“Tive suplício entre dois
Que não eram quem mostrava.
Morri como eles morreram,
Morto ainda me matavam...
Cinco pétalas que eu tinha
Em cinco Chagas abriram
Com uma lança depois
Meu Coração descobriram..."
Morri como eles morreram,
Morto ainda me matavam...
Cinco pétalas que eu tinha
Em cinco Chagas abriram
Com uma lança depois
Meu Coração descobriram..."
(Fernando Pessoa)
Chagas/Pétalas
Ó impressionantes Chagas/Pétalas!
Chagas doloridas do Senhor
São como as mais belas pétalas,
Exalantes do mais belo Amor,
Morte cruenta que o mundo redimiu.
São como as mais belas pétalas,
Exalantes do mais belo Amor,
Morte cruenta que o mundo redimiu.
Contemplo silenciosamente,
à luz da poesia de Pessoa,
Mergulho em reflexões, deleitosamente,
Sobre as Santas Chagas do Redentor.
Nas asas do Espírito voo, medito, contemplo
As chagas expostas de um enfermo,
No qual Cristo Se faz presença
Para ser amado, pois é d’Ele seu templo.
Chagas/Pétalas, tantas do cotidiano,
Abertas, tão ardentes, clamantes,
À espera de quem as cure,
Sem indiferença aos gritos delirantes
Chagas/Pétalas, outras perfumadas,
Da vitória do Corpo Ressuscitado:
Cinco Chagas resplandecentes, vitoriosas
Do Filho tão amado, Glorificado.
Chagas/Pétalas com odores de alegria,
Que dos céus nos caem abundantes
Em famílias que vivem a ternura,
Valores outros mais do que edificantes.
Chagas/Pétalas de amores vivenciados,
Em compromissos com o Reino renovados,
Por um mundo mais justo e fraterno,
Por Deus, para nós desejado e sonhado.
Ó impressionantes Chagas/Pétalas!
Ora exalam perfumes deliciosos,
Ora nem tanto assim,
Porém, não fossem as Chagas do Crucificado,
Não haveria as Chagas do Ressuscitado!
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