Abertos à novidade do Espírito
“Não andeis preocupados acerca de vossa vida, com o
que haveis de comer ou de beber, nem acerca de vosso corpo, com o que haveis de
vestir... Não vos inquieteis... Os pagãos é que se preocupam com estas coisas.
O Vosso Pai celeste sabe que precisais de tudo isso” (1)
Assim lemos no
Missal Cotidiano sobre a passagem do Livro do Êxodo (2)(Ex 16,1-5.9-15):
“De um lado, o medo do novo, do imprevisto; de outro,
o amor à vida calma, o desejo de não mudar as coisas existentes... podem
entorpecer nossa fé que, pelo contrário, é movimento, é dinamismo, é procura,
porque é vida.
Novas formas de catequese, novos modos de viver a
liturgia, novas orientações na comunidade paroquial... tudo pode ser motivo de
surpresa, de confusão.
É natural. Mas depois deve vir a reflexão, o diálogo,
para se tomar consciência do porquê das coisas e esforçar-se por entrar no novo
espírito.
Há risco quando se mudam as coisas, mas é maior o
risco quando nada se quer mudar.” (2)
“Sonho com uma opção missionária capaz de transformar
tudo, para que os costumes, os estilos, os horários, a linguagem e toda a
estrutura eclesial se tornem um canal proporcionado mais à evangelização do
mundo atual que à auto-preservação.
A reforma das estruturas, que a conversão pastoral
exige, só se pode entender neste sentido: fazer com que todas elas se tornem
mais missionárias, que a pastoral ordinária em todas as suas instâncias seja
mais comunicativa e aberta, que coloque os agentes pastorais em atitude
constante de «saída» e, assim, favoreça a resposta positiva de todos aqueles a
quem Jesus oferece a sua amizade. Como dizia João Paulo II aos Bispos da Oceania,
«toda a renovação na Igreja há de ter como alvo a missão, para não cair vítima
duma espécie de introversão eclesial»” (3)
Oremos:
Senhor
Deus, somos Teu povo peregrino da esperança, e diante dos muitos desafios que
encontramos na caminhada de fé, dai-nos coragem para enfrentá-los, com abertura
necessária ao sopro do Espírito, para que ouçamos e cumpramos Teus desígnios,
com a coragem para as mudanças que se fizerem necessárias.
Senhor
Deus, cremos na Palavra do Teu Filho, que nos ensina a confiar em Tua divina
providência, sem jamais nos omitirmos dos sagrados compromissos que se fizerem
presentes, como Igreja que somos, a fim de que ela seja um sopro de vida e
esperança, para a toda a humanidade.
Senhor Deus, com o Teu Espírito,
vivamos a missão a nós confiada pelo Teu Filho, quando entre nós, Ele que passou
fazendo o bem e socorrendo todos os que eram prisioneiros do mal; e ainda hoje,
como bom samaritano, vem ao encontro de
todos os que sofrem no corpo ou no espírito, e derrama em suas feridas, o óleo
da consolação e o vinho da esperança.
Senhor Deus, derramai em nós a Tua graça, para que quando formos submergidos na noite da dor, ou se tivermos que a travessia do árido deserto do cotidiano atravessar, vislumbrar a Luz Pascal de Teu Filho morto e ressuscitado por meio de Sua Palavra, que a nós Se dá em Alimento, no Pão da Eucaristia. Amém.
(1)
Cf. Mt
6,25-32
(2)Comentário do Missal Cotidiano – Editora Paulus - p.1055
(3)Evangelii Gaudium –(2013) – parágrafo n. 27
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