), o mesmo ontem e hoje, e a
Ele o tempo e a eternidade, a glória e o poder, pelos séculos sem fim.
Contemplemos
as Chagas Gloriosas do Senhor, suas credenciais, as cicatrizes de Seu corpo
glorioso, como nos falou o bispo, e sejam elas a cura de nossas feridas de nomes
diversos.
Contemplando
as Chagas Gloriosas do Senhor, revigorados na fé, fortalecidos na esperança,
sejamos inflamados na caridade, comprometidos com quem padece as chagas no
corpo, como a fome, abandono, exilados de suas terras e raízes...
Com Tomé, também digamos – “Meu Senhor e Meu Deus”, e como Tomé,
que derramou seu sangue por amor ao Senhor, tenhamos a coragem para ser testemunhas
do Ressuscitado. Amém. Aleluia
Nenhum comentário:
Postar um comentário