quarta-feira, 3 de julho de 2024

Chagas/Pétalas

                                             

“Tive suplício entre dois
Que não eram quem mostrava.
Morri como eles morreram,
Morto ainda me matavam...

Cinco pétalas que eu tinha
Em cinco Chagas abriram
Com uma lança depois
Meu Coração descobriram..."
(Fernando Pessoa)

Chagas/Pétalas

Ó impressionantes Chagas/Pétalas!

Chagas doloridas do Senhor
São como as mais belas pétalas,
Exalantes do mais belo Amor,
Morte cruenta que o mundo redimiu.

Contemplo silenciosamente,
à luz da poesia de Pessoa,
Mergulho em reflexões, deleitosamente,
Sobre as Santas Chagas do Redentor.

Nas asas do Espírito voo, medito, contemplo
As chagas expostas de um enfermo,
No qual Cristo Se faz presença
Para ser amado, pois é d’Ele seu templo.

Chagas/Pétalas, tantas do cotidiano,
Abertas, tão ardentes, clamantes,
À espera de quem as cure,
Sem indiferença aos gritos delirantes

Chagas/Pétalas, outras perfumadas,
Da vitória do Corpo Ressuscitado:
Cinco Chagas resplandecentes, vitoriosas
Do Filho tão amado, Glorificado.

Chagas/Pétalas com odores de alegria,
Que dos céus nos caem abundantes
Em famílias que vivem a ternura,
Valores outros mais do que edificantes.

Chagas/Pétalas de amores vivenciados,
Em compromissos com o Reino renovados,
Por um mundo mais justo e fraterno,
Por Deus, para nós desejado e sonhado.

Ó impressionantes Chagas/Pétalas!
Ora exalam perfumes deliciosos,
Ora nem tanto assim,

Porém, não fossem as Chagas do Crucificado,
Não haveria as Chagas do Ressuscitado!

Curai, Senhor, a chaga de nossa incredulidade!

                                                           

Curai, Senhor, a chaga de nossa incredulidade!

“Você acreditou porque me viu.
Felizes aqueles que creem sem ter visto!”

“Tomé, chamado Dídimo, que era um dos doze, não estava com eles quando Jesus veio” (Jo 20,24).

Somente quando o Ressuscitado apareceu, oito dias depois, é que ele se encontrava e tocando as Chagas do Senhor, fez a grande profissão de fé: “Meu Senhor e meu Deus”. Terá sido por acaso este acontecimento?  Não! Absolutamente!

O Papa São Gregório Magno (séc. VI) assim afirmou: 

“Nada disso aconteceu por acaso, mas por disposição da providência divina.

A clemência do alto agiu de modo admirável a fim de que, ao apalpar as Chagas do Corpo de seu Mestre, aquele discípulo que duvidara curasse as chagas da nossa falta de fé.

A incredulidade de Tomé foi mais proveitosa para a nossa fé do que a fé dos discípulos que acreditaram logo.

Pois, enquanto ele é reconduzido à fé porque pôde apalpar, o nosso espírito, pondo de lado toda dúvida, confirma-se na fé. Deste modo, o discípulo que duvidou e apalpou tornou-se testemunha da verdade da Ressurreição…”

As chagas de nossa falta de fé foram então curadas pelo gesto de Tomé. Ele expressou a nossa humanidade às vezes incrédula, cética, ateia, indiferente e materialista em demasia…

Bem afirmou o Papa São Gregório Magno: “… ao apalpar as Chagas do Corpo de seu Mestre, aquele discípulo que duvidara curasse as chagas da nossa falta de fé…”

Tomé teve a coragem de, ao tocar as Chagas de Nosso Senhor, expor suas e nossas chagas, com toda sinceridade, sem hipocrisia e artificialismos, e possibilitou que pudéssemos fazer nosso ato de fé, para do Senhor ouvirmos: “Você acreditou porque me viu. Felizes aqueles que creem sem ter visto!”

A profissão de fé de Tomé suscita em nós a proclamação da nossa fé no Ressuscitado, e agora é preciso coragem e ardor para anunciar e testemunhar com palavras e obras.

Creio, Senhor, mas aumentai a minha fé!

Curai, Senhor, pelas Vossas santas e vitoriosas Chagas,
Nossas medíocres e doloridas chagas da incredulidade,
Da falta de esperança, da ausência da revigorada confiança,
Para que a caridade seja força que tudo supera e alcança!

Creio, Senhor, mas aumentai a minha fé!

Fazei, Senhor, que passemos da incredulidade à fé.
Do infantilismo da fé à maturidade da mesma.
Da imaturidade ao amadurecimento espiritual,
Para que do Ressuscitado sejamos um pequeno sinal!

Creio, Senhor, mas aumentai a minha fé!

Ó ingratas chagas de nossa humana incredulidade!
Ó Santas Chagas Vitoriosas do Ressuscitado!
Ó gesto tão solene, tão corajoso e sincero de Tomé,
Possibilitou-nos saltos qualitativos em nossa fé!

 Deus em Sua extrema clemência sempre nos surpreende.
E seu Amor é verdadeiramente surpreendente,
pois quem ama surpreende!
Amém. Aleluia!

“Meu Senhor e meu Deus”

                                        

“Meu Senhor e meu Deus”

Era o primeiro dia da semana... Um acontecimento memorável que marcou a vida dos primeiros discípulos, e, para sempre, a vida da Igreja, irradiando a luz que jamais se apaga, porque foi a manifestação gloriosa do Senhor Jesus, vivo e Ressuscitado.

Portas fechadas por medo dos judeus, compreensível, pois o que haviam feito ao Divino Mestre, poderiam o mesmo fazer com Seus discípulos seguidores. Quem não ficaria com medo diante do trágico acontecimento, da crudelíssima morte do Justo, Santo e Inocente?

Inspirado na passagem do Evangelho de João (20,19-31), apresento uma súplica, a fim de que nossas forças sejam renovadas, e também o nosso compromisso batismal, para que sal e luz da terra sejamos, vida nova, no Espírito, vivamos, gosto de Deus ao mundo demos

Oremos:

Senhor Jesus Ressuscitado, creio que para Vós não há porta e absolutamente nada que impeça Sua ação. Suplico-Vos, rompei a porta de meu coração, para nele fazer Vossa morada, e assim eu Vos acolha como o mais belo Hóspede.

Senhor, afastai de nós todo medo que possa nos fragilizar. Medo de tantos nomes, sobretudo nos momentos difíceis por que passamos. Vossa divina presença, Senhor, nos dá segurança, porque sois nosso refúgio, nosso escudo, nossa luz e proteção.

Senhor, ficai no centro de minha vida, assim como da comunidade que participo. Que absolutamente nada ocupe a centralidade em minha vida. Que eu saiba buscar, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua justiça e tudo mais me será acrescentado, como Vós mesmo nos dissestes e nos assegurais.

Senhor, Vossa divina presença é para nós a comunicação da alegria, mas não a alegria ilusória e passageira que o mundo dá, e que nos afasta da verdadeira alegria, que somente de Vós procede. Pois Vós também dissestes, que somente Vós podeis nos dar a plena alegria.

Senhor Jesus, dai-me a Vossa paz, o Shalom, a plenitude de todos os bens, dons. Somente em Vós e convosco, eu encontro a paz plena, que não significa a ausência de problemas, ou uma falsa paz conseguida com drogas ou coisa semelhante, mas com seu alto preço consequente.

Senhor Jesus, como é maravilhoso poder contar com o Vosso sopro, que nos comunica a presença e ação do Espírito, que não nos permite que nos sintamos órfãos, e nos envia em missão para remissão dos pecados, inauguração de novos tempos, novos relacionamentos, mundo novo e reconciliado.

Senhor, unido ao Mistério de Vossa Paixão, em comunhão com Vossas Chagas dolorosas, cremos que sois vitorioso, glorioso, e que estais sentado à direita do Pai. Sem ter visto e nem tocado, como Tomé, também digo: “Meu Senhor e meu Deus”, exultante de alegria pelas Vossas Chagas gloriosas.

Senhor, renovo minha fé, e assim como Vosso Apóstolo Pedro nos exortou, quero testemunhá-la com a esperança que não murcha, que floresce em terrenos áridos e sombrios, porque impelido pelo Vosso amor que não passa, e o coração para sempre inflama. Amém. Aleluia.

São Tomé viu e tocou as chagas gloriosas do Senhor


São Tomé viu e tocou as chagas gloriosas do Senhor

Quando celebramos a Festa do Apóstolo São Tomé, ouvimos a passagem do Evangelho de São João (Jo 20,24-29), em que Jesus Se manifesta no centro da comunidade, reunida no primeiro dia da semana, com as portas fechadas, com medo dos judeus.

Da mesma forma, oito dias depois, agora com a presença de Tomé e a sua profissão de fé, quando toca as Chagas gloriosas do Senhor.

Vejamos o que nos diz o Bispo e Doutor Santo Agostinho (séc. V):

“Não lhes bastou vê-Lo com os próprios olhos, quiseram apalpar com as mãos Seu corpo e as cicatrizes das feridas recentes; até o ponto de que o discípulo que tinha duvidado, tão prontamente como tocou e reconheceu as cicatrizes, exclamou: Meu Senhor e Meu Deus! Aquelas cicatrizes eram as credenciais d’Aquele que tinha curado as feridas dos demais.

O Senhor não podia ressuscitar sem as cicatrizes? Sem dúvida, mas sabia que no coração de Seus discípulos ficaram feridas que haveriam de ser curadas pelas cicatrizes conservadas em Seu corpo. E o que respondeu o Senhor ao discípulo que, reconhecendo-O por seu Deus, exclamou: Meu Senhor e meu Deus? Disse-lhe: Crestes porque me vistes? Bem-aventurados os que creram sem terem visto.

A quem chamou de bem-aventurados, irmãos, senão a nós? E não somente a nós, mas a todos os que venham depois de nós. Porque, não muito tempo depois, tendo-Se apartado de seus olhos mortais para fortalecer a fé em seus corações, todos os que doravante crerão n’Ele, crerão sem ver-Lhe, e sua fé teve grande mérito: para conquistar essa fé, mobilizaram unicamente Seu piedoso coração, e não o coração e a mão comprovadora.”  (1)

Deus nos concede a graça de sermos chamados Bem-aventurados, porque cremos sem nunca ter visto, sem nunca ter tocado.

A profissão de fé de Tomé possibilitou que também viéssemos a afirmar nossa fé no Cristo Vivo, Glorioso, Ressuscitado, Aquele que vive e reina pelos séculos dos séculos. Amém.
Roguemos ao Senhor que cure nossas cicatrizes de tantos nomes, para que curados por suas gloriosas Chagas, nos coloquemos em atitude de anunciadores e testemunhas de Sua Palavra e Projeto de Vida Plena para todos.

Não permitamos que as dificuldades que ferem nossos sonhos, levem-nos a perder a fé nas gloriosas Chagas, crendo que as chagas provisórias podem nelas se transformar e nos conduzir a novos espaços e sagrados compromissos.

Como Tomé, é preciso que creiamos, tenhamos uma fé no poder de Deus, que cura as feridas e cicatrizes de nossa alma, portanto, supliquemos sempre:

“Meu Senhor e Meu Deus!” Curai-me. Fortalecei-me. Enviai-me para Vos testemunhar com fidelidade, coragem e ardor. Amém. Aleluia



(1)         Lecionário Patrístico Dominical – Editora Vozes – 2013 – p.597

PS: Festa celebrada dia 03 de julho.


A Palavra e as fibras mais íntimas do nosso ser...

                                           

A Palavra e as fibras mais íntimas do nosso ser...

