Santos Anjos:
reverência, gratidão e confiança
No dia 29 de setembro, celebramos
a Festa dos Arcanjos São Miguel (Quem é como Deus?), São Rafael (Deus cura!) e
São Gabriel (O poder de Deus).
Na Sagrada Escritura,
encontramos inúmeras passagens que nos falam dos Anjos e Arcanjos. Não podemos
ignorar a realidade dos Anjos.
A devoção aos Anjos da
Guarda foi cultivada desde os começos do cristianismo, celebramos a Memória dos
Santos Anjos da Guarda, no dia 2 de outubro, instituída pelo Papa
Clemente X no século XVII - 1615.
Os Anjos da Guarda são
mensageiros de Deus encarregados de guardar por cada um de nós, e podemos
contar com sua proteção no caminho como peregrinos da esperança, e tem uma
tríplice função, segundo a literatura judaica:
a) adoração e louvor de
Deus;
b) agentes ou
mensageiros divinos de assuntos humanos;
c) guardiães dos homens
e das nações (Hb 12,15). (1)
Quanto aos anjos, assim
nos falou o Papa São Gregório Magno (séc. VI):
“...é preciso saber que a palavra Anjo indica o
ofício, não a natureza. Pois estes santos espíritos da Pátria Celeste são
sempre espíritos, mas nem sempre
podem ser chamados Anjos, porque somente são Anjos quando por eles é feito
algum anúncio. Aqueles que anunciam fatos menores são ditos Anjos; os
que levam as maiores notícias, Arcanjos…”;
Mais tarde, São
Bernardo – séc. XII):
E para que nas alturas
nada falte no serviço a nosso favor, envias os Teus Santos Espíritos a
servir-nos, confia-lhes nossa guarda, ordenas que se tornem nossos pedagogos.
A teu respeito, ordenou
a Seus anjos que te guardem em todos os teus caminhos. Esta palavra
quanta reverência deve
despertar em ti, aumentar a gratidão,
dar confiança. Reverência pela
presença, gratidão pela benevolência, confiança pela proteção. Estão aqui,
portanto, e estão junto de ti, não apenas contigo, mas em teu favor...
São fiéis, são
prudentes, são fortes; por que trememos de medo? Basta que os sigamos,
unamo-nos a eles e habitaremos sob a proteção do Deus do céu”.
Intensifique-se a
reverência, gratidão e confiança pelos anjos que conosco estão, como peregrinos
da esperança que somos, na fidelidade a Jesus, como discípulos missionários
Seus.
Vençamos todo o
medo, como bem nos exortou o bispo acima mencionado.
(1) Comentários à Bíblia Litúrgica – Gráfica Coimbra 2 – pág. 889
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