segunda-feira, 30 de setembro de 2024

Oração do(a) Secretário(a) Paroquial

                                                     


Oração do(a) Secretário(a) Paroquial 

Ó Deus, Vos peço a assistência do Espírito Santo, para que, como secretário(a), seja sinal da presença do Vosso Filho Jesus Cristo, a quantos vierem ao nosso encontro. 

Enriquecido (a) pelos dons da Sabedoria, Entendimento, Conselho, Fortaleza, Ciência, Temor e Piedade, corresponda à missão que fui agraciado (a), sem mérito algum, mas porque sois infinitamente misericordioso. 

Que ao terminar o dia, diga apenas: fui um(a) simples servo(a) e fiz apenas o que devia fazer (cf. Lc 17,10), no pensamento, palavra e ação. Amém.

Em poucas palavras...

 


Quedas e tentações

“‘O diabo ronda como leão rugidor procurando a quem devorar’ (1 Pd 5,8). Nesta vida, não está o cristão de modo algum isento, um instante que seja, de tentações e quedas.

Estas, porém, podem ser superadas, porque Deus conhece nossas forças e não permite que as tentações as superem. O homem encontra força na comunhão com Deus. Jó é modelo em toda provação e tentação.” (1)

 

(1)               Comentário do Missal Cotidiano – Editora Paulus – passagem do Livro de Jó (Jó 1,6-22) – pág. 1323

A eficácia da Palavra no caminho de conversão

                                                     

A eficácia da Palavra no caminho de conversão

A Palavra de Deus é fonte inesgotável de conversão para todos os cristãos e, sobretudo para nós, Presbíteros.

Como sermos autênticos discípulos missionários credíveis do Verbo que se fez Carne se não nos propusermos a trilhar o frutuoso caminho da conversão sincera, silenciosa, contínua...?

Para que possamos avançar neste santo e inadiável propósito é preciso dar passos firmes na acolhida sincera da “Verbum Domini”  Exortação Apostólica do Papa Bento XVI sobre a Palavra de Deus na vida e na Missão da Igreja   e, como presbíteros, termos a coragem de “puxar a fila” na certeza de que construiremos comunidades mais sólidas e instrumentos do Reino, porque firmadas e alimentadas pela Palavra Divina.

Neste caminho, temos que superar as tentações sedutoras, e aqui, lembramos as fundamentais e também nascentes de outras: ter, ser e poder, que bem sabemos o Senhor as venceu no deserto e nos ensinou que também nós podemos vencê-las.

Se a elas sucumbirmos esvaziaremos o sentido de nosso ministério, ofuscaremos inexoravelmente a face do Cristo que nos chamou,  consagrou e enviou com a força do Espírito.

Como amantes do Verbo que Se fez Carne, temos que encontrar na Palavra a fonte de conversão para todos nós... Nela inspirados e iluminados há de ser superado todo o cansaço; recuperadas as perdas de horizontes que nos motivam a caminhar partícipes da civilização do amor em prol da cultura da vida; estéreis fechamentos serão rompidos; esvaziamentos encontrarão seu conteúdo existencial e vital; compensações não serão necessárias; não correspondência ao que o rebanho de nós espera será impensável...

Vale ressaltar que muito do que me refiro aos presbíteros é absolutamente indispensável para todos os cristãos leigos. A conversão é, portanto, imperativo para todos!

Assim como pedimos o pão de cada dia na oração que o Senhor nos ensinou,  podemos intuir que a graça da conversão também é suplicada, para que melhor correspondamos à vontade de Deus.

Sendo a Palavra de Deus o centro e fonte de nossa espiritualidade e da ação evangelizadora, jamais poderemos separá-la da Eucaristia que celebramos, bem como não poderemos nos acomodar em seu conhecimento, acolhimento e vivência. Bem disse são Jerônimo: “Ignorar as Escrituras é ignorar o próprio Cristo”.

Palavra de Deus não apenas para ser conhecida, mas acolhida, encarnada e vivida, como sementes que se plantam para florescer já no tempo presente, reconstruindo o paraíso não como estéril saudosismo, mas como compromissos intransferíveis...

Urge que nos empenhemos arduamente e decididamente no caminho da conversão, que não consiste num ponto de chegada em si, mas como um caminho permanente a ser percorrido. Sempre alimentados pela Palavra Divina, daremos razão de nossa esperança ao mundo; artífices da caridade porque crentes em sua força, eficácia e penetração no mais profundo de nós mesmos (1Pd 3).

Supliquemos: “A conversão de cada dia nos dai hoje, Senhor!". Amém.

Em poucas palavras...

 


Pequeninos e disponíveis para o Reino

“Jesus não teme aqueles que dispõem secretamente de Seu nome para exorcizar; só podem fazê-lo, crendo em Seu poder salvífico.

Na ação apostólica, é preciso saber aceitar que também outros trabalhem em nome de Cristo. Para isso, cada um deve fazer-se pequenino, sem pretensões, com plena disponibilidade.” (1)

 

(1)Missal Cotidiano – Editora Paulus – 1995 – pág. 1324 – passagem do Evangelho – Lc 9,46-50

O Amor de Deus cura as feridas da alma

                                                             

O Amor de Deus cura as feridas da alma

Há Missas que ecoam para sempre,
Como deve ecoar sempre o Mistério celebrado,
A Palavra proclamada, na homilia explicada...
Quero então a uma delas voltar.

À Missa se volta? Desde quando?
A Missa continua, prolonga-se, eterniza-se...
Momento de graças vivenciado,
Para sempre eternizado.

O Profeta Isaías cantou a missão do Servo,
Sobre o qual pousaria o Espírito do Senhor,
Para o ano da graça anunciar
E a libertação dos cativos propiciar.

Nesta missão algo maravilhoso fará.
A mais preciosa cura que precisamos
Em grau maior ou menor, vejamos:
“Ele vem curar a ferida da alma”

“Ferida da alma” Sem espiritualizações fúteis.
Quantas vezes ela nos marca e teima permanecer...
O que fazer para curá-la, cicatrizá-la?
Haverá ferida mais difícil a ser curada?

Desconheço, pois ela está no mais profundo do nosso ser.
Para curá-la somente o Seu Extremo Amor.
Reconhecê-la, assumi-la, desejar curá-la.
Sem reminiscências, cicatrizes ardentes.

Somente o Amor de Deus tem poder pleno para curá-la.
O Amor de Deus cura as feridas da alma.
O Amor de Deus cura todas as feridas.
Se assumidas, pelo Amor Divino serão redimidas.

Seu Extremo e Indizível Amor
Que contemplamos em Suas chagas e feridas.
Amor, bondade, mansidão, ternura exaladas,
Para que tantas almas feridas sejam curadas.

Sejamos curados pelo Amor Divino
Destas indesejáveis feridas do íntimo.
Sejamos também desta cura instrumentos.
Bem ao lado há alguém que dela precisa.

Curados para curar com a ação do Santo Espírito.
Curados de nossas feridas para curar do outro as feridas.
Haverá graça maior que Deus possa por nós realizar?
Por isto, Seu Espírito age revitalizando nossas vidas.

Para quem em Deus confia
Não há feridas eternas.
Que Seu Amor imensurável
Nos acompanhe a cada dia!

Sejam nossas palavras temperadas com sal

                                                            

Sejam nossas palavras temperadas com sal

"Que a palavra de vocês seja sempre agradável, temperada com sal, de tal modo que saibam responder a cada um como convém” (Cl 4,6)

O Apóstolo Paulo, na passagem da Carta aos Colossenses (Cl 4, 2-6), nos exorta a viver na vigilância e na oração.

Vejamos o que nos diz a Nota da Bíblia Edição Pastoral:

“O texto é perpassado por um clima de oração. Os motivos para rezar são diversos: para permanecer vigilantes com relação às doutrinas estranhas, para render graças pela salvação alcançada, para que a Palavra continue seu caminho missionário, para que o Projeto de Cristo seja conhecido (Rm 6,12-14; Ef 6,18-20). Por causa desse Projeto, Paulo está preso (Cl 4,3.10.18). Palavra ‘temperada com sal’ é o modo como os antigos se referiam à palavra sábia e oportuna”.

Deste modo, reflitamos sobre a necessária vigilância, acompanhada de oração, para que nossas palavras sejam agradáveis, temperadas com sal, ou seja, sábias e oportunas, em todos os momentos e em todas as situações.

Na Carta aos Efésios (Ef 4,29), o Apóstolo também nos diz:

“Que da boca de vocês não saia nenhuma palavra que prejudique, mas palavras boas para a edificação no momento oportuno, a fim de que façam bem para aqueles que as ouvem”.

Roguemos a Deus para que a Sua Palavra esteja sempre em nossos lábios e coração, pois a boca fala do que o coração está cheio, nos disse o Senhor Jesus (Lc 6,45).

Sejamos iluminados pelo Espírito do Senhor, para que não nos faltem palavras sábias e oportunas para corrigir, exortar, edificar, na vida familiar, eclesial e social.

Sejam nossas palavras acompanhadas de conteúdo necessário para que se tornem credíveis, com o sal necessário para “temperar” novos e saborosos relacionamentos fraternos.

Sejam nossas palavras “temperadas com sal” na exata medida, para que venhamos a dar sabor a vida de tantos quantos convivemos: palavras sábias, equilibradas e que retratam o desejo e o compromisso de um mundo melhor.

Urge que aqueles que conduzem o “rebanho” tenham sempre palavras temperadas com o sal na exata medida, para que sejam revigorados em sua fé, renovados na esperança e inflamados na caridade.

Oremos, finalmente, por todos os que nos governam para que também não faltem a estes palavras temperadas com sal, para que sejam credíveis em suas palavras e atitudes na promoção do bem comum, na promoção de uma sociedade justa e fraterna.

O dinamismo da conversão e da penitência

 


O dinamismo da conversão e da penitência

O parágrafo n.1439 do Catecismo da Igreja Católica nos apresenta o dinamismo da conversão e da penitência, maravilhosamente descrito por Jesus na parábola do «filho pródigo», cujo centro é «o pai misericordioso» (Lc 15,11-24):

1º.         o fascínio de uma liberdade ilusória e o abandono da casa paterna;

2º.        a miséria extrema em que o filho se encontra depois de esbanjar a fortuna;

3º.        a humilhação profunda de se ver obrigado a guardar porcos e, pior ainda, de desejar alimentar-se com a ração que os porcos comiam:

4º.        a reflexão sobre os bens perdidos:

5º.        o arrependimento e a decisão de se declarar culpado diante do pai:

6º.        o caminho do regresso;

7º.        o acolhimento generoso por parte do pai: a alegria do pai. 

O anel e o banquete festivo (sandálias e vestes novas) são símbolos desta vida nova, pura, digna, cheia de alegria, que é a vida de quem retorna para Deus e para o seio da família que é a Igreja.

Afirma ainda o Catecismo: somente o Coração de Cristo, que conhece a profundidade do amor do Seu Pai, pôde revelar-nos o abismo da Sua misericórdia, de um modo tão cheio de simplicidade e beleza.

Que experimentemos este abismo de misericórdia, vivendo este dinamismo de conversão e de penitência, que contemplamos ao refletir sobre a passagem da parábola do pai misericordioso, e tanto quanto possível, nos aproximemos do Sacramento da Penitência para uma necessária e frutuosa confissão e absolvição de nossos pecados.


A vigilância comprometida com o mundo novo

 


A vigilância comprometida com o mundo novo
 
Reflexão à luz da passagem da Primeira Carta de Paulo aos Tessalonicenses (1Ts 5,1-6).
 
O Apóstolo Paulo nos exorta, como partícipes do plano de Deus, para que “não durmamos como os outros”, mas que nos empenhemos em multiplicar os próprios talentos, sem acumular uma fortuna para si.
 
Tão pouco devemos usar as próprias capacidades unicamente para si, menos ainda com desperdício; e é através do trabalho que produzimos a criação divina, como prolongamento da obra da criação.
 
Vejamos o que nos diz o Missal Dominical:
 
“A vida nos nossos dias é muito dura para a maior parte dos homens, a concorrência é desumana, não existe segurança profissional para ninguém, o relaxamento dos costumes cresce de maneira inquietadora, os homens confiam cada vez menos uns no outros.
 
Aumenta a delinquência, o sofrimento não poupa ninguém e a morte continua a ser o pavor de todos. Pesa sobre a humanidade o perigo de guerras: reina ainda na terra o estado da injustiça, que clama vingança, e no qual se encontra o Terceiro Mundo.
 
Todos experimentam, às próprias custas, quais as consequências, quando o pecado domina. Quem pode sentir-se em segurança?
 
Entretanto, Cristo age nesta humanidade como força de renovação, difundindo dons e talentos a homens livres que saibam fazê-los frutificar corajosamente.
 
Deus não tem o hábito de transformar as leis da natureza ou de agir em nosso lugar; não organiza nenhum sistema de segurança nem mesmo para os que creem n’Ele; mas o Espírito de Deus nos impele a tornarmo-nos homens novos, isto é, homens que, apesar dos contragolpes e oposições, continuam a edificar com amor um futuro mais sorridente”. (1)
 
Concluindo, nas atividades quotidianas, experimentamos nossas capacidades transformadoras, a necessária fantasia criativa, que não pode prescindir da verdadeira Sabedoria, para não promover e se deixar seduzir pela desordem do pecado, em dimensão pessoal, social e estrutural.


 
(1) Missal Dominical - Paulus, 1995 - p.860.

O testemunho do padre faz florescer a comunidade

 


O testemunho do padre faz florescer a comunidade

Reflexão sobre o Ministério Presbiteral, à luz da primeira Carta de Paulo a Timóteo (1 Tm3,1-13).

O apóstolo pede três coisas aos presbíteros:

-   Reponsabilidade;

-   Irrepreensibilidade;

- Consciência de continuar o ministério salvífico de Cristo Ressuscitado.

Portanto, haverá de viver em coerência com o Evangelho, para que se torne uma presença visível de Cristo para toda a comunidade.

Na fidelidade a Jesus, que teve uma vida humana e uma vida divina, também se espera encontrar, inseparavelmente e simultaneamente, nos bispos e sacerdotes uma vida verdadeiramente humana e divina.

Tudo devem fazer para que não lhes falte uma ou outra, pois não corresponderia ao esperado pela Igreja, quando da ordenação.

Solícito e compreensível da realidade de tantas famílias que constituem a comunidade, no exercício sinodal do ministério, marcará a vida da comunidade, escrevendo uma história memorável, de modo que a comunidade não perderá a lembrança daquele ministro ordenado, daquele bispo ou padre.

O que toda a comunidade espera é que eles vivam como são, vivam a vida de Deus, alimentados pela Palavra e Eucaristia, numa vida marcada por profunda e fecunda espiritualidade, em compromissos solidários com a comunidade, para edificar a Igreja de Cristo, e juntos, renovados empenhos na ação evangelizadora.

Deste modo, a comunidade deve intensificar e multiplicar a oração para que o padre viva com alegria, não obstante as dificuldades e provações, este Mistério por Deus concedido, na fidelidade ao Cristo, o Servo Justo e Sofredor, Aquele que Ressuscitou e nos chama e nos envia a todos para a missão, como alegres discípulos missionários Seus.

 

Fonte: Comentário do Missal Cotidiano – Editora Paulus – pp.1273-1274

Temos fome da Palavra de Deus

 

Iniciaremos amanhã o mês de outubro, dedicado de modo especial sobre o tema das Missões, renovemos a alegria de sermos discípulos missionários do Senhor.
 
Tenhamos sempre a Sagrada Escritura nas mãos e no coração, para que a Palavra ilumine e conduza a nossa vida, e dela não apenas ouvintes sejamos, mas praticantes, como nos exortou o Apóstolo Tiago (Tg 1,22-25).

Temos fome da Palavra de Deus
 
No dia 30 de setembro, celebramos a memória de São Jerônimo, presbítero e doutor, e a Igreja, nas Laudes e Vésperas, nos oferece este hino:
 
“Tradutor e exegeta da Bíblia,
foste um sol que a Escritura ilumina;
nossas vozes, Jerônimo, escuta:
nós louvamos-te a vida e a doutrina.
 
Relegando os autores profanos,
o mistério divino abraçaste,
qual leão, derrubando os hereges,
as mensagens da fé preservaste.
 
Estudaste a palavra divina
nos lugares da própria Escritura,
e, bebendo nas fontes o Cristo,
deste a todos do mel a doçura.
 
Aspirando ao silêncio e à pobreza,
no presépio encontraste um abrigo;
deste o véu a viúvas e virgens,
Paula e Eustáquia levaste contigo.
 
Pelo grande doutor instruídos,
proclamamos, fiéis, o Deus trino;
e ressoem por todos os tempos
as mensagens do livro divino”.
 
A São Jerônimo, somos devedores pela tradução da Bíblia para o Latim, que até então era em hebraico e grego, por longos 35 anos.
 
Uma de suas memoráveis afirmações:
 
 “Se conforme o Apóstolo Paulo, Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de Deus, e quem ignora as Escrituras ignora o poder de Deus e Sua Sabedoria, ignorar as Escrituras é ignorar Cristo”.  

Concluo com uma das estrofes do hino, a fim de renovar em nós o desejo e compromisso do estudo, aprofundamento da Palavra Divina, na prática da Leitura Orante e sobretudo a Palavra proclamada nas Missas e Celebrações:
 
“Estudaste a palavra divina
nos lugares da própria Escritura,
e, bebendo nas fontes o Cristo,
deste a todos do mel a doçura”.
 

Síntese Mensagem para o Dia Mundial das Missões 2017 (Papa Francisco)

Síntese Mensagem para o Dia Mundial das Missões 2017 (Papa Francisco)

“A missão no coração da fé cristã”

Em sua Mensagem para o Dia Mundial das Missões 2017, o Papa nos apresenta a Pessoa de Jesus “o primeiro e maior evangelizador” como falara o Bem-Aventurado Papa Paulo VI em sua Exortação Apostólica ‘Evangelii nuntiandi' n. 7).

Na missão de anunciar a Boa-Nova do Evangelho, fala-nos da natureza da Igreja que é ser missionária.

Apresenta-nos três questões fundamentais diante de um mundo dilacerado por numerosas guerras fratricidas, frustrações, conflitos, vitimando tantos inocentes:

- “Qual é o fundamento da missão?”
- “Qual é o coração da missão?”
- “Quais são as atitudes vitais da missão?”

A missão da igreja que vivendo segundo o Espírito anuncia a vida de Jesus Cristo Ressuscitado, que é o Caminho, a Verdade e a Vida (Jo 14,6), ao anunciar o poder transformador do Evangelho, portador de alegria contagiante porque oferece uma vida nova:

“É Caminho que nos convida a segui-Lo com confiança e coragem. E, seguindo Jesus como nosso Caminho, fazemos experiência da Sua Verdade e recebemos a sua Vida, que é plena comunhão com Deus Pai na força do Espírito Santo, liberta-nos de toda a forma de egoísmo e torna-se fonte de criatividade no amor”.

A missão da Igreja, portanto, é Jesus Cristo que continua a evangelizar e agir no tempo presente, tempo favorável de nossa Salvação. E esta missão se dá na experiência viva da vida e graça do Ressuscitado.

Sendo a missão a Pessoa de Jesus Cristo, lembra as palavras do Papa Bento XVI: “ao início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo” (Carta. enc. Deus caritas est, 1), para nos revigorar e nos impulsionar na missão de anúncio e testemunho do Ressuscitado.

Portanto, pelo Batismo, o Evangelho se torna fonte de vida nova, libertando do domínio do pecado, iluminado e transformado pelo Espírito Santo.

Através da Confirmação, torna-se unção fortalecedora que, graças ao mesmo Espírito, indica caminhos e estratégias novas de testemunho e proximidade.

E pela Eucaristia, torna-se alimento do homem novo, “remédio de imortalidade” como afirmou Santo Inácio de  Antioquia.

Apresenta-nos a Igreja na figura do Bom Samaritano, “curando as feridas sanguinolentas da humanidade, e a sua missão de Bom Pastor, buscando sem descanso quem se extraviou por veredas enviesadas e sem saída... E podemos pensar em tantos testemunhos – testemunhos sem conta – de como o Evangelho ajuda a superar os fechamentos, os conflitos, o racismo, o tribalismo, promovendo por todo o lado a reconciliação, a fraternidade e a partilha entre todos”.

Esta missão tem como inspiração a espiritualidade do êxodo, peregrinação e exílio contínuos: Trata-se de «sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho» (Francisco, Exort. ap. Evangelii gaudium, 20).

Portanto, a Igreja é um instrumento e mediação do Reino, e se reporta à sua primeira Exortação: “é preferível uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças’ (n.49).

Apresenta a juventude como esperança da missão: Os jovens são a esperança da missão. A pessoa de Jesus e a Boa-Nova proclamada por Ele continuam a fascinar muitos jovens. Estes buscam percursos onde possam concretizar a coragem e os ímpetos do coração ao serviço da humanidade...”, os caminheiros da fé, felizes por levarem Jesus Cristo a cada esquina, a cada praça, a cada canto da terra.

Na conclusão, destaca o importante serviço das Pontifícias Obras Missionárias como instrumento precioso, para suscitar em cada comunidade cristã o desejo de sair das próprias fronteiras e das próprias seguranças, anunciando o Evangelho a todos.

Finaliza apresentando-nos Maria, Mãe da Evangelização, que, movida pelo Espírito, acolheu o Verbo da vida na profundidade da sua fé humilde, para que tenhamos, crendo no Ressuscitado, uma santa ousadia de procurar novos caminhos para que chegue a todos o dom da Salvação.

domingo, 29 de setembro de 2024

Arcanjo São Miguel, rogai por nós

                                                           



                  Arcanjo São Miguel, rogai por nós
 
                                                                  “Quem é como Deus?”
 
Com a Igreja, celebramos no dia 29 de setembro a Festa dos Arcanjos, cada qual com uma missão peculiar: São Miguel - “quem é como Deus?”; São Gabriel – “a força de Deus”; São Rafael - “Deus curou”.
 
Tendo nossa Diocese de Guanhães São Miguel como padroeiro, reflitamos sobre este arcanjo e a sua missão, pedindo a sua intercessão em nossa ação evangelizadora, para o autêntico e fecundo testemunho de nossa fé, esperança e caridade, sobretudo quando vierem as dificuldades e provações próprias da condição humana, pois tão somente assim, seremos alegres discípulos missionários do Senhor.
 
São Miguel, segundo as Escrituras, insurgiu contra satanás e seus seguidores (Jd 9; Ap 12,7; Zc 13,1-2); é o defensor dos amigos de Deus (Dn 10,12.21), e protetor do Seu povo (Dn 12,1). 
 
No Novo testamento, na Carta de São Judas (v.9), ele é nos apresentado numa luta contra Satanás pelo corpo de Moisés; e no Livro do Apocalipse (Ap 12,7), vemos a luta em que Miguel e os anjos combatem contra o dragão. 
 
Muito cedo, São Miguel se tornou popular no culto cristão; inclusive, na Liturgia dos mortos, é pedido a ele que acompanhe as almas ao céu. 
 
OremosEnviai-nos, Senhor os Vossos Arcanjos, e de modo especial o Vosso Arcanjo Miguel, cujo nome revela uma missão: “Quem é como Deus?”, para com Ele vencermos os combates do cotidiano, bem como a força do Maligno. Amém.

Não sejamos pedra de tropeço, nem motivo de escândalo (XXVDIDTCB)

 


Não sejamos pedra de tropeço, nem motivo de escândalo

“E, se alguém escandalizar um destes pequeninos que creem, melhor seria que fosse jogado no mar com uma pedra de moinho amarrada ao pescoço.” (cf. Mc 9,42)

Senhor, somos Teus discípulos missionários, peregrinos da esperança de tempos novos, como Igreja à serviço do Reino de amor, vida e fraternidade e paz.

Ajudai-nos, Senhor, e não permitais que escandalizamos nosso próximo com a nossa vida, colocando à prova a fé dos mais humildes.

Ajudai-nos, Senhor, e não permitais que nossa atitude e conduta possa ser um perigo para a fé dos mais simples.

Ajudai-nos, Senhor, e não permitais que escandalizemos, vivendo de tal modo que levemos alguém ao abandono do caminho da Igreja.

Ajudai-nos, Senhor, e não permitais escandalizar nossos irmãos e irmãs matando a alegria da fé em Deus no coração dos simples.

Ajudai-nos, Senhor, e não permitais que escandalizemos, manipulando a religião para alimentar culpa e medo de Deus.

Ajudai-nos, Senhor, e não permitais que escandalizemos e façamos sofrer os pequeninos impondo sobre os ombros dos mais vulneráveis pesados fardos do legalismo e do moralismo.

Ajudai-nos, Senhor, e não permitais toda e qualquer forma de escândalo que possa causar a morte.

Ajudai-nos, Senhor, para que, como Igreja, cortemos na raiz toda forma daquilo que parece valioso, mas pode ser causa de escândalo.

Ajudai-nos, Senhor, para que, como Igreja, cortemos as raízes do clericalismo, de toda e qualquer forma de poder opressor das consciências.

Ajudai-nos, Senhor, para que, como Igreja, não tenhamos novas páginas de abuso sexual de menores, da suntuosidade, de rigorismo, a cultura da aparência e da ostentação, a riqueza escandalosa, a falta de humanidade, ritualismos extravagantes, a insensibilidade diante da miséria e violência. Amém.


PS: Fonte inspiradora – Reflexão do Pe. Adroaldo Palaoro – SJ, para o 26° Domingo do Tempo Comum.

 

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