A Liturgia da quarta-feira da 13ª Semana do Tempo Comum nos apresentará a passagem do Evangelho de Mateus (Mt 8,28-34), e refletimos sobre o itinerário da Palavra de Deus:

“A Palavra de Deus pede para entrar em nossa vida até às fibras mais íntimas do nosso ser, e para se exprimir em amor e procura do bem.

Ela chama-nos a nos entregarmos a isso com todas as nossas forças e com a humildade de sabermos que não temos pretensões a alegar, mas só misericórdia a receber. [...]

O difícil texto do Evangelho descreve o confronto da Palavra da Salvação, que é Jesus, com o mundo das trevas, que manifesta todo o seu poder destruidor. [...]

Jesus está em terra pagã, e não chegou ainda o momento para os pagãos O receberem. Nós podemos ser hoje esses pagãos: está o nosso coração como a terra deles, hostil à Palavra?” (1)

Nisto consiste o itinerário da Palavra lida, ouvida, acolhida, meditada e na vida encarnada: penetrar até as fibras mais íntimas do nosso ser, somente assim ela volta para Deus produzindo os frutos que Ele tanto espera.

A vida é breve, a Palavra proclamada abundante. A sua penetração nas fibras mais íntimas de nosso ser, dependerá de cada um e cada uma.

Oremos:

“Ó Deus, a Vossa Palavra é luz verdadeira para os nossos passos, alegria e paz para os nossos corações; concedei que, iluminados pelo Vosso Espírito, a acolhamos com fé viva, para descobrirmos na escuridão dos acontecimentos humanos os sinais da Vossa presença. Amém!”


(1) Lecionário Comentado - Editora Paulus - Lisboa - pág. 640. 

Bebamos da divina fonte da Sagrada Escritura (XIVDTCB)

 


Bebamos da divina fonte da Sagrada Escritura

Sejamos enriquecidos pelo Comentário do Salmo (Sl 1,33) escrito pelo Bispo Santo Ambrósio (séc. IV):

“Primeiramente tens de beber o Antigo Testamento, para poder beber também o Novo. Se não bebes o primeiro, também não poderás beber o segundo.

Bebe o primeiro, para encontrar algum alívio em tua sede: bebe o segundo, para saciar-te de verdade. No Antigo Testamento encontrarás um sentimento de contrição; no Novo, a verdadeira alegria.

Aqueles que beberam, no que não deixa de ser um tipo, puderam saciar sua sede; aqueles que beberam no que é a realidade, chegaram a embriagar-se completamente.

Quão boa é esta embriaguez que comunica a verdadeira alegria e não envergonha em nada! Quão boa é esta embriaguez que faz avançar com segurança a nossa alma que não perdeu seu equilíbrio! Quão boa é esta embriaguez que serve para regar o fruto da vida eterna! Bebe, pois, esta taça da qual diz o profeta: E minha taça transborda.

Porém, são duas as taças que tens de beber: a do Antigo Testamento e a do Novo; porque em ambas tu bebes a Cristo. Bebe a Cristo, porque é a verdadeira vide; bebe a Cristo, poque é a pedra da qual brotou  água; bebe a Cristo, porque é fonte de vida; bebe a Cristo, porque é o canal cujo correr alegra a cidade; bebe a Cristo, porque é a paz; bebe a Cristo, porque de seu interior manarão rios de água viva; bebe a Cristo, e assim beberás o sangue que te redimiu; bebe a Cristo, e assim assimilarás as Suas palavras; porque palavra Sua é o Antigo Testamento, palavra Sua também é o Novo.

Chegamos a beber e a comer a Sagrada Escritura se o sentido profundo da terceira palavra vem a embeber as nossas almas, como se circulasse por nossas veias e fosse o motor que impulsionasse toda a nossa atividade.

Finalmente, não só de pão vive o homem, mas de toda palavra de Deus. Bebe esta Palavra, porém a bebe na ordem devida. Bebe-a no Antigo Testamento e apressa-te a bebê-la no Novo. Também Ele, como se apressasse a Si mesmo a fazê-lo, diz: Agora engrandecerá o caminho do mar, ao outro lado do Jordão, a Galileia dos gentios. O povo que caminhava nas trevas viu uma grande luz, habitavam na escuridão e uma luz reluziu para eles.

Portanto, bebe prontamente, para que brilhe para ti uma grande luz, não a luz de todos os dias, nem a do dia, nem a do sol, nem a da lua; mas aquela que afugenta as sombras da morte. Pois, aos que vivem nas sombras da morte é impossível que vejam a luz do sol e do dia. E, adiantando-se a tua pergunta: Por que tão maravilhoso esplendor, por que tão extraordinário favor?, responde: Porque um menino nasceu para nós, um menino nos foi dado. Um menino, que nasceu da virgem, Filho, que, por ter nascido de Deus, é Aquele que faz com que brilhe tão maravilhosa luz. Um menino nasceu para nós. Nós, aos crentes.

Nasceu para nós, porque a Palavra se fez carne e habitou entre nós. Nasceu para nós, porque da Virgem recebeu carne humana, nasce para nós, porque a Palavra nos é dada. Ao participar de nossa natureza, nasce entre nós; ao ser infinitamente superior a nós, é o grande dom que nos é concedido.”

Como peregrinos da esperança, seja a oração nossa força e luz no caminho.

Bebamos sempre da inesgotável divina fonte da Sagrada Escritura, de coração contrito e humilhado, para transborde a alegria de Deus em nossos corações. Amém.

Lecionário Patrístico Dominical - Editora Vozes - 2013 - pág. 424-425

terça-feira, 2 de julho de 2024

O Senhor está conosco: nada a temer!

                                                               

O Senhor está conosco: nada a temer!

“Levantando-Se, ameaçou os ventos e o mar,
e fez-se uma grande calmaria” (Mt 8,26)

A Liturgia da Palavra, da Terça-feira da 13ª Semana do Tempo Comum (ano ímpar), nos apresenta como Leituras: Livro do Gênesis (19,15-29) e Evangelho de Mateus (Mt 8, 23-27).

Na primeira Leitura, o Senhor fez chover do céu enxofre e fogo sobre Sodoma e Gomorra, e também a célebre passagem sobre a mulher de Ló que, olhando para trás, tornou-se uma estátua de sal.

Na passagem do Evangelho, Jesus presente na barca dando ordem aos ventos e ao mar, e concedendo uma grande calmaria.

O Missal Cotidiano, sobre a primeira leitura, apresenta estes questionamentos: 

Num mundo como o nosso, “Para onde poderiam fugir os justos, se Deus quisesse destruir as cidades pecadoras?”
- “Quais cidades poderiam declarar-se sem pecado?”

Em seguida, afirma que o real problema não é tanto o fugir materialmente, porque nem mesmo é preciso fugir, e como pecadores precisamos ter diante dos olhos os testemunhos dos justos, pois “O bom grão é destinado a crescer ao lado do joio, até a ceifa. O importante é que o bom grão não se torne joio”.

De fato, como cristãos, temos sempre um duplo princípio evangélico: não podemos nos isentar da responsabilidade pelo mal praticado e jamais nos omitirmos em sua eliminação.

Se há uma volta, é aquela acompanhada do arrependimento sincero e o propósito de não mais errar; de trilhar um novo caminho na mais perfeita sintonia com o querer e a vontade divina, com a certeza de que o Senhor está na “barca”.

Verdadeiramente, Ele está fazendo conosco a grande travessia e nos ajudando a superar o medo dos ventos contrários, símbolo das contrariedades e dificuldades que precisamos enfrentar com coragem, e vivendo nossa fé, experimentar a “calmaria” que Ele pode nos garantir, e então também diremos admirados como os discípulos: 

“Quem é este homem, que até os ventos e o mar lhe obedecem?” (Mt 8,27).



Missal Cotidiano - Editora Paulus - p.966

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG