sexta-feira, 4 de outubro de 2024

O perdão de Cristo: reconciliação e superação

 


O perdão de Cristo: reconciliação e superação
 
Na sexta-feira da 26ª Semana do Tempo Comum, ouvimos a passagem do Livro de Baruc (Br 1,15-22).
 
Trata-se de um autor desconhecido, embora se apresente como secretário de Jeremias, durante o exílio da Babilônia (Br 1,1-2).
 
A passagem é uma prece de confissão, em que os exilados se dirigem a Deus, como sentida expressão da conversão sincera da comunidade judaica: A Aliança com Javé, laço vital entre Deus e Seu povo, foi dilacerada com o pecado.
 
Após a confissão dos pecados, é apresentada a mensagem de esperança da intervenção divina, exortando à confiança em Javé e a possibilidade da alegria com a atitude misericordiosa de Deus para com o povo. 
 
De fato, o Amor de Deus move a história, pois está sempre disposto a perdoar o afastamento dos filhos rebeldes, e a reatar com eles uma história de libertação e de salvação. Um novo êxodo está por vir, é preciso manter a serena alegria e confiança indispensável.
 
Este amor de Deus expresso no perdão nos foi revelado, mais tarde, por Jesus Cristo, o Filho Amado:
 
“O perdão de Cristo não quer levar à passividade nem à fuga. Sequer é uma espécie de vazia e insípida tranquilidade interior. A reconciliação é convite a nos purificarmos sempre mais em contínua superação” (1).


Deste modo, vivenciar a misericórdia de Deus, como o próprio Jesus nos revelou em várias passagens do Evangelho, requer de nós sempre novos rumos, atitudes, novas posturas e novos relacionamentos. Jamais a permissividade ou a conivência com o pecado; ao contrário, sua destruição, nos fazendo sempre novas criaturas, para que vivamos a graça do Batismo.
 
(1) Missal Cotidiano – Editora Paulus – 1995 - Pág. 1339
 

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