sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

Clamores que sobem aos céus

 


Clamores que sobem aos céus

 "Javé disse:  Eu vi muito bem a miséria do meu povo que está no Egito. Ouvi o seu clamor contra seus opressores, conheço os seus sofrimentos" (Ex 3, 7)

 

Silêncio prolongado...

Sombra escura a Terra cobre.

 

Ouçamos os clamores mais profundos,

Bem como aqueles que ultrapassam as estrelas...

 

É preciso ouvir agora os clamores,

De quem não mais força tem para clamar.

 

Forças exauridas, sonhos pisoteados,

Sentido de viver, como vidros, despedaçados.

 

Clamores de quem viu amados partirem para sempre,

Sem a possibilidade de um adeus, sequer.

 

Clamores e gemidos da criação em dores de parto,

Que não suporta tamanha exploração, depredação.

 

Silêncio para discernir o que deve ou não ser ouvido,

Para pisotearmos e enterrarmos o que não nos faz felizes.

 

Silêncio, clamores, escuta, respostas solidárias multiplicadas:

A sombra escura haverá de ceder à Luz que vem do alto.

 

Como nuvem escura de chuva a cair suavemente,

Preanunciando a suave brisa de novos tempos...

 

Sonho, fantasia, imaginação... apenas utopia?

Realidade, se novas posturas, olhares e passos.

 

Fé renovada na eterna ação e intervenção divina,

Que jamais nos dispensa de sagrados compromissos.

 

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG