Na quinta-feira da quarta semana do Tempo Comum, ouvimos a passagem de Marcos (Mc 6,7-13), em que Jesus chamou os doze e os enviou em missão.
Oportuno retomar esta singela mensagem fictícia:
“Conta-se que Jesus, no dia da sua Ascensão aos céus, se encontrou com S. Gabriel Arcanjo que vinha, caminho contrário, cumprir alguma missão aqui na terra.
Gabriel, ao ver o Senhor subindo aos céus e que a terra ficaria sem Ele, olhou também para o planeta e observou um cenário curioso: a terra estava coberta por uma nuvem negra e o contraste negro-azul não resultava muito agradável a não ser por uns poucos, pouquíssimos, pontos de luz.
Chamou a atenção do Arcanjo o ambiente desolador, mas chamou-lhe mais imperiosamente a atenção a existência desses poucos pontos de luz.
O Arcanjo perguntou então ao Senhor: “e aqueles pontos de luz? O que são? Jesus respondeu: “são a minha mãe e os meus outros discípulos. Eles vão iluminar toda a terra”.
Gabriel, conhecendo a debilidade humana, depois de pensar um pouco, disse: “Senhor, excetuando a tua mãe, e se eles falharem?”. Ao que Jesus respondeu: “Eu não tenho outros planos”. Dito isso, Jesus continuou ascendendo rumo ao Pai.”
Como Igreja, continuamos a missão do Senhor, em todo tempo e lugar, e neste sentido, é necessário que reflitamos:
- Como realizar com êxito esta missão?
- Como não temer ao assumi-la?
- Como não sucumbir diante da hesitação da fé, no enfraquecimento da esperança que inevitavelmente congela o fogo da caridade que deve arder em nossos corações, sobretudo quando acolhemos a Palavra Divina e nos nutrimos do Pão do Amor, o Pão da Eucaristia?
A missão somente será possível e acompanhada de êxito, porque a promessa do Senhor se cumpriu, o Espírito Santo, o Paráclito nos foi enviado.
Não tendo Ele outros planos, apenas confiando em nossa participação, sabia muito bem que precisaríamos de “Alguém” que nos acompanhasse, nos assistisse. Por isto, voltando para o Pai, nos enviou o Seu Espírito.
A presença do Espírito Santo nos enriquece com Seus dons, e assim, fortalecidos, levemos adiante a missão evangelizadora, como ardorosos, corajosos e apaixonados Discípulos Missionários do Senhor.
Concluímos com as palavras de São Cirilo de Jerusalém (séc. IV), sobre a ação do Espírito Santo na vida da Igreja:
“Branda e suave é a Sua aproximação; benigna e agradável é a Sua presença; levíssimo é o Seu jugo! A Sua chegada é precedida por esplêndidos raios de luz e ciência. Ele vem com o amor entranhado de um irmão mais velho: vem para salvar, curar, ensinar, aconselhar, fortalecer, consolar, iluminar a alma de quem O recebe, e, depois, por meio desse, a alma dos outros”.
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