sexta-feira, 28 de junho de 2024

Sementes a cuidar, Frutos a colher

Sementes a cuidar, Frutos a colher

Em cada Eucaristia que celebramos,
O melhor de Deus Ele nos oferece.
No Sacrifício Redentor de Seu Filho,
Sacia-nos com Seu Corpo, n’Ele o Espírito.

Em cada Eucaristia que celebramos,
Sabedoria e esplendor da luz divina
Do alto dos céus, que nos orienta e ilumina,
Para que no caminho não tropecemos.

Em cada Eucaristia que celebramos,
No coração, sementes são lançadas,
De cultivo e carinho tão necessitadas,
Regadas com a vigilância e oração.

Em poucas palavras...

                                           


A mortificação voluntária...

“A mortificação, voluntária ou aquela que nos aparece sem a termos procurado, não é uma simples privação, mas manifestação de amor, pois ‘padecer necessidade é coisa que pode acontecer a qualquer pessoa, mas saber padecêla é próprio das almas grandes’ (Santo Agostinho) das almas que amam muito.” (1)

 

(1) https://www.hablarcondios.org/pt/meditacaodiaria.aspx

 

 

“Jesus: Sublime Mestre, Divino Salvador”

                                                      

“Jesus: Sublime Mestre, Divino Salvador”

Na reflexão da passagem do Evangelho de Mateus (Mt 8,1-4), proclamado na sexta-feira da 12ª Semana do Tempo Comum, encontramos esta afirmação do Missal Quotidiano:

“No monte, Jesus é o Mestre Sublime; na planície onde vivem os homens despedaçados pela dor e pelo pecado, é o Salvador...” (pág. 952). 

De fato, na passagem do Evangelho de Mateus (Mt 5,1-12), encontramos o Sermão de Jesus, o Sermão da Montanha.

No alto do monte Ele é verdadeiramente um Sublime Mestre, que nos ensina um novo modo de ser e viver.

Oferece-nos novos princípios e nos desafia a novas atitudes, desdobradas nos capítulos 6 e 7, e ainda encontramos a graça de aprendermos a rezar como Ele nos ensinou: “Pai nosso que estais nos céus...”

Não temos mais belo e sublime Mestre do que Jesus e nem programa de vida mais amplo, revolucionário que o programa das Bem-Aventuranças.

Se de um lado, na montanha Jesus é o Sublime Mestre, na planície da existência humana (a partir do capítulo 8 de Mateus), no chão da história, para toda a humanidade é o Divino Salvador. 

Com sua Vida vivida no amor que ama até o fim, amor sem limites, amor que ama até as últimas consequências. Pelo Sangue, por amor derramado, é que nos vem a Salvação.

Antes de consumar em ato extremo de amor, amor que muitas vezes é incompreendido que nos dá “vertigem”, porque ultrapassa nossa compreensão, limitações e medidas, e todo o parâmetro, a todos Se apresentou, mais ainda foi e é para todo o sempre o Divino Salvador, por isto a Ele toda honra, glória, poder e louvor.

Oremos:

Ó Sublime Mestre da montanha,
Divino Salvador de nossa planície!

Ó Divino que viestes do Pai, viestes do Alto,
Elevai-nos um dia para junto de Vós,
Que à direita do Pai, glorioso estais!


Divino Salvador, como não amá-Lo e segui-Lo?
Divino Salvador, como não ter de Vós os mesmos pensamentos e sentimentos?                                                                                              
Divino Salvador que cura, liberta, ensina, anima, acolhe, perdoa, e salva.
Divino Salvador que a fome sacia, que a tristeza transforma em alegria...
Divino Salvador que a escuridão faz clara como a luz de um belo dia...

Divino Salvador, Vós sois o Caminho que nos conduz ao Pai.
Divino Salvador, Vós sois a verdade que ilumina os povos.
Divino Salvador, Vós sois a vida que renova o mundo!

Divino Salvador, que fortalece nossa fé,
Divino Salvador, que revigora nossa esperança,
Divino Salvador, que a chama de nosso amor inflama!

Nós vos suplicamos sem nenhum merecimento:
Purificai-nos de tudo aquilo que fere a nossa dignidade,
Afastai tudo que crie divisões e desigualdades.
Acalmai-nos e protegei-nos nas mais impetuosas tempestades!

Na montanha, quão belas lições,
Na planície, quão belas ações...
Nós vos amamos,  Sublime Mestre,
Nós vos adoramos, Divino Salvador! 
Amém.


Em poucas palavras...

                                                   


"A glória de Deus..." 

“Pois a glória de Deus é o homem vivo, e a vida do homem é a visão de Deus. Com efeito, se a manifestação de Deus, através da criação dá a vida a todos os seres da terra, muito mais a manifestação do Pai, por meio do Verbo, dá a vida a todos os que veem a Deus”.(1)

  

(1) Bispo Santo Irineu (séc. II)

quinta-feira, 27 de junho de 2024

Alegria transbordante, credibilidade cristã fortalecida

Alegria transbordante, credibilidade cristã fortalecida

Como discípulos missionários de Jesus, vemos que n’Ele tudo se renova sem dispensar nossa participação, com irrenunciáveis sacrifícios.

De Deus emergem constantes apelos, a fim de que novas atitudes brotem em nós, sem demora, preguiça, indiferença, omissão ou adiamentos.

Em todo tempo, a misericórdia de Deus nos renova para o aprendizado indispensável da língua do Espírito, marcado pela humildade, pobreza, obediência e paciência, como nos ensina Santo Antônio.

Nutridos da Palavra e da Eucaristia, somos constantemente interpelados à prática da caridade ativa, avançando sempre para águas mais profundas, para que nasça uma sociedade justa e fraterna que garanta saúde para todos, como vimos na Campanha da Fraternidade deste ano.

Na passagem dos Atos dos Apóstolos (At 8,26-40), quando o eunuco foi batizado por Filipe depois de ter ouvido a Palavra, e manifestado o desejo de conversão, começou a viver a vida nova de todo batizado e tomado de grande alegria seguiu sua jornada.

Um cristão triste contradiz a fé que professa. A alegria deve ser uma marca de quem crê em Jesus Ressuscitado. Não uma alegria marcada pela esterilidade, muito pelo contrário, pois n’Ele e com Ele, Jesus, produzimos muitos frutos, sendo o amor a expressão visível da fé, alavancada sempre pela chama da esperança que nos move até que Ele venha definitivamente.

O Documento da Conferência de Aparecida nos diz que quando cresce no cristão a consciência de que pertence a Cristo, em razão da gratuidade e da alegria que produz, cresce também o ímpeto de comunicar a todos o dom deste Encontro.

Portanto, não limita sua missão a um programa ou a um projeto transitório, mas compartilha a experiência do acontecimento e do Encontro com Cristo, testemunhando e anunciando a Sua Pessoa e o Seu Projeto a todos os confins do mundo e até o fim dos tempos.

A missão e o discipulado tornam-se como duas faces de uma mesma moeda. Apaixonado por Cristo não pode deixar de anunciar ao mundo que só Ele nos salva, pois sem Ele não há luz, não há esperança, não há amor e não há futuro, como nos disse o Papa Bento XVI.

Renovemos a alegria e o testemunho, para que cresça e fortaleça a credibilidade de nossa vivência cristã.

Comunidades em permanente conversão

 


               Comunidades em permanente conversão
 
Na passagem da Carta de Paulo aos Coríntios, (1 Cor 3,9c11.16-17), o Apóstolo Paulo afirma que os cristãos são o templo de Deus onde reside o Espírito, e assim precisam viver uma nova dinâmica.
 
Em Corinto, cidade nova e muito próspera, servida por dois portos de mar, com característica de cidades marítimas, com população de todas as raças e religiões, também tinha comportamentos inapropriados.
 
É neste contexto que temos a comunidade de Corinto, uma comunidade viva e fervorosa, mas não livre destas influências, com a necessidade de aprofundar a sua vivência na lógica de Deus, sem partidos, divisões, competições, e incoerências, dando melhor testemunho de Deus, vivendo a sabedoria de Deus que consiste na “loucura da Cruz”.
 
Como Edifício de Deus, animadas pelo Espírito, precisa fortalecer os vínculos de fraternidade e unidade, vivendo uma dinâmica nova, seguindo Jesus no caminho do amor, da partilha, do serviço, da obediência a Deus em favor dos irmãos, num autêntico testemunho.
 
Urge que nossas comunidades cresçam em fraternidade, solidariedade, para o testemunho da “loucura da Cruz”, com gestos concretos de amor, de partilha, de doação, de serviço, evitando todo tipo de fragmentação, divisão, contradições, e jamais sobrepor os interesses e vaidades pessoais.
 
Vivendo a “sabedoria de Deus”, não rompam as relações de fraternidade uma busca do poder; a tentação do prestígio e reconhecimento social; discernindo quais são os bens perecíveis e secundários.
 
Deste modo, em permanente atitude de conversão, serão sinal e luz diante da “sabedoria” do mundo, irradiando a verdadeira e eterna luz divina.

Quando tudo parece impossível

Quando tudo parece impossível

Anos passados, celebrando numa Capela, ao começar a Santa Missa, apresentei as intenções, seguidas de profundo silêncio e pranto de alguns.

Rezamos por uma criança de dois anos, que se encontrava internada com quadro seriíssimo (hoje na glória de Deus). Além dela, por três pessoas que enfrentavam a via-sacra das quimioterapias e radioterapias. Rezamos também pelo 4.º dia de falecimento de uma jovem que morreu após vinte dias de seu casamento, em trágico acidente de moto, e por uma senhora que seria submetida a uma pequena cirurgia de pele, entre outras intenções.

Após o referido silêncio, cantamos por duas vezes “Eu confio em Nosso Senhor, com fé, esperança e amor”, em um só coro, em uma só súplica que brotava do fundo da alma.

A Oração do dia foi uma súplica para que Deus aumentasse nossa fé, esperança e caridade.

A Liturgia da Palavra nos convidava a passar pela porta estreita da Salvação que Jesus veio trazer ao mundo, que é a nossa cruz de cada dia, a ser carregada com todo empenho, sem esmorecimento, na prática da verdade, do amor, da justiça e da paz.

O Salmo (Sl 145,13-14), com sua beleza poética, uma grande expressão de confiança na força de Deus: “Iahweh é verdade em Suas Palavras todas, Amor em todas as Suas obras; Iahweh ampara todos os que caem e endireita todos os curvados”.

Concluindo a Homilia, saciamos nossa sede de Deus com as sábias palavras do Papa Clemente I (sec. I):

“Que preciosos e maravilhosos são, caríssimos,
os dons de Deus! Vida na imortalidade,
esplendor na justiça, verdade na liberdade,
fé na confiança, temperança na santidade;
E tudo isto nossa inteligência concebe…”

Não estamos sós, nem na vida, sequer na morte, como nos disse o Papa Bento XVI, por ocasião de sua nomeação.

A Missa seguiu como de costume. A “Oração Eucarística para as Diversas Circunstâncias” nos ajudava a refletir sobre a Missão da Igreja a caminho da Salvação.

Cantos, momentos de silêncio, gestos, Pão partilhado, súplica a Maria: força renovada.

É preciso seguir adiante ainda que tudo pareça impossível, sem sentido. Não desistir, caminhar! Caminhar sempre com o Senhor. Afinal, Ele está no meio de nós e conhece nossas fraquezas, dores, tormentos, lamentos… Por isto perpetuou Sua presença na Eucaristia e, a todos que creem, Se fez o verdadeiro Alimento!

Creio, Senhor, mas aumentai minha fé!

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG