A chama do primeiro amor!
Enriquecedoras reflexões, encontramos no Catecismo da Igreja Católica, entre outras, sobre o Sacramento do Matrimônio:
“Ambos os esposos constituem ‘uma íntima comunidade de vida e de amor, fundada pelo Criador e por Ele dotada de Leis próprias’. Esta comunidade ‘é instaurada pela aliança conjugal, ou seja, por um irrevogável consentimento pessoal’. Os dois entregam-se, definitiva e totalmente, um ao outro. Doravante, já não são dois, mas uma só carne.
A aliança livremente contraída pelos esposos impõe-lhes a obrigação de a manter una e indissolúvel. ‘O que Deus uniu, não o separe o homem’ (Mc 10, 9) (110).
A fidelidade exprime a constância em manter a palavra dada. Deus é fiel. O Sacramento do Matrimônio introduz o homem e a mulher na fidelidade de Cristo à Sua Igreja. Pela castidade conjugal, eles dão testemunho deste mistério perante o mundo”.
Cita o Bispo São João Crisóstomo (séc. IV), que sugere aos jovens casados que façam este discurso às suas esposas:
‘Tomei-te em meus braços, amo-te e prefiro-te à minha própria vida. Porque a vida presente não é nada e o meu sonho mais ardente é passá-la contigo, de maneira que estejamos certos de não sermos separados na vida futura que nos está reservada [...]. Ponho o teu amor acima de tudo, e nada me seria mais penoso do que não ter os mesmos pensamentos que tu tens’.
Como Presbítero, anseio que a acolhida desta reflexão tão iluminadora favoreça casais mais fecundados pelo Espírito Santo, para que, recém-casados ou não, o amor se renove a cada dia, e jamais se apague a chama do primeiro amor.
Que nutridos pelo Pão da Palavra e da Eucaristia, sejam superadas as dificuldades, e aconteçam progressos ainda maiores no amor, na fidelidade, na indissolubilidade querida e confirmada pelo Senhor nos Evangelhos: “Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe.” (Mt 19,6; Mc 10, 9).
Urge que os casais troquem mutuamente estas palavras, ontem, hoje e sempre. Reinando Deus no coração de ambos, reinará o amor, e onde reina o amor Deus aí está, e Ele estando, a plena alegria, como Ele nos assegurou.
Rogo a Deus que derrame copiosas bênçãos sobre todos os casais para que vivam a graça do Matrimônio.
PS: Catecismo da Igreja Católica: n. 2364-2365
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