Movidos pela fé no Senhor
A Liturgia, da Segunda-feira da 14ª Semana do Tempo Comum (ano ímpar), nos oferece as seguintes passagens: Gn 28,10-22a; Sl 90; Mt 9,18-26, e refletimos sobre a fé:
- A fé de Jacob: “uma fé ainda imatura, que se abre, é verdade, à entrada de Deus na sua vida, mas por detrás de muitas promessas e expectativas”.
- a fé do Salmista: confiança plena e incondicional no Senhor, em todas as circunstâncias, sobretudo as mais adversas.
- A fé do pai: um chefe, portanto, representante do judaísmo oficial, que pede que Jesus venha a impor as mãos sobre ela para que volte a viver, “é uma fé aberta, contra toda a esperança, contra toda a evidência, perante a morte”.
- A fé daquela mulher hemorrágica há 12 anos: a fé de “uma pessoa que vence a vergonha e o isolamento em que está envolvida a sua existência, e encontra coragem de se aproximar às escondidas para conseguir misericórdia”.
Também nós, como discípulos missionários, somos chamados ao amadurecimento constante na fé, e nas promessas e intervenções divinas.
Precisamos de uma fé “aberta” contra toda a esperança, confiando em Deus, para quem nada é impossível.
Além disto, aprendemos com a mulher que nossa fé rompe barreiras, e podemos nos dirigir a Deus, que tem para conosco um olhar sempre pronto e solícito de misericórdia.
Movidos pela fé, podemos contar com a solicitude, bondade e clemência divina que vem em nosso socorro, abrindo novos horizontes e possibilidades, do absolutamente inédito em nossa vida, ou seja, do melhor d’Ele para nós; somos curados de nossas enfermidades (físicas e espirituais); e podemos vislumbrar a força da vida que vence a morte, sobretudo porque cremos no Ressuscitado, Aquele que agora vive e reina sobre tudo e todos.
E isto é possível quando correspondemos ao amor de Deus que jamais desiste de nós, ainda que pecadores sejamos.
Quando nos abrimos ao Mistério do Amor Divino da Santíssima Trindade:
- escutamos a voz de Deus que nos fala no mais íntimo de nós,
- quando sabemos nos recolher e silenciar para escutá-La;
- quando O acolhemos na mais profunda e fecunda intimidade e amizade;
- quando abrimos nosso coração para Sua preferida morada, e O acolhemos como mais belo Hóspede;
- finalmente, quando vivemos a dimensão pascal da fé: passagens contínuas do pecado à graça, da escuridão à luz; do ódio ao amor e da vida à morte.
É tempo de testemunharmos a nossa fé no Senhor, acolhendo e vivendo Sua Palavra, com a força que nos vem do Pão da Eucaristia.
Notas: Lecionário Comentado - Editora Paulus – 2011 – Vol. I pp.678-679.
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