segunda-feira, 22 de abril de 2024

As quatro portas do Templo

                                                                 

As quatro portas do Templo

“Eu sou a porta. Quem entrar por mim será salvo;
 entrará e encontrará pastagem” (Jo 10, 9)

Bem sabemos que a função essencial de uma porta é entrada e saída. Valendo-se de uma linguagem figurada, o Evangelista João nos apresenta Jesus como “a Porta”.

A Parábola adaptada de “Henri Denis”, muito pode nos ajudar a renovar o dinamismo da nossa vocação, sobretudo, quando vamos celebrar o Dia Mundial de Orações pelas Vocações.

A Igreja é um templo com quatro portas:
Jesus de Nazaré, o Cristo, é a sua pedra angular.

O templo do Deus Vivo (Igreja) foi edificado com pedras vivas, e os alicerces colocados sobre esta Pedra são:
A fé de Maria, o ensino dos Apóstolos.  
Esta construção é permanente. 

A entrada no templo se dá através de duas portas:
Mistério e Instituição.

Porém, quem entra no templo, é logo convidado a sair, de modo que as portas de saída também são duas:
Missão e Reino.

O Templo não é um cofre, nem uma arca, nem um “bunker”, e nele se entra para sair e se sai para entrar.

Não é também um paraíso, nem uma mera ponte ou um edifício ornamental. Nele notamos admirável dinamismo, onde se harmoniza o aparentemente contraditório, de modo que todos estão a caminho, em permanente movimento.

No templo, há dois eixos:
- O centrípeto, para o qual conduzem as portas de entrada
(criam comunhão e identidade);
- O centrífugo, para o qual conduzem as portas de saída (responsável pela dispersão da Igreja e sua missão no mundo).

Cada um pode escolher, para começar, a porta de que mais gostar, a que lhe pareça mais fácil e acessível, mas com a condição de ir buscar em seguida as chaves das outras portas.

Um templo com quatro portas, assim é a Igreja:
Mistério, Instituição, Missão e Reino.

Como Igreja por Cristo edificada sobre a fé de Pedro (Mt 16,18),  celebramos o Mistério maior da presença de Deus em nosso meio, e o Seu Amor Eterno, na Nova e Eterna Aliança celebrada na Eucaristia.

Como Igreja, somos enviados em missão, com a presença e ação do Espírito Santo, como nos enviou do Pai, o Ressuscitado para participar da construção do Reino de Deus:
Um Reino de amor, justiça, paz, fraternidade, verdade, liberdade, santidade e paz...

Oremos:

“Velai com solicitude, ó Bom Pastor, sobre o Vosso rebanho
e concedei que vivam nos prados eternos as ovelhas
que remistes pelo Sangue do Vosso Filho.
Que vive e reina para sempre. Amém”


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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG